sábado, 30 de novembro de 2013

Manoel Zelaya denuncia fraudes nas eleições Honduras-2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Manuel Zelaya: "se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas"



Deposto por um golpe militar patrocinado pelos EUA em 2009, Zelaya enfatizou que "as urnas falaram em defesa de uma mudança profunda".


Por Leonardo Wexell Severo, de Honduras


Exigimos que se respeite a decisão do povo de que Xiomara Castro seja a sua presidenta. Não importa o que façam, porque esse processo se iniciou e ninguém vai pará-lo”, afirmou o coordenador do Partido Livre (Liberdade e Refundação), Manuel Zelaya. Junto a centenas de militantes, o ex-presidente destacou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25) em Tegucigalpa que, “se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas”.

 
Deposto por um golpe militar patrocinado pelos EUA em 2009, Zelaya enfatizou que “as urnas falaram em defesa de uma mudança profunda” e denunciou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) age em função dos interesses da oligarquia vende-pátria, representada pelo candidato Juan Orlando Hernández, do Partido (Anti) Nacional.


O Tribunal não está contabilizando 1.900 atas, cerca de 400 mil votos, de zonas em que o Partido Livre ganhou amplamente. Estamos prontos para comparar as atas que temos com as que chegaram do TSE. Que eles demonstrem o contrário, que perdemos. Nunca poderiam fazê-lo”, acrescentou Zelaya, aplaudido de pé.


Segundo Zelaya, a disposição do Partido Livre não é a de “conclamar a sublevação, mas de garantir direitos, que não se negociam”. “Por que o Tribunal aparta 20% das urnas em seu resultado? Basta ter um mínimo de inteligência para explicar”, condenou o ex-presidente, com a militância respondendo em coro: “vamos às ruas!”.


A presidenta eleita, Xiomara Castro, dedicou a vitória aos “homens e mulheres que entregaram sua vida por esta causa, aos jovens que doaram seu sangue pela liberdade da Pátria e de todo o povo hondurenho”. “Os dados que recebemos de todo o país com a contagem das atas eleitorais confirmam que sou a presidenta da Honduras. Não vou decepcionar, cumpriremos da primeira a última palavra empenhada”, agradeceu.


Rechaço à fraude


O candidato do Partido Anti-Corrupção (PAC), Salvador Nasralla, também rechaçou a fraude: “Os resultados estão dramaticamente violentados e não correspondem à realidade”. Nasralla, um apresentador de televisão, asseverou que o partido governista utilizou dois call centers para produzir e escanear atas falsas. Elas seriam enviadas ao centro de apuração, adulterando os resultados. “Tenho todas as provas e já apresentei uma denúncia à fiscalização. Além disso, o partido do governo comprou muitos dos representantes de mesa do meu partido, para que se retirassem do centro de votação e não defendessem nossos votos”, disse.


Reforçando esta denúncia, a TV Globo de Honduras divulgou entrevistas com inúmeros fiscais que comercializaram suas credenciais partidárias para o Partido Nacional. A reflexão é elementar: pela legislação eleitoral, as mais de 16 mil urnas necessitariam de pelo menos 32 mil pessoas de cada partido, entre fiscais e suplentes. Tais agremiações deveriam ter, portanto, pelo menos esses dois votos. Abertas as urnas, os partidos que atuaram como legenda de aluguel, todos juntos, não somaram sequer 1% dos votos. Formados para isolar o Partido Livre, seus “representantes” atuaram para controlar as mesas eleitorais e armar a fraude.


"Graves evidência de fraude"


Foi o que viu a delegação de observadores da Confederação Sindical Internacional (CSI), que apontou a existência de “graves evidências de uma fraude eleitoral”. “Durante todo o dia recebemos denúncias de diversas formas de manipulação e compra de votos, ameaças e outros atos de violência contra os fiscais e os eleitores do Livre”, informou a CSI, ressaltando que “alguns deles foram testemunhados pelos representantes da missão, assim como pelas várias organizações internacionais aqui vindas para observar as eleições”.


Também nesta segunda-feira à tarde, no Comitê de Familiares de Detidos e Desaparecidos de Honduras (Cofadeh), a canadense Laura Carter, dirigente do Industrial Global Union, apontou a existência de “uma série de irregularidades, que podem ter impacto determinante nos números divulgados pelo TSE". Laura informou que na zona de São Miguel, na região metropolitana de Tegucigalpa, que conta com 50 mil votantes, força expressiva de Xiomara, nada menos do que 400 eleitores apareceram como "mortos" - sendo retirados da lista, sem poder votar - e outros mil simplesmente "desapareceram do registro".


Marcelina Samaniego, representante da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), denunciou “a sonegação de informações e o não envio das planilhas de votação”. Como na região de San Pedro Sula, onde Xiomara liderava, esclareceu Marcelina, o jovem que manejava o computador e centralizava o processo lhe disse ter "orientações claras" para atrasar o envio de urnas desfavoráveis. "Nós não podíamos ter acesso e a Força Pública e a Militar estavam ali para respaldar o que eles dissessem", acrescentou.


Denis Roberto Aguilar Gomez, fiscal do Partido Livre na Escola Tomas Alvarez na mesa 9357, no bairro Nova Esperança, na região metropolitana de Tegucigalpa, foi agredido por 20 fascistas do Partido Nacional. Quando foi denunciar aos policiais militares acabou sendo detido ilegalmente e agredido, por ser de oposição. "Me torturaram dentro da escola", relatou, mostrando as marcas da agressão.


Perseguição e intimidação


Às vésperas das eleições de domingo (24), o governo hondurenho utilizou policiais militares e da migração para perseguir e intimidar observadores internacionais, identificados como simpatizantes de Xiomara. Personalidades como Rigoberta Menchú, prêmio Nobel da Paz, foram impedidas até de entrar no país. Ao mesmo tempo, os golpistas convidaram 23 organizações de extrema direita para acompanhar o pleito.


Na cidade de El Progreso, próxima a San Pedro Sula, um dos principais polos da resistência ao golpe contra Zelaya, cinco soldados da Migração, fortemente armados, entraram no centro de capacitação da Igreja em busca de “salvadorenhos”. Terceira principal cidade do país, El Progreso é o berço de Roberto Micheletti, ditador alçado ao poder em 2009.


Na capital, Tegucigalpa, prefeitos e parlamentares da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que governa El Salvador, também foram abordados e constrangidos por policiais a poucos metros do Honduras Maya, hotel em que estamos hospedados.


Nesta segunda, soldados fortemente armados voltaram a cercar o hotel, tentando impedir um protesto pacífico contra a fraude eleitoral, condenada em coro como um novo golpe. “Mídia vendida, conta-nos bem, não somos um, não somos cem”, alertaram os manifestantes, repudiando a manipulação dos grandes conglomerados de comunicação em favor dos golpistas.


