segunda-feira, 10 de julho de 2017

Michael Hudson / Denunciar o desastre social e o vocabulário do engano (2)

Denunciar o desastre social e o vocabulário do engano (2)


por Michael Hudson
A distinção clássica entre rendimento merecido não merecido 

Há uma história falsa e uma história verdadeira. Raramente a história factual é a versão promovida pelos "vencedores" (ou pretensos vencedores – a luta ainda não acabou). Isto também é verdadeiro na teoria económica. Há apenas uma realidade económica, assim em princípio deve haver apenas um corpo de teoria económica: a economia da realidade. Mas interesses especiais (dos vitoriosos de hoje) promovem mistificações e decretam exclusões a fim de se auto-retratarem como heróis económicos, como se os seus ganhos predatórios fossem os da sociedade como um todo. A sua imagem auto-congratulatória caracteriza o que se passa actualmente na teoria económica dominante (mainstream economics). 

Ao actuarem em favor da finança, do imobiliário e dos interesses monopolistas defendendo a desregulação e a não aplicação de impostos sobre os seus ganhos, os neoliberais sequestraram os economistas clássicos no seu templo. Eles invocam Adam Smith, enquanto desviam a atenção daquilo que ele e seus seguidores clássicos realmente disseram. Sua reescrita da história do pensamento económico trata a crítica de Smith aos rentistas e ao financiamento por dívida como heresia.

Há dois séculos atrás os economistas clássicos lutaram contra os interesses adquiridos dos rentistas que haviam sobrevivido aos códigos do direito pós-romano e aos senhores feudais subsequentes. Mas a reforma progressista foi interrompida após a Primeira Guerra Mundial. Uma reacção anti-clássica começou a emergir na Era Dourada da década de 1880 e de 1890 e ganhou força após a Primeira Guerra Mundial terminando a tendência para a socialização do capitalismo industrial (por exemplo, saúde pública e pensões, investimento público em infraestruturas e educação) e a mobilização da actividade bancária para o financiamento da indústria, que florescia sobretudo na Alemanha.

As práticas bancárias anglo-americanas emergiram como norma, em aliança com o imobiliário e os monopólios em vez da tríade antes prevista de capitalismo industrial, bancos e governo. A luta entre o que parecia serem as ondas do futuro – "socialismo de Estado" e socialismo marxista – foi posta de lado por uma economia financiarizada de rentistas. Com eles surgiu um novo conjunto de conceitos económicos e definições, cujo objectivo era amortecer a resistência ao que é agora um golpe frontal Anti-Iluminista.

Os interesses dos rentistas vitoriosos reconhecem que enquanto puderem capturar as consciências dos políticos e do público formatando a maneira como as pessoas vêem a dinâmica da economia, não há necessidade de gastar dinheiro para os subornar ou lutar contra eles. Enquanto os 1% puderem controlar o currículo educacional ensinando que estamos no fim da história e que não há alternativa (TINA), eles conseguirão privar os eleitores da capacidade de conceptualizar uma alternativa (ver "baixa cognição" abaixo). Eles promovem a ideia de que a austeridade – e a polarização económica que lhe está associada – é o destino natural da nossa época, não uma reversão do impulso de progresso da sociedade civil.

Não é necessário reinventar a roda para substituir o actual mal-estar por uma análise mais realista. O meu modelo económico visa estabelecer as bases para a criação de um formato mais realista da contabilidade do produto e do rendimento nacional, excluindo do "produto" a sobrecarga rentista. Renda é rendimento sem produto, preço "vazio" de valor. Quando este rendimento é pago ao sector FIRE (finança, seguros e imobiliário) e monopólios, isto é feito à custa de salários, lucros industriais e impostos.

Este livro é, pois, concebido como um antídoto, começando com uma renovação da linguagem usada para descrever como funciona a nossa economia (ou não funciona). Os verbetes de A a Z na secção de vocabulário ilustram esta distinção do ponto de vista histórico e político, bem como do ponto de vista metodológico.

