terça-feira, 30 de abril de 2013

MMX :Mineradora de Eike tem prejuízos depois de expansão rápida

segunda-feira, 29 de abril de 2013


            Mineradora de Eike tem prejuízo de R$ 55,2 milhões                    
                                         

Venda de minério de ferro recuou 28% ante o trimestre anterior
A MMX, mineradora do empresário Eike Batista, encerrou o primeiro trimestre de 2013 com prejuízo líquido de R$ 55,2 milhões, segundo dados divulgados pela empresa nesta segunda-feira (29). No mesmo período de 2012, a empresa registrara lucro de R$ 49,3 milhões.
Apesar das perdas, o resultado ficou acima do obtido no 4º trimestre do ano passado. De outubro a dezembro de 2012, a MMX teve prejuízo de R$ 348,7 milhões.
A receita líquida da companhia entre janeiro e março ficou em R$ 236,9 milhões, uma alta de 49% na comparação com os R$ 159,2 milhões dos três primeiros meses de 2012.
No primeiro trimestre, a produção de minério de ferro foi de 1,5 milhão de toneladas, uma queda de 7% frente ao trimestre anterior, e de 1% em relação ao mesmo período de 2012. A produção do sistema Sudeste da MMX sofreu o impacto negativo das chuvas, em janeiro, em Minas Gerais, informou a empresa em relatório.
O sistema Sudeste da MMX produziu 1,3 milhão de toneladas de janeiro a março, com alta de 7% na comparação anual. O outro polo de produção da empresa, o sistema Corumbá, produziu 242 mil toneladas, com queda de 27% sobre o mesmo período de 2012.
Já as vendas ficaram em 1,4 milhão de toneladas, um recuo de 28% na comparação com os três meses anteriores, e de 2% ante o primeiro trimestre do ano passado.
As exportações passaram de 23% do total de vendas no quarto trimestre para 71%. (Com o G1)

Bagram:Rebeldes dizem ter derrubado avião da OTAN no Afeganistão (vídeo). Será mesmo?


30/04/2013 16h36 - Atualizado em 30/04/2013 17h19

Vídeo de queda de avião foi gravado no Afeganistão, diz site

Gravação flagra momento em que aeronave perde o controle e bate no solo.
Segundo site especializado, vídeo é de avião que caiu nesta semana.

Do G1, em São Paulo
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Montagem mostra sequência da queda de avião cargueiro no Afeganistão  (Foto: Foto: Reprodução/LiveLeak/Sathion)Montagem mostra sequência da queda de avião cargueiro no Afeganistão (Foto: Foto: Reprodução/LiveLeak/Sathion)
Um vídeo gravado a partir de um veículo flagrou o momento em que um avião perde o controle e cai logo após decolar. O vídeo foi postado no site LiveLeak (assista) e ganhou repercussão na internet nesta terça-feira (30). Segundo o site especializado em acidentes aéreos Aviation Herald, o vídeo se refere a um acidente com um avião de carga norte-americano no Afeganistão ocorrido na segunda (29).
O acidente, noticiado na segunda pelo G1 ("Queda de avião da Otan deixa 7 mortos no Afeganistão"), foi na cidade de Bagram, onde os EUA mantêm uma base aérea, e não deixou sobreviventes.
A gravação tem pouco mais de 3 minutos e mostra a aeronave subindo e jogando o nariz muito para cima, pouco antes de se voltar para o chão e bater de frente. Postada em diversos sites de compartilhamento de vídeos, a gravação foi vista mais de 370 mil vezes no site “LiveLeak” e foi submetida no mesmo dia do acidente.
Citando a declaração de um oficial da marinha americana, a revista “Wired” afirma que funcionários do Departamento de Defesa dos Estados Unidos já assistiram ao material e estão colaborando com as investigações para verificar se a gravação é verdadeira.
A emissora Fox aponta que a data mostrada na base do vídeo não corresponde ao momento do acidente. Mas a Fox diz que fontes confirmam que a gravação se refere à queda do avião de carga no Afeganistão desta semana.
Acidente
Segundo o Aviation Herald, a causa mais provável para a queda do avião foi uma carga que teria se soltado logo após a decolagem. Com o movimento do carregamento no interior da aeronave, o avião teria perdido o centro de equilíbrio e entrado em estol (estado no qual a aeronave perde totalmente a sustentação).
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês) emitiu uma nota oficial afirmando que irá auxiliar o Ministério de Transportes e Aviação Comercial do Afeganistão nas investigações para determinar as causas exatas do acidente em Bagram.

Com dificuldades a população reergue estátua de Stalin na Geórgia

População reergue estátua de Stalin na Geórgia

24.01.2013
 
População reergue estátua de Stalin na Geórgia. 17804.jpeg
Dois anos atrás, após ganhar cerca de 150 euros num trabalho temporário, o aposentado Lazarishvili pagou cerca de 40 euros para restaurar a pintura e o bronze de uma estátua de Stalin que ficava em sua cidade natal, Telavi, na parte oriental da Geórgia. Não muito tempo depois, o governo de direita de Saakashvili confiscou a estátua sob a alegação de que ela representava "ideais soviéticos".
Para Lazarishvili isso foi um tapa em seu rosto. "Stalin foi a pessoa mais humana", disse Lazarishvili contemplando outra estátua de Stalin, esta na cidade de Zemo Alvani. "Ele amaparava as pessoas pobres e nunca puniu nem 1% (um por cento) daqueles que mereciam punição. Deveríamos imita-lo no seu cuidado com as pessoas".
Naquele dia a cidade de Zemo Alvani celebrava o aniversário de Stalin com o retorno da estátua, mas em 2011 a mesma campanha anti-soviética removeu também este monumento, além de vários outros em diversas cidades. Os cidadãos de Alvani esconderam a estátua em uma fábrica de sorvetes abandonada mas acabaram danificando-a no processo.

Após as eleições de outubro último, que varreram o partido direitista de Saakashvili do poder, os cidadãos de Zemo Alvani se sentiram livres para restaurar a estátua e retorna-la para o que consideravam seu devido lugar.
Eles coletaram dinheiro e reinauguraram o monumento no dia do aniversário de Stalin.
Entre o público presente havia pessoas que viveram durante os anos de Stalin. Alguns dedicaram poemas ao líder bolchevique, lembrando a educação gratuita no período soviético.
Havia também diversos jovens que nem chegaram a conhecer o governo soviético, menos ainda a liderança de Stalin, mas demonstrando enorme entusiasmo.
Levan Otiuridze, um estudante de direito de 22 anos da Universidade de Tbilisi, afirmou que a juventude foi a força motriz neste processo de restauração.
"Sabemos que toda essa informação negativa sobre Stalin é fabricada", afirmou. "Esperamos que este novo governo respeite nossa posição, caso contrário os tiraremos de lá".
"Eu vim aqui porque eu amo Stalin e amo o meu povo", disse Phatima Patishvili, moradora de Zemo Alvani. "Eu me lembro quando tinha 12 anos o quanto minha avó chorou quando Stalin morreu".