Fascismo nos Estados Unidos? O Caso doTea Party.


30.Nov.13 :: Outros autores
Quando vemos as características e a actuação prática do actual poder nos EUA, pode custar a crer que haja sectores da direita norte-americana que se lhe oponham de forma radical. Mas existem, como sucede com a extrema-direita organizada no Tea Party, cujos membros estão na sua maioria convencidos de que Obama quer instaurar o socialismo nos EUA.


Existe uma percepção generalizada nos maiores meios de informação espanhola de que o Tea Party dos Estados Unidos é um movimento social de sensibilidade libertária que surgiu em resposta ao que se entendia em amplos sectores da população norte-americana como um aumento de intervenção do Estado federal nos Estados Unidos sob a presidência de Barack Obama. O correspondente António Caño  do El Pais nos Estados Unidos foi o promotor dessa visão, que é também a deste movimento e dos meios conservadores e ultraliberais que com ele simpatizam. Mas a realidade é bem diferente. Tanto os seus dirigentes como a sua prática actual apresentam outro tipo de movimento, que tem por objectivo defender os interesses económicos e financeiros de grupos empresariais concretos (que incluem desde empresas tabaqueiras a companhias de seguros, banca e empresas petrolíferas). É um movimento cuja base social é a classe média de renda alta e sectores de classes de poder, que acham que os seus impostos vão sustentar as minorias pobres do país. Está extraordinariamente bem financiado, com grande riqueza de meios procedentes de grupos financeiros e económicos que gozam de grandes recursos políticos e mediáticos. O seu poder político deriva de controlarem o sistema eleitoral através da redefinição dos distritos eleitorais desenhados pelas câmaras legislativas dos Estados controlados pelo Partido Republicano, favorecendo a eleição de políticos ultraliberais, sem nenhuma sensibilidade democrática. Os seus membros têm características comuns com o nacional catolicismo espanhol. Consideram-se parte de uma pátria escolhida por Deus, num nacionalismo extremo que tem também a missão de salvar os Estados Unidos de «ideologias antiamericanas», libertando-os  do governo federal controlado agora por um Anticristo. 62% dos membros do Tea Party  (segundo sondagens oficiais) acha que o Presidente Obama quer instaurar o socialismo nos Estados Unidos; 42% acham que o Presidente Obama é muçulmano e quer impor a lei muçulmana no sistema judicial americano; e 21% acham que o governo federal está a matar gente para estimular o medo às armas (sim, leu bem a frase) e muitas outras falsidades óbvias, transmitidas por um imenso sistema de doutrinação, quase como ter 20 Losantos — em horário nobre — em todo o território norte-americano. Rush Limbaugh, Glenn Beck, Michael Savage e a Fox News. O dinheiro que esta aparelhagem tem à sua disposição é imenso. É o movimento da ultradireita, mais próxima do fascismo europeu, ainda que tenha as suas características próprias, que o separam. O seu poder vem do controle sobre grandes recursos (financiados por esses grupos empresariais) e de grande número de câmaras legislativas dos estados que são, como já foi dito, as que definem os distritos eleitorais das eleições federais. Isso explica que, embora o Partido Democrático tenha ganho as últimas eleições no Congresso (mais de um milhão e meio de votos sobre os Republicanos), hoje o Congresso esteja nas mãos do Partido Republicano, controlado pelo Tea Party. A sua eficácia deve-se também ao profundo sentido de militância e à sua participação activa no processo eleitoral. Como a abstenção é enorme nas eleições para o Congresso (uma das instituições mais desprestigiadas dos Estados Unidos), um grupo muito minoritário, como o Tea Party, pode ganhar facilmente as eleições. Nas eleições para o Congresso só 30% do eleitorado vota (nas eleições presidenciais, que coincidem com as do Congresso, votam 52%, com o qual, um grupo muito motivado pode acabar (com 16% do voto) controlando os canais legislativos do Estado e do Congresso. A sua motivação é muito acentuada, pois tem um fanatismo religioso que sustenta a sua crença de que estão a lutar contra o anti Cristo, sendo altamente manipuláveis pelos grupos económicos que os financiam. O seu fanatismo é complementado por uma grande ignorância pois acham, por exemplo, que a paralisia do governo federal e a sua inviabilidade de pagar a dívida melhoraram a economia norte-americana. Daí que o seu controlo do Congresso via Partido Republicano represente uma ameaça para o sistema económico dos Estados Unidos, e inclusivamente para o sistema económico mundial. A situação referente à dívida pública é um exemplo, mas estão a tentar chantagear o presidente Obama para acabar com as reformas da saúde da Administração democrata e as pensões públicas do país. O seu discurso é semelhante ao utilizado pelos governos europeus e espanhol que, sob a desculpa de diminuir o défice público, está a eliminar a Assistência Social, impondo políticas que beneficiam o mundo empresarial e as classes de poder.

*Vicenç Navarro é catedrático de Política Pública na Universidade Pompeu Fabra e professor de Política Pública na Universidade John Hopkins.

Os EUA contra Prensa Latina na ONU

Bloqueio dos E.U.A. ameaça trabalho da Prensa Latina na ONU PDF Imprimir E-Mail
  
 Havana, 29 nov (Prensa Latina) A negativa do banco norte-americano M&T a continuar a prestação de serviços a missões diplomáticas de Cuba nos Estados Unidos atingiu além da correspondência da Agência Informativa Latino americana Prensa Latina perante as Nações Unidas.
Desde março de 2010, a instituição bancária abrigava a conta do escritório da Prensa Latina na organização mundial, com mais de cinco décadas de trabalho dentro da sede central da ONU em Nova York.

No entanto,em 12 de julho passado, o correspondente da agência recebeu uma carta assinada por Peter Senica, vice-presidente do M&T Bank, com quartel geral em Baltimore, que informou a decisão de "fechar a divisão que presta serviços a entidades diplomáticas e todas as contas relacionadas, incluídas as individuais de seus empregados e família".

Com sede central nesta capital e quase completando 55 anos de trabalho, Prensa Latina está reconhecida a nível mundial como um meio internacional de notícias, especializado na América Latina e o Caribe, com 30 escritórios em todos os continentes.

Mesmo assim, é membro fundador da União Latino americana de Agências de Notícias, e participa de maneira ativa no contexto dos Congressos Mundiais de Agências, o mais recente efetuado na Arábia Saudita, neste mês.

A representação da organização informativa frente a ONU renovou e recebeu em janeiro deste ano, a licença especial outorgada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, por suas siglas em inglês) do Departamento do Tesouro, com vigência até 2015.

Esse documento, enquadrado nas " regulações do controle de ativos cubanos" (bloqueio), autorizou ao M&T Bank a "abrir, manter e operar a conta em nome da Prensa Latina", "só para cobrir suas despesas pessoais".