Democracia de "baixa cognição": o nosso oximoro político mais recente 

Quando eu era estudante universitário, na década de 1950, a abordagem de Sapir-Whorf à linguística era o padrão. Benjamin Lee Whorf descreveu como o vocabulário e a semântica da linguagem modelam a forma como os oradores conceptualizam o Mundo à sua volta.

O antropólogo Robert Levy com seus estudos na década de 1960 sobre as taxas de suicídio nas ilhas Taiti observou que aumentavam quando acontecimentos infelizes tornavam as pessoas tristes. Mas a sua língua não dispunha de palavra para "triste" ou "deprimido". Eles diziam "doente" ou "estranho" e culpavam-se pela forma como se sentiam. Em outros grupos com vocabulário tosco, atribuem os sentimentos de tristeza ou frustração a uma presença demoníaca que parecia apossar-se das suas vidas. Para descrever este fenómeno, o linguista George Lakoff forjou a expressão "baixa cognição" (hypocognition) a fim de descrever uma condição em que "as palavras ou a linguagem necessária para exprimir uma ideia de forma a obter uma comunicação persuasiva é inexistente ou ineficaz" [2] .

No seu livro de 2004, "Don't Think of an Elephant! Know Your Values and Frame the Debate", ele acusa as doutrinas libertárias do "mercado livre" de [ênfase na] responsabilidade pessoal e do conceito de "menos governo" como sofrendo de "baixa cognição maciça". Na falta de conceitos económicos adequados para entender o que está a tornar as pessoas mais pobres, a ideologia da responsabilidade pessoal leva as pessoas a culparem-se por não serem capazes de evitar ficarem presas num sistema de servidão pela dívida.

O presente guia de A-a-Z tem como objectivo proporcionar o vocabulário e os conceitos para um diagnóstico mais eficaz da actual depressão económica (e, por extensão, psicológica), pensando em termos de juros compostos, servidão pela dívida, economias rentistas, rendimento não merecido, actividades de soma zero e parasitismo económico. Sem tais conceitos no primeiro plano das ideias, as actuais economias neoliberais tendem a sucumbir ao vírus da "dupla linguagem" orwelliana.

A análise económica lixo, com o seu vocabulário eufemístico, procura limitar as ferramentas do pensamento a fim de distrair a atenção quanto às causas – e, por consequência, do remédio necessário. Assim, a falsa teoria do "gotejamento" (trickledown) tece um manto de invisibilidade semântica em torno dos fenómenos do parasitismo rentista. As vidas de muitos devedores parecem ter sido capturadas por uma nuvem demoníaca ou uma personificação económica de Drácula que suga a sua subsistência. Políticos culpam os imigrantes ou outras minorias de tomarem seus empregos, enquanto os lobistas tentam convencer os assalariados e a classe média que o que os mantém tão amarrados à dívida não são os altos custos da habitação, educação e da vida, a serem financiados por hipotecas, empréstimos a estudantes e cartões de crédito. A culpa é deslocada para o governo por aplicar impostos demasiado altos aos 1% e "excesso de regulação", condições burocráticas para a realização de negócios, sobretudo regulamentos para promover o ar limpo, comida saudável e contabilidade honesta.

A iliteracia matemática é uma pré-condição para a generalizada falha em entender este crescimento exponencial das reivindicações do sector financeiro sobre a economia, enquanto a Teoria Económica Lixo deixa de atribuir a polarização económica à dinâmica predatória da deflação da dívida. A dívida está a absorver quase todo crescimento económico em países como a Grécia. Quando o volume da dívida cresce tanto como o rendimento nacional ou o PIB, e quando suporta uma taxa de juros (tipicamente 5%) acima da taxa de crescimento da economia (normalmente apenas 1% a 2%), então todo o crescimento do RN nacional é absorvido pelos credores.