A vontade do povo
Enquanto a cidade de Zemo Alvani celebrava a restauração do monumento, a cidade de Gori, berço de Stalin, estava em meio à reconstrução de um parque que irá abrigar sua própria estátua do líder soviético - a mesma que foi removida da praça principal em 2010 sob protestos da população.
Esta estátua, erigida em 1952, um ano antes da morte de Stalin, foi movida então para o Museu Joseph Stalin, em Gori.
Soso Vakhtangishvili, parlamentar eleito no ano passado, afirma que se os moradores estão exigindo a restauração da estátua então isso deve ser uma prioridade para o governo local.
"Se as pessoas querem a estátua de Stalin de volta o governo local deve encaminhar essa questão", disse.
O aposentado Lazarishvili retornou à sua cidade, Telavi, na noite seguinte à comemoração do aniversário de Stalin em Zemo Alvani.
"Olhando para aquela estátua eu sinto que Stalin e suas ideias estão vivas", afirmou.

                               Fonte: Pravda.Ru

Terroristas apoiados pela OTAN,com bombas matam novamente em Damasco

Atentado no centro de Damasco deixa mais de 10 mortos

Pelo menos 13 pessoas morreram e 70 ficaram feridas nesta terça-feira.
Ataque com carro-bomba afetou bairro comercial.

Da France Presse
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Pelo menos 13 pessoas morreram e 70 ficaram feridas nesta terça-feira (30) em um atentado com carro-bomba no centro de Damasco, que provocou muitos danos materiais em um bairro comercial, anunciou o ministério do Interior.
"O covarde atentado terrorista executado contra o centro comercial e histórico de Damasco, no bairro de Marjeh, provocou, segundo um balanço provisório, 13 mártires e mais de 70 feridos, alguns deles em estado crítico", afirma um comunicado do ministério.
Veículos foram danificados em explosão de carro-bomba no centro de Damasco (Foto: Sana/AP)Veículos foram danificados em explosão de carro-bomba no centro de Damasco (Foto: Sana/AP)
"O terrorismo financiado e apoiado internacionalmente cometeu uma matança horrível contra civis no centro comercial e histórico de Damasco", denunciou uma fonte oficial, citada pela televisão estatal.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma ampla rede de informantes, formada por ativistas, médicos e advogados, informou um balanço de 14 mortos - nove civis e cinco membros das forças de segurança -, em um atentado com carro-bomba perto da antiga sede do ministério do Interior.
O OSDH afirma que o balanço aumentará porque muitos feridos estão em condição crítica, incluindo integrantes das forças de segurança.
Feridos são retirados de local de explosão em Damasco (Foto: Sana/AP)Feridos são retirados de local de explosão em Damasco (Foto: Sana/AP)
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António Santos: Apontamento desde Boston*



29.Abr.13 :: Outros autores
Nos EUA, o termo «terrorismo» transformou-se num balão de normatividade que, no fundo, serve apenas para distinguir axiologicamente a violência institucional de algumas outras. Uma hora antes do atentado, um drone assassinava «por erro» 30 pessoas numa festa de casamento no Afeganistão. Não só Obama não considerou esta matança como «terrorismo» como praticamente nenhum jornal estado-unidense a referiu.



Muita tinta já correu sobre o atentado que no passado dia 15 de Abril sacudiu Boston, a cidade onde vivo e de onde vos escrevo: duas bombas de fabrico caseiro explodiram na linha de chegada da maratona anual da cidade, causando três mortos e 183 feridos, duas dúzias dos quais graves.
Uma das bombas estalou a uns escassos 10 metros do Consulado de Portugal, que por ser feriado se encontrava encerrado. Maria João, funcionária do Consulado, tinha combinado com a filha de dez anos assistir à chegada dos atletas no preciso lugar onde explodiu a bomba. «À última da hora decidi não ir» explicou-me, «mas ainda não consegui falar com os amigos que estavam lá». Muitos não tiveram a mesma sorte: Carlos Arredondo, dirigente do movimento pela paz e lutador incansável pelos direitos dos imigrantes, perdeu o filho mais velho na guerra do Iraque.
Quando os soldados lhe deram a notícia, regou uma carrinha com gasolina e tentou imolar-se pelo fogo. Um ano depois, o seu filho mais novo suicidou-se, incapaz de ultrapassar a morte do irmão. E no passado dia 15, Carlos foi projectado pelas explosões. «Apesar de ferido, agi instintivamente» contou-me, a propósito da fotografia em que presta auxílio a um homem de cadeira de rodas. Carlos foi parte de uma impressionante dinâmica de generosidade que se levantou nos minutos após os ataques: depois de cruzarem a meta, muitos corredores continuaram a correr até ao hospital mais próximo para doarem sangue.
Com a cidade ocupada pelo exército e pela polícia, Obama anunciou que este se tratava do primeiro ataque terrorista em solo americano desde o 11 de Setembro. Mas por que não consideraram «terroristas» ataques anteriores? Não é terrorismo quando um neonazi entra num templo sikh e massacra sete pessoas, como aconteceu no ano passado?
Aqui nos EUA, o termo «terrorismo» transformou-se num balão de normatividade que, no fundo, serve apenas para distinguir axiologicamente a violência institucional de algumas outras. Uma hora antes do atentado, um drone assassinava «por erro» 30 pessoas numa festa de casamento no Afeganistão. Não só Obama não considerou esta matança como «terrorismo» como praticamente nenhum jornal estado-unidense a referiu. Não por economia de espaço, seguramente, já que os media norte-americanos encontraram tempo e lugar para especular que o suspeito seria saudita, negro, islâmico ou falante de árabe. Simplesmente porque na axiologia do terrorismo vs. os bons da fita, as lágrimas de um estado-unidense valem muito mais do que as lágrimas de um afegão.
Mas assim sendo, deveria considerar-se a actuação dos media como o primeiro ataque terrorista em solo americano desde as bombas de Boston: a especulação racista sobre a identidade dos criminosos impôs o medo e a suspeita a milhares de árabes e muçulmanos de toda a cidade, causando casos como o de uma médica que foi espancada por usar véu. Erik Rush, famoso pivô do canal de televisão FoxNews, foi mais longe e apelou aos seus compatriotas para «matarem todos os muçulmanos». Nada disto foi considerado terrorismo.
No dia seguinte, o FBI relevou a identidade dos suspeitos. O embaraço que se abateu sobre os media foi de pouca dura: não eram nem negros, nem sauditas, nem falavam árabe: urgia redefinir a islamofobia.
A comunicação social descobriu que os suspeitos eram imigrantes russos das províncias do Daguestão e da Chechénia e confirmou que eram islâmicos. A caça às bruxas estava de novo em marcha. Célere e taxativo, o senador do Iowa Chuck Grassley culpou a imigração e a facilidade com que «os terroristas entram no país», a comunidade chechena nos EUA foi obrigada a repetidos pedidos de desculpa e os noticiários muniram-se de «especialistas» na Chechénia, no Islão e em imigração russa para explicar os ataques.
Mas quando Adam Lanza foi identificado como o atirador de Newtown, nenhum jornalista alvitrou a necessidade de especialistas em cultura branca suburbana para compreender as suas acções. Depois do tiroteio de Aurora, nenhum pivô convidou especialistas em luteranismo para explicar o massacre de James Holmes. Aparentemente, quando o responsável pela violência provém da cultura dominante, essa cultura não é interrogada para compreender acções individuais. Nesse caso, a discussão centra-se nos seus defeitos individuais: doenças mentais; questões do foro emocional, etc. Mas quando o criminoso pertence a uma minoria como a comunidade chechena ou o Islão, esse indivíduo é automaticamente representativo de todo um colectivo e a sua cultura é constituída arguida.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2056, 24.4.2013