A Seção de Interesses de Cuba na capital estadunidense denunciou há três dias as "restrições vigentes derivadas da política de bloqueio econômico, comercial e financeiro do governo norte-americano contra Cuba".

Salientou que essas limitações têm feito impossível encontrar até a data um banco estadunidense ou de outro país, com sede em Estados Unidos, que assuma as contas bancárias das missões diplomáticas cubanas e por tanto suspendeu os serviços consulares.

E reiterou que o Governo dos Estados Unidos tem a obrigação jurídica de garantir o cumprimento das convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares.

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Modificado el ( viernes, 29 de noviembre de 2013 )
 

Ilhas Canárias e empresas com USAID & CIA

Um relatório elaborado pela Câmara de Comercio dos EUA em Espanha reconhece que as Ilhas Canárias “reforçaram o seu papel como base estratégica para as empresas norte-americanas”



29.Nov.13 :: Outros autores
A USAID, inequivocamente identificada como braço “humanitário” da CIA, instalou-se nas Ilhas Canárias com o subserviente acordo do governo de Rajoy. O imperialismo coloca os seus peões onde o deixam: o governo de direita em Espanha como os governos da política de direita em Portugal.


A Agencia Central de Inteligência (CIA) dos EUA, com o recorrente pretexto da “ajuda” aos países subdesenvolvidos, conseguiu instalar-se de forma permanente na ilha da Grande Canaria através de uma das suas mais activas organizações de fachada. A Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Mais conhecida pelo seu acrónimo em inglês, USAID.
Faz agora justamente um ano alertávamos nas páginas do Canarias Semanal para o desembarque desta instituição norte-americana no Porto de Las Palmas, a partir do qual tinha começado a controlar o envio de víveres para a África ocidental. Uma das regiões em processo de recolonização económica e militar que Washington actualmente disputa com outras potências ocidentais, e algumas emergentes, como a China.
Desde então os barcos que partiram do Porto de la Luz com alimentos para o continente vizinho fizeram-no - por exigência expressa da USAID - sob bandeira estado-unidense. A mesma que acompanha os sacos de comida com os quais a Administração Obama pretende incrementar a penetração das multinacionais ianques em países que, em alguns casos, estão a alcançar ritmos de crescimento anual de 12 %.
Desta forma, segundo reconhecia um relatório elaborado pela Câmara de Comercio dos EUA em Espanha, as Ilhas “reforçaram o seu papel como base estratégica para as empresas norte-americanas”.
Esta componente “humanitária” da estratégia do Imperio, que combina conforme a conjuntura política a agressão ou a ameaça militar, a chantagem, o bloqueio económico e a “colaboração” com os países que se mostram submissos perante os seus planos expansionistas, foi nesta altura convenientemente subscrito por um dos seus mais dóceis governos vassalos.
No passado 25 de Outubro o Executivo Rajoy subscrevia com a USAID um acordo que permitirá aos estado-unidenses operar em Porto de la Luz durante todo um ano. O prazo, no entanto, é prorrogável e o próprio Governo ultraconservador de Madrid já anunciou que trabalha para que a Agencia continue em Grande Canaria nos próximos mandatos.
“Estamos muito contentes e continuaremos a trabalhar com a USAID sempre que eles o queiram” - reconheceu neste sentido Francisco Quesada, membro do gabinete da Secretaria Geral de Cooperação para o Desenvolvimento.
MAS, ¿O QUÉ É REALMENTE A USAID?
A USAID, encarregada de distribuir a maior parte da “ajuda” de carácter não-militar dos Estados Unidos, define-se como um “organismo independente” que, paradoxalmente, não nega que recebe as suas “directrizes estratégicas” do Departamento de Estado, para reforçar a política externa de Washington.
E a dar-se o caso de o carácter destas orientações não ser suficientemente diáfano, as próprias autoridades do organismo chegaram a reconhecer também o seu apoio e financiamento a forças políticas opositoras aos governos “díscolos” da América Latina.
A verdade é que a USAID não é particularmente conhecida por lutar contra a fome no mundo, mas é-o por actuar como um apêndice da CIA, utilizando os seus ingentes fundos para desestabilizar os governos rebeldes aos ditames dos EUA. Esta Agencia começou a ser gerada no Escritório de Segurança Pública (OPS), criado em 1957 pelo presidente Dwight Eisenhower para treinar forças policiais sipaias em outros países. Mas foi em 1961 que John F. Kennedy a criou como entidade dedicada à “ajuda humanitária”, convertendo-se assim no organismo oficial destinado a operar em nações com “inclinações antidemocráticas”. Quer dizer, naquelas onde o domínio norte-americano pudesse ver-se questionado.
Diversos investigadores têm divulgado suficientes dados contrastados sobre a forma como a USAID actua em mais de 100 países e, particularmente, acerca das suas operações na América Latina. Os próprios documentos desclassificados da CIA revelam que milhões de dólares do seu orçamento são canalizados por meio desta agência para uma rede de instituições e grupos políticos que são utilizados para levar a cabo acções clandestinas. Através dos seus mais de cem escritórios em nações do chamado Terceiro Mundo a USAID coopta organizações privadas, grupos indígenas, associações profissionais, religiosas, etc., e subvenciona grupos de “dissidentes” ao serviço dos interesses norte-americanos. Mantém, para além disso, relações com mais de 3.500 empresas e 300 organizações privadas do seu próprio país, e outorga subsídios a pretensas ONG’s igualmente vinculadas à CIA, como os Repórteres sem Fronteiras.
Só em Cuba a Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional destinou mais de 197 milhões de dólares ao financiamento de grupos contra-revolucionários e a diversos programas de subversão.
Com a arrogância habitual de umas elites que assumiram plenamente a doutrina do “destino manifesto da ‘América’”, em Dezembro de 2009 um alto funcionário da USAID reconhecia também, em declarações efectuadas a The New York Times, que a CIA utilizava o nome dessa Agencia para não aparecer directamente envolvida na “doação” de fundos e no estabelecimento de contratos.
Não pode restar qualquer dúvida portanto acerca da instituição estado-unidense “de ajuda” que, com o inexplicável silêncio das organizações de esquerda do Arquipélago, se instalou na Grande Canaria com a aparente pretensão de ficar definitivamente nesta ilha.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nascimento de buraco negro é testemunhado e marca divisor de águas para a astronomia