Sem a compreensão generalizada de como a nossa economia se financiarizou e a criação de riqueza e o seu rendimento e riqueza ficou comprometido aos credores, não pode haver nenhuma democracia económica real na qual eleitores elejam representantes que os salvem da depressão e daquilo que Martinho Lutero chamou o demónioCacus (uma personificação do crescimento exponencial da dívida). Qualquer democracia nominal a que faltem tais conhecimentos económicos é um oximoro, ou seja, uma contradição política interna.

A reescrita da história económica pela redefinição do significado das palavras 

A história é escrita pelos vencedores, e os vencedores de hoje são os interesses adquiridos ressurgidos. Assim como a verdade é a primeira vítima da guerra, o passado é reescrito como se inevitavelmente tivesse de levar ao presente. Ao reescrever a história do pensamento económico, os lobistas ao serviço dos rentistas criaram um falso acercapedigree do que é um clássico mercado livre. O objectivo é dar a impressão que todos os economistas aos quais é concedido estatuto no panteão intelectual endossam a visão actual de que a riqueza e o rendimento são razoavelmente distribuídos e que as elites financeiras são os principais responsáveis pela sua criação.

Nesta nova visão Winston Smith substituiu Adam Smith. No romance "1984", de Orwell o superestado anglo-americano, Oceania, empregou Winston Smith para reescrever o passado. Seu trabalho no Ministério da Verdade era actualizar continuamente a história para que se ajustasse à linha política do Big Brother, sempre em constante mudança. O slogan do Ministério era: "quem controla o passado controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado".

A linguística tornou-se desta forma uma vítima tal como a História. Então pode dizer-se que quem controla a línguagem controla a forma como as pessoas se apercebem do mundo à sua volta. Tal como Michael Lewis descreveu em The Big Short : "O mercado de hipotecas subprime tinha um talento especial para obscurecer o que precisava ser esclarecido". Ele explica:
"A linguagem do mercado de títulos serve para um objectivo diferente daquele do mundo exterior. A terminologia do mercado de títulos foi concebida não tanto para transmitir significados e sim para confundir os não iniciados. … Os escalões dos títulos hipotecários subprime não foram chamados de escalões – ou qualquer outra coisa que pudesse levar o comprador de títulos a formar qualquer espécie de imagem concreta em sua mente – mas sim como "fatias" (tranches). A fracção inferior – o arriscado piso térreo – não foi chamada piso térreo, mas o mezanino... o que soa não tanto como um investimento perigoso, mas sim como uma poltrona valiosa num estádio com cobertura.
A escritora de ficção científica Ursula LeGuin, em A Wizard of Earthsea (1968), descreve sabichões treinados por um "Master Namer, um professor que sabe o verdadeiro nome de tudo". Um crítico social moderno comenta a ideia do LeGuin: "O nome verdadeiro é diferente do nome comum, o nome público. Assim, quando se aprende o verdadeiro nome de uma coisa, é-se capaz de repelir qualquer poder que ela tenha sobre si. Precisamos fazer isso com o sistema em que vivemos" [3] .

A designação de nomes verdadeiros está bloqueada por lobistas financeiros e seus estrategistas de relações públicas, os quais produzem o vocabulário usado pelos media populares ao discutirem economia. O objectivo é desviar a atenção de como o mundo realmente funciona, criar uma visão de conto de fadas em que nenhum rendimento é espoliação (extractive) e não há almoços grátis – enquanto na economia real está tudo voltado para a obtenção de almoços grátis.

A fim de preservar os seus privilégios especiais, os interesses adquiridos devem convencer o mundo de que ganham as suas fortunas contribuindo para a prosperidade comum. Eles retratam a Era das Reformas Progressistas e subsequente regulação económica e programas sociais, como uma recaída na autocracia e uma estrada para a servidão pela dívida, não uma fuga ao legado dos interesses feudais rentistas. E quando as políticas ao seu serviço mergulham as economias na austeridade, fazem lóbi para persuadir os governos a absorver suas perdas financeiras.