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Atentado fracassado contra Premiê da Síria deixa oito mortos


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Imagen activaDamasco, 29 abr (Prensa Latina) O frustrado atentado com um carro bomba contra o premiê da Síria, Wael Al-Halaki, no bairro de Al-Mezzeh desta capital deixou ao menos oito mortos e 10 feridos.
A bomba detonou no parque Ibn Rushd, também conhecido como Francês, quando passava a comitiva do chefe de governo, que tinha acabado de sair de sua residência e se dirigia para o escritório.

Prensa Latina comprovou no lugar os consideráveis danos nas estruturas de edifícios e comércios, vários corpos queimados sobre o pavimento e pelo menos uma dezena de veículos calcinados, entre eles um ônibus escolar.

Equipes do corpo de bombeiro e de resgate chegaram rapidamente ao lugar para sufocar as chamas provocadas pela potente explosão registrada ao redor das 09:10 hora local (06:10 GMT).

As autoridades responsabilizam membros de grupos opositores armados pelo assassinato de altas personalidades políticas e militares, assim como pelos atentados com carros bomba e granadas lançadas por morteiros contra regiões de alta concentração de civis, para desatar o terror e provocar uma mudança de regime em Damasco.

No domingo foi ferido o diretor anexo do departamento de Águas Residuais da província síria de Damasco Campo, Mohammad Tamouh, depois da explosão de um artefato colocado em seu carro, perto do clube Qassiun, no bairro de Barzeh, nesta capital.

No dia 24 de abril, o diretor de Reabilitação e Formação do Ministério de Eletricidade, Mohamed Abdel Wahab Hassan, morreu depois da explosão de uma bomba colocada em seu carro no bairro de Baramkeh, em Damasco.

Na semana anterior, supostos membros de grupos irregulares assassinaram a tiros o diretor do Departamento de Planejamento do Ministério de Assuntos Sociais, Ali Ballan, em um restaurante do distrito de Al-Mazzeh, também na capital síria.

tgj/lr/cc
Modificado el ( lunes, 29 de abril de 2013 )
        Fonte: Prensa Latina