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A quase impossibilidade da astronomia observacional nunca foi tão clara. Com astrônomos tendo registrado tantos eventos em tantos instrumentos diferentes, simplesmente apontar telescópios para as estrelas tem proporcionado retornos decrescentes. Para que continuemos avançando, precisamos nos voltar a eventos mais incomuns e até violentos do universo, a fim de conquistar dados verdadeiramente novos. Não é apenas uma questão de paciência, uma vez que a indústria do espaço não pode configurar telescópios suficientes para olhar para todos os lugares ao mesmo tempo. Com tanta coisa esperando pelo zoom certo, poderia parecer uma causa perdida tentar capturar eventos inesperados de curta duração.
E, no entanto, esta semana, um evento importante aconteceu em algum lugar do universo, agora denominado GRB 130427A, e uma “armada de instrumentos” em todo mundo o viu produzir uma explosão de raios gama mais poderosa do que o que muitos pesquisadores acreditavam ser teoricamente possível. Aparentemente, vimos o colapso de uma estrela gigante e o nascimento de um buraco negro, evento descrito como um “momento de pedra de Roseta” para a astronomia – em referência ao fragmento de uma coluna monolítica que permitiu que os hieróglifos egípcios fossem decifrados. Ele enviou informações que os astrônomos ainda estarão estudando por muitos anos, e, por mais que ainda seja cedo para chegar a qualquer conclusão, já existe uma excitação generalizada sobre a absoluta novidade no fenômeno.
E, no entanto, o GRB 130427A só durou cerca de 80 segundos com intensidade observável. Com tanto espaço vazio de para monitorar, como é que os astrônomos conseguiram observar o evento, quanto mais documentá-lo tão profundamente? A resposta está no Novo México (EUA), nos Laboratórios Nacionais de Los Alamos, na forma de seis câmeras robóticas referidas coletivamente como RAPTOR ou RAPid Telescópios de Resposta Óptica. Os telescópios RAPTOR são interligados em rede e todos obedecem um cérebro de computador central. Entre seu hardware de computação dedicado e suas estruturas robóticas giratórias, eles podem se virar para ver qualquer ponto no céu em menos de três segundos.
Como são os dispositivos mais rápidos do mundo em “resposta óptica”, os telescópios do RAPTOR têm um grande dever: ter certeza de que você não perca as coisas grandes quando elas acontecem, porque em astronomia não há segundas chances. Acredita-se que esta explosão de raios gama seria a mais brilhante das últimas décadas, talvez do século, e se os astrônomos a tivessem perdido, é bem provável que ninguém trabalhando hoje teria tido a chance de capturar uma novamente. Os aparelhos cumpriram seu objetivo. Quando um dos telescópios vê uma sinal de algo interessante, ele e os outros rapidamente se reorientam e dão zoom para capturar os pormenores. Os telescópios têm diferentes especializações – por exemplo o RAPTOR-T, que vê todos os eventos através de quatro lentes alinhadas com quatro filtros de cor diferentes.
Ao olhar para as diferenças na distribuição de cor na amostra, o RAPTOR-T pode fornecer informações sobre a distância de um evento ou sobre alguns elementos do seu ambiente. No entanto, o GRB 130427A também foi visto por uma série de outros instrumentos, detectores de raios gama e telescópios de raios-X que são muito mais lentos do que o RAPTOR. Os satélites Fermi, NuSTAR e Swift, da Nasa, conseguiram ver alguma parte do evento durante o seu desenrolar, porém a maioria dos telescópios se juntou para ver o chamado arrebol do evento – uma espécie de persistência luminosa que fica no céu depois de um episódio como este. Este foi um acontecimento extremamente violento e lançou detritos ao longo de um grande raio. Todo este raio brilhou por várias horas e os astrônomos observaram quando ele desapareceu.
A intensidade dos raios gama de alta energia naquele arrebol desapareceram junto com suas emissões de luz convencionais. Esse é a primeira destas ligações que os astrônomos encontraram entre raios gama e fenômenos ópticos. E é apenas o começo das descobertas que virão desta Pedra de Roseta da astronomia. Podemos esperar por uma série de atualizações emocionantes ao longo dos próximos meses, à medida que os astrônomos desvendarem as implicações de terem testemunhado o nascimento de uma singularidade sem precedentes.
Fonte: Hypescience.com

Cuba/ Biocubafarma e desenvolvimento

Cuba: Biocubafarma, uma via para o desenvolvimento PDF Imprimir E-Mail
  
Por: Vivian Collazo Montano*Imagen activaO Grupo das Indústrias Biotecnológica e Farmacêutica, BioCubaFarma, criado no ano passado com o objetivo de produzir e comercializar medicamentos e serviços de alta tecnologia para a saúde da população, avança em seu trabalho, e aspira a se tornar no primeiro artigo de bens exportáveis de Cuba.

Entre suas prioridades, destacam uma série de programas de saúde em aliança estratégica com os Serviços Médicos da ilha, assegurou para Prensa Latina o máster em ciências Mayda Mauri Pérez, diretora comercial, negócios e cooperação internacional da instituição.

"Esta união pode impactar de maneira decisiva nos sistemas sanitários e no melhoramento da qualidade de vida dos países receptores".

São eles, o Programa de prevenção de doenças com vacinas profilaxias, Programa para a prevenção previa e tratamento de diferentes patologias do câncer.

Programa para a pesquisa e tratamento da diabetes e suas

complicações como a úlcera do pé diabético, o diagnóstico e avaliação de diferentes doenças (cardiologia, neurologia), com novos equipamentos médicos.

Inclui também a Detecção de más formações e doenças Herdo-metabólicas.

Mauri Pérez expressou que a empresa trabalha muito vinculada e de maneira coordenada com o Ministério da Saúde Pública e suas estruturas, já for no desenho e implementação de estratégias sanitárias, contribuindo ao sistema tecnologias, produtos e assistência para a prevenção, diagnóstico prévio e tratamento oportuno de diversas afecções.

Assinalou, alias, que atualmente, 91 produtos projetos se integram ao sistema cubano de saúde, 33 deles são vacinas contra doenças infecciosas, 33 produtos oncológicos, 18 cardiovasculares e sete para enfrentar outras patologias.

A indústria farmacêutica produz também 560 produtos dos 881 que fazem parte do Quadro Básico de Medicamentos na nação e trabalha no desenvolvimento de novos fármacos, destacou a especialista.

Explicou além que o processo pesquisa-desenvolvimento constitui um ponto de partida e um dos principais responsáveis pelo aperfeiçoamento e auto- sustentabilidade do setor.

Entre suas principais produções se contam, vacinas (profilaxias e terapêuticas), biofármacos para câncer, afecções cardíacas e cito proteção.

Também genéricos e compostos farmacêuticos de nova geração,

sistemas para diagnóstico prévio e prevenção de tumores malignos, más formações e outros.

Do mesmo jeito, equipes Médicas de avançada tecnologia, nanotecnologia, neurociências e neuro-tecnología, medicina natural e tradicional, e pesquisas agropecuárias.

Todo isso se comercializa em mais de 50 países e as autoridades desta esfera trabalham para espalhar o mercado, assinalou.