O rumo da civilização ao longo deste caminho destrutivo é um desvio absurdo da tradição da economia política clássica. Mas como Voltaire exemplarmente observou: "Quem acredita em absurdos comete atrocidades". Os absurdos da economia dominante de hoje conduziram às atrocidades da austeridade na Grécia, ao despovoamento da Letónia e ao desmantelamento pós-soviético da indústria russa e báltico desde 1991. A riqueza crescente dos 1% é conseguida pela imposição de austeridade às economias nacionais e pelo despojamento dos seus activos.

Aplausos para este despojamento de activos e para a economia de bolhas especulativas, como um modelo de negócio – juntamente com a tolerância para a deflação da dívida – mantêm agora o mundo numa depressão profunda ao mesmo tempo que habilita uma classe de rentistas a tornar-se os senhores neofeudais deste século.

A pretensa oposição dos "mercados livres" à servidão/comunismo 

Para além do vocabulário desta linguagem, o pensamento é moldado pela metáfora social e pela psicologia de grupo. Em 1928 o livro Propaganda , de Edward Bernays (1891-1996), sobrinho de Sigmund Freud, descreveu a então nova disciplina de relações públicas (seu eufemismo para propaganda) como uma forma de "governo invisível" para manipular eleitores e consumidores jogando com suas esperanças e temores. "Se entendemos o mecanismo e os motivos do espírito de grupo, não será possível controlar e arregimentar as massas de acordo com nossa vontade sem seu conhecimento?" [4] A chave desta técnica, a "engenharia do consentimento" [5] , como Bernays explicou posteriormente, serviu para os estrategistas de relações públicas e seus designados formadores de opinião mobilizarem o "instinto de manada" e criarem uma mentalidade de "nós contra eles" para induzir eleitores e consumidores a actuarem contra seus interesses reais.

Tendo feito campanha em favor de Woodrow Wilson para promover a entrada dos EUA na I Guerra Mundial como um combate contra os "hunos alemães", Bernays ajudou a tornar aceitável e até chique que as mulheres na década de 1920 fumassem, chamando os cigarros de "tochas de liberdade". Mais tarde, apoiou o derrube do presidente democraticamente eleito da Guatemala Jacobo Arbenz, em 1954, pela United Fruit Company ao chamá-lo de "comunista" [6] . A nova junta governativa patrocinada pelos EUA retratou a reversão da reforma agrária e da libertação da escravidão rural pela dívida como restauração dos mercados livres.

Éis como os neoliberais de hoje estruturam as suas políticas a fim de ganhar aceitação pública. "Libertação do comunismo" ("eles") é o meio usado para significar mercados livres ("nós") definidos como oposição à tributação progressiva e outras políticas sociais democráticas do real interesse dos eleitores e dos consumidores. À semelhança das companhias de tabaco que apresentaram médicos para garantir aos consumidores que fumar era saudável (e emagrecia!), os 1% de hoje exibem vencedores do Prémio Nobel de Economia para promover a economia do "gotejamento" e cortes de impostos para os ricos.

Uma extensão lógica da abordagem de Bernays foi o que Leo Strauss, um imigrante alemão que se tornou professor da Universidade de Chicago (1949-69). Strauss ensinou que a maneira de mobilizar pessoas a reboque de uma política era apelar à sua identidade de grupo incutindo o "nós" contra "eles" tal como Bernays havia explicado. Um conjunto de mitos era necessário para modelar a opinião pública, tal como a República de Platão [7] descrevia como uma "mentira nobre" (gennaion pseudos): "uma artimanha para algumas falsidades que venham a ser necessárias – alguma que seja nobre" para ganhar a aceitação das regras das elites como "almas de ouro". Foi o que fizeram os oligarcas gregos quando se auto-denominaram aristocracias ("os melhores"), alegando que as suas acções protegiam a cidade-estado das "almas de bronze" (reformadores populistas demonizados como "tiranos") que podiam ascender ao posto de guardiões do Estado, anular dívidas e redistribuir a terra.