Usinas de açúcar e álcool no Brasil : Desnacionalização do capitalismo local

Estrangeiros são a nova geração de usineiros

RIBEIRÃO PRETO (SP) – Bandeiras estrangeiras, sobretudo americanas, francesas e inglesas, tremulam nos mastros das usinas de açúcar e álcool do Brasil, que iniciou esta semana na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a colheita da maior safra de cana-de-açúcar da História. Enfrentando uma crescente desnacionalização, o setor atingiu no ano passado uma marca impressionante: os estrangeiros foram responsáveis por 33% da produção brasileira de açúcar e álcool. Em 2010, a participação era de apenas 12%. Em 2006, quando o processo de internacionalização começou, a presença dos estrangeiros era de somente 3%. Nessa velocidade, a estimativa é que em breve o setor será totalmente dominado pelo capital externo, conforme levantamento da Datagro, empresa que presta consultoria à Organização Internacional do Açúcar.
Assim, este ano pelo menos um terço das 654 milhões de toneladas de cana que serão colhidas no país (11% a mais do que no ano passado) será para abastecer usinas de capital estrangeiro. Só a produção de açúcar será 13,6% maior este ano (43,5 milhões de toneladas). Os usineiros produzirão também 25,7 bilhões de litros de etanol, com um aumento de 9% sobre o ano passado. Um recorde total, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os estrangeiros estão sendo atraídos pela alternativa mundial do álcool como combustível limpo e também pela crise dos usineiros brasileiros, pertencentes a tradicionais famílias, especialmente em 40 municípios no entorno de Ribeirão Preto, que produz 60% da produção nacional. Somente nos últimos quatro anos, 42 usinas de açúcar e álcool fecharam as portas. Muitas, no entanto, estão sendo compradas pelo capital internacional.
Um exemplo dessa expansão estrangeira no setor aconteceu nesta última sexta-feira em Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, com a inauguração de uma grande destilaria de etanol pertencente à Adecoagro, do megainvestidor americano George Soros. Ele investiu US$ 900 milhões (ou aproximadamente R$ 1,8 bilhão) na filial brasileira da empresa, que tem sede na Argentina. Há dois anos, a anglo-holandesa Shell se associou ao empresário Rubens Ometto, e virou dona da metade das 24 usinas brasileiras pertencentes à Raízen, empresa resultante da fusão e que é segunda maior do setor, com 9,5% da produção nacional de açúcar e álcool. Até 2020, a Shell pode exercer o direito de comprar 100% do capital da empresa.
— Por enquanto, não pensamos em mudar nada na nossa parceria com a Shell. Estou muito feliz com o negócio do jeito que ele está — desconversou Rubens Ometto.
Além da Shell, os americanos da Bunge e da Cargill já são donos de dezenas de destilarias. Só a Bunge tem sete usinas. Os franceses da Louis Dreyfus Commodities (LDC) são proprietários de outras 11 usinas da Biosev, a terceira maior empresa do setor, com 7% de toda a produção. A primeira ainda é a brasileira Copersucar, que tem 34 usinas e 23% da produção brasileira. A indiana Renuka tem quatro usinas (duas no Paraná e duas em São Paulo), com capacidade para a moagem de 13 milhões de toneladas. O objetivo é exportar açúcar e etanol para a Índia, que começa este ano um programa de misturar 5% de álcool na gasolina.
Estrangeiros investiram US$ 22 bilhões na compra de usinas
A chinesa Noble, de Hong Kong, tem duas usinas no Brasil e os japoneses da Sojitz já detém 30% do capital da ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, que tem 9 usinas para processar 22 milhões de toneladas de cana. Os franceses da Tereos foram os primeiros a chegar ao mercado brasileiro, com a compra da Açúcar Guarani, que tem sete usinas no país. Hoje, a Tereos tem 50% do capital nas mãos da Petrobras e capacidade para processar 21,5 milhões de toneladas de cana. Assim como a poderosa Petrobras, outra petroleira, a British Petroleum (BP), comprou recentemente usinas em Goiás e Minas Gerais.
De acordo com levantamento da Datagro, os estrangeiros investiram US$ 22 bilhões (ou R$ 44 bilhões) na compra de usinas brasileiras de açúcar e álcool.
— O capital estrangeiro é bem vindo. Não fosse ele, certamente não teríamos aumento da produção este ano. Os estrangeiros é que tem crédito, que estão investindo na modernização das indústrias e na renovação dos canaviais — disse Antonio de Pádua Rodrigues, diretor da União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica).
As empresas internacionais, contudo, não estão se tornando donas das terras. Até porque, a Advocacia Geral da União (AGU) fez um parecer limitando em 2010 em cinco mil hectares o volume de terras em mão de um estrangeiro. Com isso, as empresas estão comprando só as usinas. A terra em que plantam é arrendada dos produtores brasileiros ou adquirem toda a safra dos canavieiros nacionais.
Essa é uma das razões que leva o diretor da Unica a não ver risco dos estrangeiros dominarem o setor. Antonio de Pádua Rodrigues acha mais perigoso o que está acontecendo com a falta de investimentos da Petrobras no refino de gasolina, entre outras coisas.
— Será que as empresas estrangeiras continuarão interessadas no setor, depois de anos sem lucratividade? Eles tem mais fôlego financeiro do que os empresários nacionais e estão dispostos a ficar no mercado, de olho no futuro, mesmo não tendo lucro no presente — esclareceu Pádua, para quem, as recentes medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff, da desoneração do PIS/Cofins e da redução da taxa de juros para financiamentos na modernização de equipamentos e renovação dos canaviais, podem ajudar a minimizar os problemas do setor, mas ainda são consideradas insuficientes para a expansão do segmento. O aumento da mistura de 25% de etanol na gasolina, que passa a vigorar neste 1º de maio, não é vista como incentivo para o setor, mas como benefício para a Petrobras, que passa a importar menos gasolina para abastecer o mercado interno.
O geógrafo Bernardo Mançano, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), contudo, vê riscos da expansão estrangeira à segurança nacional. Afinal, o setor emprega 4,5 milhões de pessoas e responde por 8% do PIB agrícola brasileiro.
— Ao permitir o avanço do capital estrangeiro num setor estratégico, o governo está abrindo mão de estabelecer sua política agrícola, de definir o uso do território para a sua soberania. Hoje quem define a política agrícola é a Organização Mundial do Comércio e o agronegócio. O que mais preocupa é que o capital estrangeiro avança no setor e dentro de dois ou três anos pode chegar a 66% do setor. E o pior, é que o BNDES está financiando muitos desses projetos —disse Mançano.
O auge da invasão estrangeira ocorreu depois da crise mundial de 2008/2009, que afetou intensamente os usineiros brasileiros. Segundo Plínio Nastari, presidente da Datagro, que deu consultoria a 70% dos estrangeiros que vieram para o Brasil a partir de 2005/2006, o capital internacional veio para o Brasil atraído pelo fato do país ser o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, responsável pela exportação de 50% do açúcar mundial e de 43% da exportação mundial de etanol. Nos últimos oito anos, o volume do açúcar exportado pelo Brasil cresceu 48%, enquanto que o resto do mundo teve uma queda de 1%.
— Depois que os estrangeiros vieram para o Brasil, a exportação brasileira de etanol saltou de 1,7 bilhão para 5,1 bilhões de litros. Na safra do ano passado, caiu para 3,3 bilhões, mas este ano já deve subir novamente e deve chegar a 4,1 bilhões de litros. A demanda mundial por etanol está crescendo 13% ao ano e a do açúcar 2,3% ao ano.
A partir do momento em que os estrangeiros começaram a tomar o lugar dos usineiros tradicionais, a produção começou a subir. Em 2004, o Brasil processava apenas 358 milhões de toneladas de cana. Em 2006, com a entrada do capital externo, o país produzia 386,6 milhões de toneladas. No auge do ingresso do capital internacional, a produção de cana subiu para 602,6 milhões de toneladas em 2009 e para 620,5 milhões de toneladas em 2010.
Para este ano, a Conab estima uma produção de 653,8 milhões de toneladas, o dobro do que produzia antes da chegada dos estrangeiros. A produção de etanol, que era de 15,9 bilhões de litros em 2006, deve ser de 25,7 bilhões de litros. A de açúcar era de 25,8 milhões de toneladas e este ano deve ser de 43,5 milhões de toneladas.
Um dos primeiros empresários brasileiros a vender suas usinas para os estrangeiros foi Maurílio Biagi, de Ribeirão Preto, que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), do governo Dilma Rousseff. Em 2006, ele vendeu a Cevasa (Central Energética Vale do Sapucaí), que esmaga anualmente 4 milhões de toneladas de cana, para a americana Cargill, uma das maiores empresas do setor alimentício do mundo. Biagi prevê que até 2016 a participação estrangeira no setor será de 50%.
— A maioria das aquisições de estrangeiros no setor ocorre porque o empresário brasileiro está quebrado, cheio de dívidas em bancos. Mas esse não foi o meu caso. Eu já tinha negócios com a Cargill na Síria e El Salvador e acompanhei o esforço dos americanos que queriam entrar no setor de açúcar e álcool de qualquer maneira. Eles quase compraram a Usina Corona. Então, resolvi vender minha usina por entender que era um ótimo negócio — disse Biagi.
A Usina São Francisco, de Sertãozinho, é uma das que resiste ao assédio estrangeiro. Segundo Jairo Balbo, diretor industrial, a empresa sobrevive por ter desenvolvido o projeto Native, que faz produtos orgânicos, além dos tradicionais, e por isso ele se recusa a vender o controle da empresa, que está com a família há 100 anos. Ele vê com bons olhos o capital estrangeiro, mas acha que a crise do setor só vai acabar quando o preço do produtor subir em R$ 0,40 por litro. Atualmente, um litro de etanol custa R$ 1,44 na usina, já com impostos, ou R$ 1,15 sem impostos (para o consumidor, o preço do litro custa em torno de R$ 2,00).
— A desoneração do PIS/Cofins em R$ 0,12 por litro, vai ajudar um pouco, mas o importante é que o governo abriu diálogo com o setor. Não acredito que a crise levará à desnacionalização. Os estrangeiros ainda precisam muito de nós. Tanto que eles estão comprando só a parte industrial. A parte agrícola ainda está na mão dos brasileiros. A tecnologia do setor também é nossa. Um bom exemplo da parceria com o capital estrangeiro é o que aconteceu com a Shell. Eles compraram as usinas, mas quem toca a produção são os brasileiros — disse Balbo.
FONTE: oglobo.com