Para isso conta com dois mil e 336 patentes concedidas e solicitadas -543 em Cuba e mil e 793 no estrangeiro-, assim como com 716 registros sanitários no exterior, os que constituem a primeira barreira de entrada dos medicamentos em qualquer país do mundo.

Em sua expansão internacional Biocubafarma utiliza várias modalidades de negócios, entre eles destaque para negociações de projetos, desenvolvimento conjunto de projetos de pesquisa-desenvolvimento, acordos de distribuição e representação, acordos de transferência de tecnologia, empresas mistas fora da ilha, e outras cento por cento capital cubano no exterior.

Além disso promove o investimento estrangeiro direto em Cuba como nova modalidade de negócios, a que terá um lugar privilegiado na Zona Especial do Mariel, demarcou.

Biocubafarma

Esta empresa se subordina ao Comitê Executivo do Conselho de Ministros e na mesma se fundiram instituições e centros da biotecnologia cubana, conhecidas como o Pólo Científico, com os

laboratórios produtores e companhias da indústria farmacêutica, que formavam parte do Grupo Empresarial QUIMEFA, declarou Mauri Pérez.

Na nova organização trabalham 21 mil e 613 pessoas. Deles 58 por cento tem nível superior e meio superior, 918 são máster em ciência e 521 estão cursando o mestrado, 269 são doutores em ciência e 152 se encontram no processo de atingir esta condição.

BioCubaFarma conta com 38 empresas, 16 das quais são grandes produtoras com 78 instalações produtivas, oito comercializadoras, 11 radicam no exterior e três são de serviço. Além disso tem estabelecimentos em todas as províncias de Cuba, encarregados da distribuição nacional, acrescentou.

Entretanto, são seus trabalhadores o recurso mais prezado da empresa, por ser os criadores do conhecimento, os que contribuem com valor acrescentado aos resultados, é o elemento diferenciador e de maior vantagem competitiva da indústria, concluiu Mauri Pérez.

sc/Mmd/vc/rcg

*Chefe da redação de Ciência e Técnica de Prensa Latina
Modificado el ( jueves, 28 de noviembre de 2013 )
 
  

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ANNCOL/ A Paz no centro do debate


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Paz no el centro do debate


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Fonte: www.anncol.eu

No passado 19 de novembro, se cumpriu um ano do processo de paz entre o governo de Juan Manuel Santos e a insurgência das FARC-EP, após apresentar ante a opinião pública o acordo geral para a terminação do conflito e a construção da paz estável e duradoura. Igual que em anteriores tentativas de diálogo, os inimigos da paz se têm feito presentes. Neste caso, sem ainda haver conseguido seu objetivo. De forma simultânea, cresce o movimento social e popular que exige justiça social como elemento fundamental da paz que se acorde. O balanço é positivo, neste lapso de tempo as partes apresentaram como resultado a firma de acordo em dois dos seis pontos da agenda de diálogo e negociação, acordos parciais nos pontos da problemática agrária, terra e território e participação política.

No entanto, durante este ano de processo de paz o governo teve um duplo discurso: se mantém na mesa de diálogo em Havana –Cuba-, enquanto na Colômbia aprofunda a agenda neoliberal e a política de guerra.

Em meio a esta contradição governamental, os inimigos da guerra, que outrora estavam escondidos, querem pescar em rio revolto; pretendem voltar completamente ao governo em 2014. Sob o pretexto de manter a guerra, se atrevem a alçar bandeiras próprias do campo popular e de esquerda do país. Tal tem sido o oportunismo que em alguns protestos tem pousado de estar ao lado do interesse de setores populares, como do campesinato e da saúde. O discurso guerreirista se mantém no interior do governo. Setores visíveis do estabelecimento se atracam em cadeiras ministeriais como a do Ministério de Defesa. A guerra total é seu melhor negócio, lhe tem sido rentável para a acumulação de riquezas e de poder, e pretendem perdurá-la no tempo.

O movimento popular e democrático se mobiliza em respaldo ao processo de paz e em rechaço à agenda continuísta de Juan Manuel Santos. Grandes mobilizações têm dado um forte apoio aos diálogos com a guerrilha das FARC, ao tempo em que têm reivindicado o início do diálogo com o Exército de Libertação Nacional –ELN. O processo de paz deve incluir necessariamente a estes dois exércitos guerrilheiros. A vontade popular expressada nas ruas está a favor do processo, insiste na paz como sinônimo de justiça social, e para conquistar este anseio popular se requer uma ruptura com o modelo econômico imposto nas duas últimas décadas no país e uma necessária democratização da vida nos campos sociais, políticos e culturais.

O povo conseguiu, apesar das dificuldades, mediante a mobilização e o protesto, demonstrar que vem tomando o controle da chave da paz. A paz não será conquistada por concessão dos setores do estabelecimento, não são nem os Santos nem os Uribes, pelo contrário, só poderá ser uma conquista popular. Em tal perspectiva, a unidade popular e democrática, a ação decidida e coordenada e a exigência de uma nova Constituição política da Colômbia, através de uma Assembleia Nacional Constituinte, uma Constituinte que ratifique os acordos de paz aos quais se chegue na mesa de diálogo, e ademais oriente o marco constitucional para a democratização, a justiça social e a soberania, são os elementos que estão no centro do debate atual.
Marcha Patriótica

Coréia/RPDC, sob a Bandeira do Marxismo-Leninismo....

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CEIJ realiza estudo sobre obra “Avancemos sob a Bandeira do Marxismo-Leninismo e da Ideia Juche”

Kim Jong Il dirige o VI Congresso do Partido do Trabalho da Coreia,
em outubro de 1980 

Foi realizada, na última quarta-feira (27/11/2013), uma reunião do Centro de Estudos da Ideia Juche em que foi lida a obra Avancemos sob a Bandeira do Marxismo-Leninismo e da Ideia Juche. Após a leitura, foram feitas anotações e discussões entre os membros sobre a obra em questão.

O artigo Avancemos sob a Bandeira do Marxismo-Leninismo e da Ideia Juche foi escrito em 5 de maio de 1983 pelo dirigente Kim Jong Il, por ocasião do centenário do falecimento e do aniversário de 165 anos de Karl Marx, fundador do comunismo e primeiro grande líder da classe operária internacional.

O dirigente Kim Jong Il trata do Marxismo, primeiramente, a partir de suas três fontes constitutivas da economia política, da filosofia e do socialismo. Desenvolvendo o artigo, Kim Jong Il demonstra que Marx e Engels foram os primeiros líderes a elaborar as diretrizes teóricas para dar um correto caminho para a luta da classe operária em emergência a nível internacional. Graças ao desenvolvimento do Marxismo, a classe operária foi capaz de conhecer de maneira científica os fins gerais de sua luta, a necessidade de sua organização num partido revolucionário para lutar contra a burguesia e derrubar o capitalismo, estabelecer a ditadura do proletariado, destruir pela base toda a exploração e opressão, e completar a missão histórica de conquistar a sociedade sem classes, a sociedade comunista. Lenin, continuando a causa revolucionária do proletariado iniciada por Marx e Engels, desenvolveu o Marxismo em ressonância com as novas condições da época do imperialismo e das Revoluções proletárias, dirigindo na Rússia a Revolução Socialista de Outubro e fundando, em 1917, o primeiro Estado de ditadura do proletariado no mundo.