Um outro colega de Strauss em Chicago (1950-1962), Frederick Hayek, amalgamou a Era Progressista de programas sociais, comunismo, nazismo e fascismo tudo junto como sendo intrusões nos "mercados livres" e, portanto, como "o caminho para a servidão". Sua retórica visava reverter o impulso dos economistas clássicos para acabar com os privilégios rentistas e, portanto, livrar a economia real da servidão: uma classe hereditária de senhores da terra e banqueiros que se aliaram a outros interesses de extracção de renda.

Por que é que os neoliberais apoiam os neoconservadores imperialistas 

Os ideólogos anti governo chamam ao investimento público em infraestruturas para impedir o sector privado de extrair rendas de "o caminho da servidão", nada menos que isto. A geopolítica desempenha um papel, dado que os investidores dos EUA procuram controlar a obtenção de renda a partir dos recursos naturais e de monopólios públicos de outros países. Este impulso para o controlo une economistas neoliberais a militares neoconservadores que pressionam por "mudanças de regime" nos países que procuram proteger os seus mercados, o domínio público e sistemas bancários a fim de promover seu próprio crescimento e bem-estar.

Os neoconservadores seguidores de Strauss distorceram a "inteligência" em enganosos sofismas para moldaram uma ideologia de Guerra Fria na América [8] . O seu colega, professor em Chicago (1964-80) Albert Wohlstetter prestou-se a servir como conselheiro das teses dos instigadores da Guerra Fria, Paul Wolfowitz e Zalmay Khalizad, um imigrante afegão que mobilizou o apoio dos EUA para os Taliban contra o regime laico aliado da Rússia, inflamando grupos militares fundamentalistas para o derrube de governos do Médio Oriente que procuravam autonomia em relação ao controle dos EUA. Wolfowitz e Khalizad montaram uma campanha de difamação contra Saddam Hussein, muito semelhante à de Bernays contra a Guatemala, afirmando que o Iraque estava a patrocinar a Al Qaeda e tinha armas de destruição em massa [9] .

Os neoliberais criaram uma "nobre mentira" estilo nós-contra-eles ao apropriarem-se de Adam Smith, John Stuart Mill e outros economistas clássicos como se estes houvessem endossado cortes de impostos e a desregulamentação do sector financeiro, do imobiliário e de outros sectores de extracção de renda. Isto é o oposto daquilo que hoje eles realmente advogariam com o aperfeiçoamento da sua teoria da renda para medir e remover fiscalmente ganhos não merecidos.

Tais sofismas com "mentiras nobres" retratam a política económica e fiscal a favor da finança como uma fortaleza democrática contra governos suficientemente fortes para desafiar o poder da alta finança e os interesses seus aliados na extracção de renda. Os 1% procuram criar uma mitologia da tradição, uma dependência como a Síndrome de Estocolmo e uma pseudo-inevitabilidade histórica darwiniana, para orientar o público no apoio aos 1%, como o "nós" universal, enquanto demoniza os defensores dos interesses dos 99% como "eles".