Portugal 2013, o direito à rebelião


Miguel Urbano Rodrigues
28.Abr.13 :: Colaboradores
O desemprego galopante, a miséria de centenas de milhares de famílias, numa sociedade onde a fome já é uma realidade, a convergência de uma multiplicidade de sofrimentos numa angústia colectiva anunciam a proximidade de uma situação de ruptura, num desembocar da indignação das massas.

A Assembleia da Republica, no dia 25 de Abril, tornou-se cenário de um espetáculo que foi ofensa ao povo português.
Para comemorar a data, Cavaco Silva e a presidente da Assembleia pronunciaram ali discursos que foram exercícios de hipocrisia.
Assunção Esteves, numa fala ridícula, com pretensões académicas e literárias, ao evocar a jornada de Abril fez a apologia da liberdade e da democracia para ligar ambas ao momento que se vive hoje em Portugal. Na contrarrevolução identifica progresso, continuidade do processo libertador.
Cavaco Silva excedeu-a no cinismo. Em tom grandiloquente abriu com uma ode a Abril para fechar, sob os aplausos frenéticos das bancadas do PSD e do CDS, com a justificação e a defesa da política do governo. Fez recordar, pelo farisaísmo, discursos de Salazar.
No final, de cravo ao peito, os coveiros de Abril, cantaram Grândola Vila Morena.
Numa manhã de pesadelo, o anfiteatro do palácio que faz de Parlamento foi transformado em palco de um teatro de absurdo.
Horas depois, nas ruas de Lisboa, descendo a Avenida da Liberdade, uma multidão representativa do povo português respondeu à farsa reacionária, exigindo a demissão da camarilha que oprime e desgoverna o país.
O protesto das massas não terá por ora força para varrer do poder Passos e seus ministros.
Utilizando os mecanismos de um sistema institucional controlado pela classe dominante, o Primeiro-ministro prepara-se mesmo para anunciar e aplicar novas medidas contra os trabalhadores.
Elas configuram mais um desafio ao povo. Mas o desemprego galopante, a miséria de centenas de milhares de famílias, numa sociedade onde a fome já é uma realidade, a convergência de uma multiplicidade de sofrimentos numa angústia coletiva anunciam a proximidade de uma situação de ruptura, num desembocar da indignação das massas.
A história ensina que na vida dos povos vítimas de uma opressão intolerável, as grandes lutas fermentam por tempo variável ate que eles se levantam em explosões sociais vitoriosas. Então exercem o direito de resistência e à rebelião - direito que é antiquíssimo e consta do artigo 2º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão promulgada pela Revolução Francesa de 1789. É o direito à resistência contra a opressão económica e social, direito que, após os horrores da segunda guerra mundial, foi incluído na Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigos 22 a 25). A Constituição da Republica Portuguesa menciona-o no artigo 21,um direito que o PSD e o CDS, em sucessivas revisões, não conseguiram eliminar da nossa Lei Fundamental.
Repito: a opressão económica e social ultrapassou em Portugal os níveis do suportável. Mas no país não existem ainda as condições subjectivas para o exercício pleno e eficaz do direito à resistência.
Contribuir para a sua criação é hoje um dever dos comunistas. A manifestação do Primeiro de Maio dará continuidade ao protesto do 25 de Abril. Expressará, certamente, a indignação popular numa atmosfera de combatividade crescente das massas. Será um avanço.
Em grandes momentos da nossa Historia o exercício do direito à resistência desembocou na rebelião popular. Isso aconteceu nas revoluções de 1383 e 1640. E no levantamento nacional de 25 de Abril de 1974.
Serpa, 28 de Abril de 2013
Stats Desenho: lahaine.org

Israel ameaça Irã com Bombas de Hidrogênio (100 vezes mais fortes que as B. Atômicas tradicionais!)

srael Amenaza a Irán con su Arsenal de Bombas de Hidrógeno

Según reportajes militares israelíes, citados por el periódico israelí Maariv, la entidad sionista se ha dotado en el transcurso de los pasados años de un arsenal de bombas de hidrógeno, montadas en misiles.
“Todo lo que se ha dicho por Tel Aviv sobre la amenaza nuclear iraní, repetido y defendido por EEUU y numerosos países europeos, ha quedado barrido por un reciente estudio que afirma que Irán estaría bajo la amenaza de las ojivas de hidrógeno israelíes,” escribió Maariv.
Según este estudio, realizado por el investigador Anthony Kordesman, del Instituto Internacional de Estudios Estratégicos, Israel representa una seria amenaza para Irán con sus decenas de misiles dotados de bombas de hidrógeno, que son cien veces más potentes que las bombas atómicas ordinarias”.
El estudio señala que “Tel Aviv ha efectuado en el transcurso de los últimos años esfuerzos continuados para extender el alcance de sus misiles basados en aviones o submarinos”. También señaló que “la amenaza israelí contra Irán es mucho más grande que cualquier amenaza nuclear iraní contra Israel”.
Él añade que “Israel puede lanzar bombas de hidrógeno de varias formas diferentes. La primera es a través de los misiles de largo alcance Jericó. También por medio de submarinos del tipo Dolevin o de aviones de caza”.
El estudio confirmó que “Israel posee posee armas nucleares, pero en ningún momento se refiere a ellas. Por su parte, la comunidad internacional se comporta hacia estas armas del mismo modo que hacia el programa nuclear israelí en general, que es ignorado por los medios y no es objeto de ningún inspección”.