A Revolução Socialista de Outubro exerceu enorme influência no movimento revolucionário de libertação nacional nos países coloniais e semicoloniais. E, como não poderia deixar de ser, também na Coreia, então oprimida pelo imperialismo japonês.

Kim Jong Il ensina que o camarada Kim Il Sung, liderando a Revolução Coreana sob a bandeira do Marxismo-Leninismo, concebeu a Ideia Juche de maneira intrínseca à luta por aplicar o Marxismo-Leninismo às condições concretas de seu país. À medida que o movimento comunista se desenvolvia a nível mundial, era necessário que cada povo de seu próprio país levasse à cabo sua luta de maneira independente, sem copiar realidades alheias, e contribuindo com a Revolução Mundial avançando com a luta revolucionária em seu próprio país. Partindo de tal entendimento, Kim Il Sung concebe a Ideia Juche como um princípio que, em síntese, significa que as massas populares são donas da Revolução, e a força motriz da Revolução e do processo construtivo. Sendo as massas populares as donas da Revolução e da construção, a Revolução avança à medida que se eleve o papel das mesmas como forças motrizes da Revolução.

Durante todo o curso do processo revolucionário e construtivo, os comunistas coreanos utilizaram a Ideia Juche para resolver problemas concretos que apareciam no decorrer da prática, sempre se atendo ao princípio de se apoiar nas massas e resolver os problemas partindo tão somente de suas demandas. Também na época do estabelecimento do poder democrático popular no norte da Coreia e da edificação socialista, por meio dos princípios da Ideia Juche, foi-se possível construir um Estado socialista autossuficiente na economia, independente na política e autossustentado em matéria de defesa nacional.

O dirigente Kim Jong Il, em tal artigo, estabelece também alguns componentes da linha geral do Partido do Trabalho da Coreia para a construção do socialismo: 1) Continuar a Revolução socialista sob a ditadura do proletariado na forma das Três Revoluções, técnica, ideológica e cultural, priorizando a Revolução ideológica que consiste em transformar todos os membros da sociedade segundo a ideologia da classe operária; 2) Com base no avanço das Três Revoluções, destruir as sobrevivências da velha sociedade que se manifestam nas velhas ideologias, culturas e costumes burgueses e feudais, sobrevivências as quais se entrelaçam com as diferenças entre operários e camponeses (portanto, entre cidade e campo, entre trabalho industrial e trabalho agrícola), entre o trabalho manual e trabalho intelectual, e entre as duas formas de propriedade socialista (de todo o povo e cooperativa, as quais se diferenciam pelo maior grau de socialização da primeira forma); 3) O papel do Partido da classe operária como Estado Maior da Revolução Socialista na época da ditadura do proletariado, onde este deve estar à frente de todo o processo construtivo na economia, na política e na cultura, ampliando cada vez mais seus vínculos com as massas e mobilizando-as para cumprir as tarefas da Revolução, utilizando-se dos corretos métodos de trabalho, avessos a todo tipo de autoritarismo e burocratismo, de ir às massas e compreender suas demandas concretas para resolvê-las.

Ao tratar da questão internacional, Kim Jong Il fala sobre a grande batalha travada pelo Partido do Trabalho da Coreia pela reunificação do país de maneira pacífica e sem intervenção estrangeira, pela força e vontade dos próprios compatriotas, em que pesem as dificuldades impostas pelo imperialismo norte-americano e camarilha reacionária sul-coreana. Evidencia a necessidade da unidade entre os partidos comunistas e operários do mundo com base na independência, não interferência em assuntos internos, e no anti-imperialismo.

Após a reunião, formou-se um consenso entre os membros do Centro de Estudos da Ideia Juche de se continuar a estudar obras dos líderes da República Popular Democrática da Coreia, Kim Il Sung e Kim Jong Il, e contribuir para a divulgação dos mesmos.
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CNN censura e confunde entrevista sobre Síria

CNN censura entrevista do embaixador russo na ONU sobre Síria PDF Imprimir E-Mail
Washington, 28 nov (Prensa Latina) A emissora estadunidense CNN censurou uma entrevista do embaixador da Rússia ante a ONU, Vitali Churkin, que referiu o considerável apoio do povo sírio ao presidente Bashar AL-Assad e a postura obstrucionista ao diálogo da chamada oposição externa.
Quem seguiu recentemente o programa do jornalista Christian Amanpour, da citada emissora, jamais souberam que na opinião de Churkin, são os próprios sírios que devem decidir se o presidente deve ou não fazer parte do processo de transição previsto para resolver o conflito armado que desestabilizou este país desde 33 meses.

Também não escutaram da boca do diplomata russo que uma grande parte da população síria, -segundo alguns estimados entre o 60 e 80 por cento-, apoia à al-Assad, algo que deve ser levado em conta, comentou a televisora internacional Russia Today.

Do diálogo também foi suprimido um comentário sobre a tentativa de impor precondições ao diálogo pactuado para Genebra o próximo 22 de janeiro.

Ali as partes conflitantes e algumas potências tratarão de procurar uma solução negociada ao contencioso que tem custado à nação do Levante dezenas de milhares de vidas e a destruição de uma percentagem significativa de sua infraestrutura.

Governos ocidentais e de Médio Oriente, bem como a denominada Coalizão Nacional de Forças da Revolução e a Oposição Síria (Cnfros), fazem questão do tema de excluir ao governante sírio de um processo de transição e futuro governo.

Os espectadores da CNN também não conheceram os comentários de Churkin sobre os obstáculos que impõem os grupos mercenários e radicais islâmicos, amparados política, financeira, logística e mediaticamente por alguns governos regionais, à ajuda humanitária destinada à população civil na Síria, indicou a fonte.

O diplomata destacou desta forma que grupos opositores impedem em muitas ocasiões a evacuação de civis de algumas zonas, enquanto recordou que quando grupos de pessoas abandonam as zonas sitiadas, se deslocam aos territórios controlados pelo Governo.

Acho que isso é uma boa indicação de em quem confia a população, já que se trata da ajuda humanitária, disse Churkin, argumento que, não obstante, foi ignorado pela CNN ao transmitir os extratos da conversa.

A versão completa da entrevista foi publicada na página do Site da representação russa ante Nações Unidas.

Depois da transmissão da entrevista, o representante da Rússia ante a ONU declarou que seus comentários foram manipulados e que alguns sobre os temas mais relevantes, foram ocultados, salientou Russia Today.