Esta Teoria Económica Lixo do engano promove tratados neoliberais como "reformas" de leis, impostos e regras comerciais, revertendo as reformas reais da Era Progressista. "Peritos" (lobistas corporativos) são enfeitados com as insígnias de prestigiosos títulos académicos para redefinir "progresso" como se não houvesse alternativa racional à mudança do planeamento económico de um governo democrático para os centros financeiros do mundo. Esta nova guerra fria ideológica é administrada pelo FMI, BM e OMC, sob o controle dos Estados Unidos. Países que adoptem políticas que não sirvam a Wall Street e seus satélites financeiros considera-se que caminham para a falta de liberdade – aquela do "outro". Esta inversão do que se pensava ser progresso há um século é um simulacro de liberdade e uma mentira ignóbil – como a maior parte das mentiras ditas "nobres", quando se pensa a respeito. 
[2] George Lakoff, "Women, Fire and Dangerous Things," March 27, 2013, citado em Rebecca J. Rosen, "Millions of Americans are facing a serious financial problem that has no name." The Atlantic, May 7, 2016. Ver também Robert I. Levy, Tahitians: mind and experience in the Society Islands (Chicago: 1975).
[3] Anne Wilson Schaef. When Society Becomes an Addict (Harper, San Francisco, 1987) p. 10.
[4] Edward Bernays, Propaganda (1928), p. 47.
[5] "The Engineering of Consent", Annals of the American Academy of Political and Social Science 250 (March 1947), pp. 113–20.
[6] Stephen Schlesinger and Stephen Kinzer, Bitter Fruit. The Story of the American Coup in Guatemala (1999), pp. 78-90.
[7] Plato, Republic, Book 3, 414b-415d.
[8] Seymour Hersh, "Selective Intelligence", The New Yorker, May 12, 2003.
[9] Jim Lobe, "Leo Strauss's Philosophy of Deception", Alternet, May 18, 2003. www.alternet.org/story/15935/leo_strauss'_philosophy_of_deception . "Tal como Thomas Hobbes, Strauss acreditava que a natureza inerentemente agressiva do seres humanos só podia ser restringida só por um poderoso Estado nacionalista. Tal como ele escreveu "a espécie humana é intrinsecamente perversa e tem de ser governada". Contudo, "tal governação só pode ser estabelecida quando os homens estão unidos – e eles apenas podem ser unidos contra outro povo" Ver também, Scott Horton, "Will the Real Leo Strauss Please Stand Up?" The Harpers blog, July 31, 2016. harpers.org/blog/2008/01/willthe-real-leo-strauss-please-stand-up/ 


A primeira parte encontra-se em
resistir.info/m_hudson/intro_junk_1.html

O original é o capítulo introdutório do livro "J is for Junk Economics – A Guide to Reality in an Age of Deception" , de Michael Hudson, ISLET, 2017, 404 p., ISBN 978-3-9814842-5-0. Tradução de DVC, revisão de JF. O conteúdo completo do livro é este: 

Table of Contents
Foreword: Economies – and Economic Theory – at the Crossroads
Preface and Acknowledgements
Introduction: Social Naming Disorder and the Vocabulary of Deception
A-to-Z GUIDE 
A is for Adam Smith. Asset-Price inflation and Austerity
C is for Casino Capitalism and the Client Acadernics who praise it
D is for Debt Deflation and the Debt Peonage it leads to
E is for Economic Rent and "Euthanasia of the Rentier" 
F is for Fictitious Capital and the FIRE Sector where it is concentrated.
G is for Grabitization and the Groundrent that is its main objective.
H is for Hubris
I is for Inner Contradiction and the Invisible Hand
J is Junk Bonds and Junk Economics.
K is for Kleptocrat
L is for Leamed Ignorance
M is for Marginalism and the Money Manager Capitalism
N is for Neofeudalism and its Neoliberal advocates
O is for Oligarchy
P is Ponzi Scheme and the Pension-Fund Capitalism that feeds it
Q is for Quandary
R is for Rentiers and the Race to the Bottom they sponsor
S is for Say's Law and Serfdom
T is Trickle-Down Economics
U is for Unearned Income
V is for the Vested Interests
W is for Wealth Addiction
X & Y are for X and Y Axes
Z is for Zero-Sum Activity.
ESSAYS AND ARTICLES 
The 22 Most Pervasive Economic Myths of Our Time
Economics As Fraud
Methodology is Ideology, and Dictates Policy
Does Economics Deserve A Nobel Prize? Commonweal 1970
Hudson Bubble Model: From Asset-Price Inflation to Debt-Strapped Austerity (Formulas. and Charts)

AUTHOR INTERVIEW: KILLING THE HOST (Companion book)
Eric Draitser's 2015 CounterPunch Radio interview with Michael Hudson

ABOUT THE AUTHOR 
(and Paul Craig Roberts' Hudson Bio)

BOOKS AND PUBLICATIONS BY MICHAEL HUDSON

A-TO-Z GUIDE - MINI INDEX


Esta 2ª parte do capítulo introdutório de "J is for Junk Economics" encontra-se em http://resistir.info/ .
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