Terrorismo em Boston & ONG Georgiana fachada da CIA

Tsarnayev fue Reclutado por una ONG Georgiana Fachada de la CIA

Uno de los organizadores del atentado terrorista de Boston, Tamerlan Tsarnaiev, participó en un seminario realizado por una ONG de Georgia que colabora con los servicios de inteligencia estadounidenses en Georgia.
Varios documentos puestos a disposición de Izvestia y que proceden del Departamento de Contraespionaje del Ministerio de Interior de Georgia, confirman que la organización georgiana “Fondo para el Cáucaso”, que opera junto con la Fundación Jamestown, de EEUU, en cuyo Comité Ejecutivo figura uno de los ideólogos de la política exterior estadounidense durante la guerra fría, Zbigniew Brzezinski, estaba dedicada al reclutamiento de residentes del Norte del Cáucaso con el fin de hacerlos trabajar en favor de los intereses de EEUU y Georgia.
Según los informes enviados por el coronel del Directorio Principal del Departamento de Contraespionaje del Ministerio del Interior de Georgia, Gregori Chanturia, al ministro del Interior, Irakli Garibashvili, el “Fondo para el Cáucaso”, en cooperación con la Fundación Jamestown, realizó seminarios durante el verano de 2012 para jóvenes del Cáucaso, incluyendo de Chechenia y otras regiones rusas.
Uno de los participantes en uno de estos seminarios fue Tamerlan Tsarnayev, que estuvo en la región de enero a julio de 2012. “El Fondo para el Cáucaso”, escribe Chanturia, fue establecido el 7 de noviembre de 2008, justo después del conflicto entre Georgia y Rusia a fin de “vigilar y controlar los procesos que tienen lugar en la región del Norte del Cáucaso”.
De este modo, el Departamento de Contraespionaje del Ministerio del Interior señala que el Fondo llevó a cabo una operación de inteligencia denominada DTV, cuyo fin principal era el reclutamiento de jóvenes e intelectuales del Norte del Cáucaso. “Con el fin de financiar a la organización, el gobierno georgiano proporcionó una suma mensual de 33 millones de lari (unos 660.000 rublos). Desde la creación de la organización hasta el 1 de enero de 2013 el gasto total fue de 81 millones de rublos (unos 2 millones de euros)”, señaló Chanturia en su informe.
El director adjunto de la ONG Agencia para las Iniciativas Socio-Políticas, Tatiev Iles, dijo que las actividades del Fondo para el Cáucaso planteaban numerosas cuestiones, entre ellas, de donde ha sacado Georgia, que sobrevive gracias a préstamos extranjeros, los fondos para financiar el Fondo. “Yo no excluyo que el dinero haya sido enviado por el Departamento de Estado de EEUU como parte de sus operaciones en el Norte del Cáucaso”, señaló.
La directora general del estadounidense Consejo de Estrategia Nacional, Valery Hamster, señaló en relación al Fondo: “No tengo ninguna duda de que Georgia busca reclutar espías entre los ciudadanos rusos”, algo que concuerda con la política pro-estadounidense y anti-rusa de esta república. Así pues, las actividades del Fondo se enmarcarían en los intentos de Georgia y EEUU de injerirse e influir en los acontecimientos de Rusia.
La Fundación Jamestown ha mostrado su interés de forma repetida por Georgia y los asuntos de Rusia en el Norte del Cáucaso. En 2007, la Fundación celebró un seminario titulado “El Futuro de Ingushetia”, otra república rusa.
En Marzo de 2010, la Fundación pidió al Comité Internacional Olímpico que no aceptara celebrar los Juegos Olímpicos de Invierno en Sochi alegando hechos trágicos ocurridos allí durante la guerra del Cáucaso del s. XIX.
El Ministerio de Exteriores ruso se ha quejado repetidamente de la política del Fondo y ha planteado una queja formal ante la Embajada de EEUU en Moscú.


http://izvestia.ru/news/549252 
                                                               Fonte II : Almanar

domingo, 28 de abril de 2013

Como o FBI fabricou o ato terrorista em Boston (?!)

Como o FBI fabricou o ato terrorista em Boston

27.04.2013
 
Como o FBI fabricou o ato terrorista em Boston. 18137.jpeg

Os EUA estiveram praticamente paralisados por dois jovens, ou melhor, seus colaboradores zelosos no FBI. Depois de terem capturado um adolescente de 19 anos a multidão louca de alegria cumprimentou- os como se a tivessem libertado de um jugo. O espetáculo foi realizado segundo o cenário já aprovado muitas vezes. Tudo nesta pista chechena parece improvável, especialmente examinando -a da Rússia.

"Nós nunca enfrentamos um problema com separatistas chechenos, aqui nos EUA" — confessou o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. "É estranho que eles nos ataquem", disse. Não é só que o estranha, Sr. Giuliani, estranha-nos também. Dos 200 (!) chechenos residindo legalmente nos Estados Unidos, de acordo com o jornal USA Today (para compar, na Áustria -30.000), dois revelaram-se os bombistas autodidatas talentosos, fazendo ficarem ajoelhados os EUA .

Primeiro, examinemos os desajeitamentos. A principal evidência criminal que levou aos irmãos Tsarnaev é as mochilas pretas usadas para guardar os dispositivos explosivos improvisados. No entanto, com uma análise cuidadosa das imagens relevantes, fica claro que o irmão mais velho a tinha de cor acinzentada, e o mais jovem — branca. Ao mesmo tempo, uma organização de pesquisa canadense independente The Centre for Research on Globalization (CRG) viu no local do crime um grupo de guardas da empresa de segurança privada Blackwater com mochilas pretas muito semelhantes. Também foram observados na linha de chegada os "soldados da fortuna" da outra empresa privada Craft International. O vídeo mostra que após a explosão os seguranças ajudaram a desmontar os escombros das arquibancadas e depois da picape da Blackwater aproxima-se um elemento com a abreviatura FBI nas costas da uniforme dele. Quem contratou esses guardas, e quais foram as tarefas, está perguntando CRG. Nem o FBI, nem a prefeitura de Boston por enquanto não respondeu.

Suponhamos que empresas tenham sido contratadas para o evento, mas a uniforme deles pode ser comprada livremente na Internet. E se foi uma luta competitiva entre duas empresas privadas pelo mercado, onde estão vinculando mundialmente, segundo a revista The Economist, US $ 100 bilhões? A imprensa americana informou que nos primeiros 9 meses da presidência de Barack Obama o número de combatentes privados de empreiteiros do Pentágono  cresceu 2, 4 vezes no Afeganistão e em outros países onde os EUA mantêm suas tropas, e é estimado de 22 a 30 por cento. É um negócio enorme e competitivo. Porque é que a investigação desta pista aparente não é refletida na mídia norte-americana? Talvez por ter a imagem capturando um agente do FBI?