Em diversas ocasiões, Damasco tem denunciado a guerra mediática que importantes meios de comunicação a nível regional e global desenvolvem para justificar e impulsionar a queda do governo, através de manipulações, falseamentos ou silêncios sobre a realidade no terreno.

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

28 de novembro-2013/Cometa ISON próximo ao Sol

Cometa ISON desenvolve asas

O cometa encontra-se no palco principal: esta imagem mostra o ambiente gasoso do Cometa ISON com duas estruturas tipo-asa que parecem um U alongado (seta). O núcleo é visto aqui como a mancha brilhante no centro para ilustração.
Crédito: Observatório Wendelstein/MPS
Um ou mais fragmentos poderão ter-se separado do núcleo do Cometa ISON nos últimos dias. Duas estruturas tipo-asa no ambiente gasoso em redor do cometa, fotografadas por uma equipa de cientistas do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar e do Observatório Wendelstein da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, parecem indicar isso; as estruturas aparecem em imagens obtidas no final da semana passada. Este distanciamento de peças individuais de detritos pode possivelmente explicar o recente aumento de brilho do cometa. O Cometa ISON tem decepcionado muitos astrónomos amadores ao longo da sua viagem até ao Sol.
O brilho do cometa, que passará no dia 28 pela superfície do Sol a uma relativamente pequena distância de pouco mais de um milhão de quilómetros, não aumentou tanto quanto inicialmente se esperava. No final da semana passada, a luminosidade do ISON subiu dramaticamente com vários observadores a relatar um considerável aumento de brilho. Uma possível indicação para a causa do surto é fornecida por imagens do cometa obtidas e avaliadas recentemente por cientistas do Observatório Wendelstein e do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar. Nos dias 14 e 16 de Novembro apontaram o seu telescópio para o cometa.
As análises mostram duas estruturas visíveis na atmosfera do cometa que se estendem a partir do núcleo como asas. Estas "asas" eram ainda bastante fracas a 14 de Novembro, mas dominavam claramente as imagens obtidas dois dias depois. "Tais estruturas ocorrem tipicamente após a separação de fragmentos individuais a partir do núcleo cometário," realça Hermann Böhnhardt do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar. Tal como o núcleo do cometa, os seus fragmentos também libertam gás e poeira para o espaço. Se as emissões do cometa e dos fragmentos menores se encontram, é gerada uma espécie de camada separadora e por vezes tem um carácter tipo-asa.
Se o aumento de brilho visto nos últimos dias foi também provocado pela divisão dos fragmentos, "isso não pode ser afirmado com certeza," acrescenta Böhnhardt. No entanto, esta relação foi comprovada noutros cometas. As estruturas tipo-asa nas imagens não podem ser avistadas a olho nu, são necessários métodos numéricos para aparecerem em imagens processadas. Para este fim, os investigadores analisam o ambiente gasoso do cometa no computador em busca de mudanças de brilho.
O uniforme pano de fundo da atmosfera do cometa é subtraído e deixa assim de eclipsar as frágeis estruturas. "As nossas computações indicam que ou apenas se dividiu uma única parcela, ou apenas poucos pedaços menores," afirma Böhnhardt. Ainda não se sabe como o cometa irá comportar-se nas próximas semanas, quando der a volta ao Sol. "No entanto, a experiência passada mostra que os cometas que perdem fragmentos têm tendência para fazê-lo novamente," conclui o investigador cometário.
Fonte: Astronomia On-Line
  

Simulacros (ódio de classe,etc)

Simulacros*



24.Nov.13 :: Colaboradores
Por detrás de muita da opinião reaccionária está simplesmente o ódio de classe. É ele que permite compreender como a ideologia dominante incorpora – enquanto argumentação política (e até “técnica”) - as afirmações e os insultos mais absurdos e internamente contraditórios.


Aos portugueses já não basta terem no governo do país um bando apostado em fazer-lhes a vida negra. Ainda têm que levar com os António Barreto, César das Neves e outros Pulido Valente. E tudo na mesma semana.
Que tem esta gente em comum? O reaccionarismo, está claro. No nosso país há uma extensa amostragem de variantes de formulação do reaccionarismo: esta gente representa a variante específica do “ódio”. Não lhes basta situarem-se num campo, por opção e convicção. Todo o seu argumentário assenta no ódio ao campo oposto.
Uma recente definição psicológica do ódio diz que consiste numa “emoção profunda, duradoura e intensa exprimindo animosidade, raiva, e hostilidade em relação a uma pessoa, grupo ou objecto”. Assim, numa mesma infeliz semana, esse trio exprimiu-se em relação a Álvaro Cunhal, aos pobres e à Constituição da República no quadro da “reforma do Estado”. Pulido Valente sobre Álvaro Cunhal, que desejava em Portugal “uma segunda Bulgária”; César das Neves sobre os pobres, que no fim de contas não o são, só fingem sê-lo (e, pior ainda, que quem defenda o aumento do salário mínimo “é criminoso”); Barreto sobre a Constituição, que “há décadas está desajustada do país real”. O que estes reaccionários se arrogam denunciar são, portanto, simulações: a simulação de um projecto patriótico e internacionalista, a simulação da pobreza, a simulação de uma lei fundamental.
Quando Barreto (e Soares) tomou em mãos a tarefa de destruir a Reforma Agrária, ela era bem real. Mas ainda hoje argumenta que o que combatia era a “colectivização da terra à maneira soviética”, coisa que nunca existiu. É necessário precisar que para estes reaccionários real não é necessariamente o que existe, mas aquilo que tem que existir. Para esta gente real é o latifúndio, a terra a quem a trabalha é simulação; real é a pobreza e a exploração, mas os pobres e os explorados são simuladores; real é o atraso e a dependência nacional, mas uma posição patriótica é simulação. A sopa dos pobres é real, mas quem lá vai é simulador.
Uma coisa é certa: mais dia, menos dia, o movimento real de transformação do estado das coisas actual colocará esta gente no lugar que merece.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2086, 21.11.13

( Coletino Minervino de Oliveira) No Caminho de Palmares Construindo o Poder Popular

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Pelo Coletivo Minervino de Oliveira novembro de 2013
Não é novidade que o fim oficial da escravidão no Brasil não significou o fim da exploração do trabalho, pelo contrário a tornou mais ampla na sociedade em benefício daqueles que detêm indústrias, bancos, e as empresas de produção agrícola e em prejuízo dos que vendem por salários sua capacidade de trabalho para sobreviver. A abolição no Brasil, além de atrasada em relação a outros países, aconteceu na medida dos interesses da classe que exerce o poder político e econômico no país e colocou negros e negras fora dos principais setores da produção econômica, nas condições mais precárias de trabalho e de vida.
Não é por acaso que de tempos em tempos pesquisas se repetem, apenas confirmando que para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras afrodescendentes são reservadas as atividades de menores salários e que mesmo entre trabalhadores de mesmo nível de escolaridade a diferença na remuneração não reduz, e por vezes até aumenta.
São piores para a população negra as condições de acesso a saúde, educação, habitação e demais direitos sociais que são negados para o conjunto dos trabalhadores.
Persiste de forma cinicamente mal disfarçada na sociedade, como herança do escravismo e com apoio de parte do meio científico no século XIX, a mentalidade racista que visa justificar as ações discriminatórias, associando a população negra à imagem de inferioridade e periculosidade. Mesmo negado oficialmente e nos costumes diários ao racismo rasga a fantasia da falsa democracia racial através da violência do Estado praticada no dia a dia nas comunidades onde predominam os trabalhadores negros criminalizados em ato pela brutalidade policial.
A política de segurança de militarização das favelas pelo Governo Sérgio Cabral e a remoção de várias comunidades em favor dos lucros astronômicos dos grandes grupos econômicos envolvidos com a Copa do Mundo e as Olimpíadas mais uma vez demonstram que os interesses dos empresários que ditam os rumos de qualquer sociedade capitalista se chocam com os interesses e necessidades da maioria da população negra.

Combatendo o racismo como fator que favorece a exploração capitalista, nós comunistas do Coletivo Minervino de Oliveira e do Partido Comunista Brasileiro, não lutamos por uma igualdade em que os trabalhadores negros sejam explorados e oprimidos nas mesmas condições dos trabalhadores brancos, lutamos pelo fim do capitalismo.
Ao comemorarmos o Dia da Consciência Negra destacamos no exemplo dos que viveram e construíram o Quilombo dos Palmares a decisão coletiva de garantir a liberdade e direitos, rompendo como sistema opressor, organizando uma sociedade em que a propriedades e a produção dos bens necessários à vida fossem de todos e o poder político seja de fato exercido pela população onde foram valorizadas as diferentes etnias e suas contribuições culturais.
O Partido Comunista Brasileiro e o Coletivo Minervino de Oliveira assumem a tarefa de junto ao Movimento Negro e demais movimentos populares de:
Seguir a trilha do Quilombo de Palmares construindo o Poder Popular na direção do socialismo!
Militantes do PCB marcaram a presença do Coletivo Minervino de Oliveira em sua primeira ação nas ruas do Rio de Janeiro na Marcha da Periferia, no dia 21/ 11, promovido pelo campo da oposição de esquerda do Movimento Negro do Rio de Janeiro, com movimentos e coletivos que atuam nas favelas.  Além da denúncia da violência policial nas favelas, a mobilização denunciou a relação do racismo com a exploração capitalista.
http://pcb-rj.blogspot.com.br/2013/11/no-caminho-de-palmares-construindo-o.html

Damasco sob ataque terrorista em ônibus

Extremistas islâmicos atentam contra terminal de ônibus em Damasco PDF Imprimir E-Mail
  
Imagen activaDamasco, 26 nov (Prensa Latina) Extremistas islâmicos que operam na Síria contra o governo constitucional do país fizeram explodir um carro bomba esta tarde em Damasco, matando ao menos cinco civis.
Segundo informaram a Prensa Latina fontes locais, os armados colocaram o carro carregado de explosivos embaixo de uma passagem de pedestres, em frente ao terminal de onibus de Somariya, a menos de um quilômetro do extremo sudoeste desta capital.

Por enquanto, desconhece-se o número exato de vítimas mortais e feridos. A explosão causou o colapso da ponte.

Ambulâncias e carros de bombeiro se dirigiam pouco depois das 15:00, hora local, para esse ponto para evacuar as vítimas, brindar assistência médica aos lesionados, e certificar os danos materiais.

Desde o terminal de Somariya partem os transportes por estrada para o Libano e outras localidades sírias ao oeste de Damasco.

lac/mv /bj
Modificado el ( martes, 26 de noviembre de 2013 )
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Fraude eleitoral em Honduras (Surpresa?)

Fraude eleitoral nas Honduras
rouba a vitória a Xiomara Castro



26.Nov.13 :: Editores


Nas Honduras foi montada, com a bênção de Washington, uma gigantesca fraude eleitoral.
Na madrugada de segunda-feira, a vitória de Xiomara Castro de Zelaya, candidata do Partido Libertad y Refundación-Libre, era uma certeza. Nove candidatos disputavam a Presidência, mas Xiomara, a meio da contagem, tinha já uma vantagem superior a quatro pontos sobre Juan Orlando Hernandez, apoiado perla oligarquia, pelas forças armadas e pelos Estados Unidos.
Xiomara realizou uma campanha triunfal. Seu marido, o ex. presidente Manuel Zelaya, aclamado pelo povo, participou ao lado dela na maioria dos comícios. As sondagens previam uma vitória folgada da candidata do Libre.
Mas horas depois, o Supremo Tribunal Eleitoral informou que Juan Hernandez superava largamente Xiomara Castro. Entretanto o candidato oficial proclamava-se eleito.
Dezenas de milhares de votos em Xiomara que haviam entrado nas urnas desapareceram no Tribunal cujos juízes são os mesmos que deram o seu aval ao golpe militar de 28 de junho de 2009 quando Manuel Zelaya foi retirado em pijama da cama e metido num avião que o levou à Costa Rica. Soube-se então quase logo que a intentona tinha sido preparada na Embaixada dos Estados Unidos (o embaixador era um cubano contrarrevolucionário naturalizado norte-americano) e que o seu chefe fora o general Romeo Vasquez da força aérea, instalada aliás na Base estadounidense de Palmerola.
As Nações Unidas e a União Europeia condenaram o golpe, mas, com apoio dos EUA, uma farsa eleitoral levou posteriormente à presidência Pepe Lobo, um homem de confiança do Departamento de Estado. O seu mandato caracterizou-se por uma política de repressão brutal.
Ontem, Xiomara Castro e outros candidatos apressaram-se a denunciar a fraude eleitoral cometida com a cumplicidade do Legislativo, do Poder Judicial e das forças armadas.
Manuel Zelaya esclareceu numa conferencia de imprensa que Xiomara, segundo a contagem dos fiscais do Libre, obteve 30,6% dos votos emitidos e Juan Hernandez apenas 25,6%.
Significativamente, os EUA foram o primeiro país a reconhecer como legitima a eleição de Hernandez. O segundo foi a Colômbia. Juan Manuel Santos pretende ampliar a Aliança do Pacifico- que reúne os governos mais reacionários da América Latina - com a adesão das Honduras.
O Partido Libre dirigiu um apelo ao povo para que saia às ruas em Tegucigalpa, San Pedro do Sul y outras cidades em protesto massivo contra o roubo da presidência a Xiomara Castro.
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