A seguir, que motivo podiam ter tido os irmãos? Existem duas opções,  eles são os terroristas isolados ou atrás deles fica, pelo menos, o líder tos terroristas chechenos Docu Umarov (FBI fez um pedido de referência a FSB , Serviço Federal de Segurança russo). O irmão mais velho, Tamerlan, foi o melhor boxeador em Boston, casado com mulher americana Katherine Russel de 24 anos, que se converteu ao islamismo. Este fato é apresentado como a principal peça de evidência de extremismo islâmico de Tamerlan. Mas para os americanos que estão cozinhados em uma enorme racial, religiosa e outra caldeira, tal mudança nada significa, é apenas um sinal de respeito ao marido. Vídeo, mostrando Tamerlan morto, mostra-o deitado, estendendo as mãos como se tivesse rendido. Nas mãos não há nenhuma arma.

O irmão mais novo — Johar, foi o melhor estudante de medicina de uma universidade de prestígio. O seu perfil psicológico (escrito em rede russa VKontakte " há uma coisa na vida: carreira e dinheiro"), comportamento (um dia antes do ataque terrorista estava presente em uma festa), e o fato de não esconder seu rosto diante as câmeras contradizem os "fatos" de ele 24 horas ficar disparando e correndo ao redor de Boston enfrentando as forças especiais de enorme experiência profissional. Colocar sete bombas sem cúmplices também se apresenta impossível ou não eram sete, e também é uma mentira?


Examinemos a segunda opção, os irmãos são membros de uma grande organização terrorista. Mas Tamerlan estava controlado pelo FBI. Foi dito por sua mãe. "Ele estava sob o controle do FBI por três, cinco anos. Eles sabiam o que o meu filho estava fazendo, eles sabiam quais ações ele traçou, e que sites visitava. Eles o controlavam a cada passo, e agora dizem que este é um ataque terrorista … ", disse. Como é que o FBI podia faltar a formação deste ataque terrorista? Não teria podido, se não tivesse participado dele. Também gera dúvidas a escolha de pó preto para as bombas, pois, resulta em um forte barulho e muita fumaça, sem efeitos especiais mortais, não é uma bomba terrorista.

"Eles estudavam, tinham as perspectivas para o futuro: boas perspectivas, negócio, dinheiro. Isso foi inventado por alguém, alguém fê-lo e envolveu -os, pois foi. Alguma situação política está detrás deste caso … um ataque terrorista bem planejado por forças especiarias. Isso foi feito por serviços especiais, eu não sei das quais, disse à BBC Anzor Tsarnaev, o pai dos suspeitos.

A suposição é correta. Em abril de 2012, o jornal New York Times, na secção "Opinião" publicou um artigo de David K. Shipler intitulado de "Tramas terroristas, feitas pelo FBI" (Terror Plots, Hatched by the FBI) que descreve uma tática comum para a organização dos falsos atos de terrorismo. Em primeiro lugar, a vítima infeliz pega-se numa mesquita ou rede social por agente especial (informante).

Ele é da mesma nacionalidade que o "frango" e até do mesmo território, e encoraja o "cliente" como estão mal tratados os muçulmanos nos Estados Unidos, mostra-lhe vídeos, onde soldados americanos os torturam nas masmorras da Abu Ghraib e no Afeganistão. A seguir envolve em fóruns a discutir estes assuntos  de forma negativa, e assim por diante. Processado ​​e provocado, de costume, um estudante, uma vez entra num carro cheio de explosivos, e vai com o "cúmplice" — um agente do FBI, ao local do ataque. E no momento de ativar a bomba, fica pego em flagrante. No julgamento o informante e outras "testemunhas" podem gastar muito tempo para manobrarem, mudarem de evidências, lavando o cérebro dos juízes com o envolvimento de todos juntos em uma conspiração terrorista.

Alguns dos juízes, no entanto, ficam entendendo. Assim, o juiz Colleen McMahon, examinando o caso da tentativa de explosão em duas sinagogas, disse: "Só o governo podia fazê-lo (o acusado) terrorista, cuja palhaçada é realmente de Shakespeare no seu âmbito" e chamou o espetáculo, interpretado em frente dele, de "operação terrorista fantástica". No entanto, um tal James Cromitie foi condenado a 25 anos de prisão, escreve Shipler.

Porque é que desta vez a operação preparada desleixadamente (gafe com mochilas e lendas) culminou com a explosão? Lembremo-nos da experiência, previamente testada na Europa. "Operação Gladio" foi um projeto plurianual da NATO realizado nos tempos da Guerra Fria para influenciar os acontecimentos políticos na Europa. Organizações fascistas recrutadas explodiam bombas ao ar livre, em estações de trem, supermercados e assim por diante, mas os culpados foram encontrados entre grupos de esquerda e "ameaça vermelha". Como resultado, o governo, que tinha parado os nazistas, aumentava drasticamente a sua taxa de popularidade. Não é disso de que precisa hoje a administração de Obama?

E a última pergunta, por que os chechenos, e não Al-Qaeda? Contra a Al-Qaeda não é o momento de revelar. A razão fica na Síria, onde há pouco o grupo influente An-Nusra tomou o juramento de fidelidade a líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. E quem recentemente dotou à oposição síria 60 milhões de dólares? Quem está fabricando na Jordânia comandantes para os terroristas? Os EUA. Pode haver outro motivo, tal como deixar uma parte do contingente militar no Azerbaijão, com a retirada das tropas da NATO do Afeganistão, sob o pretexto de aumento da ameaça caucasiana.
Lyuba Lulko
Pravda.Ru

Coréia do Norte: entre a guerra, a paz e o futuro

Coréia do Norte: entre a guerra, a paz e o futuro

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(Nota Política do PCB)
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) repudia as ameaças de agressão militar imperialista à  República Popular Democrática da Coréia e presta total solidariedade ao governo e ao povo nortecoreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com o caminho que escolheu para sua construção socialista.
Nesse momento de provocações por parte do imperialismo, queremos ressaltar que a Coréia do Norte precisa do apoio solidário dos governos e povos amantes da paz, de todos os que se opõem ao imperialismo, para que possa desenvolver-se livre e plenamente, em todas as esferas da vida social, para um futuro de igualdade e justiça social.
Constatamos que é grande a pressão internacional contra o país, comandada pela grande mídia burguesa e pelo governo dos EUA, centrada, principalmente, em ações de propaganda anti-socialista, em medidas políticas e econômicas e em mobilização militar para impedir que a Coréia do Norte desenvolva plenamente a  capacidade nuclear de que necessita para fazer mover sua economia, movimento que se intensificou a partir dos anos 90, com o fim da União Soviética. São freqüentes palavras como “ditador”, usadas para referência ao dirigente máximo (o termo não é usado para os Emires, Príncipes e outros monarcas absolutistas que governam países árabes) e alusões à “ajuda humanitária” da qual a população nortecoreana dependeria para sobreviver. As reportagens falam do “autoritarismo” e do “atraso” da Coréia do Norte, atribuídos, é claro, ao estilo do socialismo lá vigente. O objetivo dessas ações é isolar o país,  destruir as conquistas sociais e tentar agredir e ocupar militarmente o país, em função de sua localização estratégica na disputa hegemônica com a China e a Rússia. .
A imprensa, naturalmente, não traz informações sobre as conquistas sociais do país, atestadas por fontes insuspeitas como o Banco Mundial e o Factbook da agência de inteligência dos EUA, a CIA: 60% da população vive em cidades; 97% da água consumida é tratada; a expectativa de vida é, hoje, 69 anos (era 67 anos em 2001); o acesso ao saneamento chega a 80% dos domicílios, o anafalbetismo é de 1%. A saúde, a educação, os esportes e outros serviços sociais são gratuitos, há moradias para todos. O país tem centrais nucleares, termo e hidroelétricas, produz automóveis, tratores, aço, máquinas diversas, cimento, tecidos, fertilizantes e um grande número de outros produtos industriais. Além do domínio do ciclo do urânio, a Coréia do Norte logrou pôr um satélite em órbita com um foguete construído no próprio país.
A história recente do país ajuda a explicar o quadro atual: com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a União Soviética passou a controlar a região norte da península coreana, ao passo que os EUA controlavam a parte sul. Em 1948, após 3 anos de negociações frustradas para uma possível reunificação do país, foi criada a República Popular e Democrática da Coréia, na região norte, após a realização de eleições gerais ganhas pelos comunistas e outros partidos aliados (dois dos quais participam até hoje da coalizão que governa o país). No sul seria criada, na mesma época, a República da Coréia. Após a guerra entre os dois lados, no começo dos anos 50 - uma guerra provocada pelos EUA, que iniciava assim a Guerra Fria -, a Coréia do Norte viveria um período de crescimento e prosperidade que duraria mais de duas décadas.
No entanto, a situação econômica do país viria a deteriorar-se após a queda da União Soviética, país que lhe oferecia equipamentos, petróleo e muitas outras formas de cooperação econômica e técnica, além de ser seu principal aliado político. Sem a URSS, aumentaria sobremaneira a pressão dos EUA  e seus aliados sobre a Coréia do Norte.
No campo econômico, o país já vinha tomando iniciativas para atrair investimentos externos desde os anos 1980, e esforços vêm sendo feitos para uma aproximação com a Coréia do Sul, a China e outros países. Entre outros empreendimentos conjuntos, há um complexo industrial gerenciado pelas duas Coréias. Mas esses esforços não têm sido suficientes para reverter o quadro de dificuldades por que passa o país.
O anúncio feito há poucos dias pelo governo sulcoreano, de que estaria disposto a abrir uma rodada de negociações, pode ser o primeiro sinal de que a crise pode estar começando a se dissipar. Mas as pressões para impedir o desenvolvimento da Coréia do Norte, por parte dos EUA, certamente continuarão.
Não cabe aos comunistas do PCB dizer como deve ser o governo da Coréia do Norte, como se dá a escolha de seus dirigentes ou quais devem ser as suas prioridades. Tampouco nos cabe questionar o mérito ou as bases teóricas do pensamento político que orienta as decisões do estado. Mas repudiamos fortemente as ameaças de agressão militar imperialista àquele país, e prestamos total solidariedade ao governo e ao povo nortecoreanos na defesa de sua soberania, de seu direito de desenvolver-se plenamente e de seguir com a sua forma de construção socialista.
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
(abril de 2013)
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Nota do blog pensarnetuno:
          Viva o PCB,o internacionlismo, e abaixo o Imperialismo!

Irã e Israel: A dupla face da mídia e do Conselho de Segurança da ONU


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por Rui Pedro Fonseca [*]
À semelhança do que aconteceu em relação ao Iraque com as mentiras fabricadas de que Saddam Hussein (1) possuía instalações com armas de destruição maciça; (2) que não queria deixar entrar os inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA); (3) de que o ditador teria sido corresponsável pelos ataques às torres gémeas; a imprensa e os círculos de opinião de referência internacionais e portugueses têm vindo a intensificar o enredo de suspensão e de medo em torno das populações ocidentais em relação ao Irão.
Se atentarmos às palavras-chave de Obama proferidas na conferência da AIPAC [1] , a 4 de Março de 2012, notamos que estas aglutinam um padrão de ideias-chave, de discursos que vêm sendo reproduzidos constantemente pela imprensa nacional e internacional, partilhados por círculos de opinião, que têm diabolizado o Irão e legitimado sanções económicas, acusações e ameaças de intervenção militar (dos Estados Unidos e Israel) que têm vindo a aumentar cada vez mais de intensidade: "ameaçam varrer Israel do mapa"; "apoiam grupos terroristas empenhados na destruição de Israel"; "terrorismo"; "programa nuclear do Irão"; "ameaça"; as "armas mais perigosas do mundo"; "armas nucleares"; "Irão não cumpre as suas obrigações"; "regime iraniano"; "caminho que os vai levar a uma série de consequências se eles não cumprirem" [2]
Os círculos de formação de opinião veiculam atualmente o Irão como o perigo número 1 para a ordem mundial, e importa dissecar e compreender o alcance destas expressões alusivas às "ameaças" iranianas:
"Varrer Israel do mapa"
A verdadeira versão do que disse Ahmadinejad – "Este regime que ocupa Jerusalém deve ser eliminado das páginas da história" – aparentemente foi eliminada da face do planeta da imprensa de referência e resta a inquestionada e repetida mentira do que Ahmadinejad nunca disse: que "Israel deve ser varrido do mapa". A citação verdadeira de Ahmadinejad, já assumida pelo próprio, fez referência à mudança de regime em Israel que das palavras passa às ações de, com os tanques e buldózeres da Caterpillar, apagar do mapa inteiras aldeias de Palestina, de matar e/ou expulsar os seus moradores para construir colonatos. Ainda assim, as práticas de Israel não são dignas de sanções nem da atenção da generalidade dos/as comentadores/as e agências noticiosas.
O pseudo programa nuclear militar do Irão e a vista grossa ao armamento nuclear israelense
Tal como aconteceu com o Iraque a partir de 2001, o Irão é mencionado pela imprensa de referência (incluindo a portuguesa) como um "regime perigoso" para o Ocidente porque as reservas de energia nuclear estão a ser utilizadas para fins militares. O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu continua a pressionar os Estados Unidos para, provavelmente em aliança, atuarem militarmente. É uma das vozes mais acusatórias de que o Irão possui instalações que têm como objetivo a produção de armas nucleares:
"Continua, sem interferência, a obter capacidade de produzir armas nucleares e, portanto, bombas nucleares" e há que colocar uma linha vermelha (red line) no programa nuclear iraniano: "Esperar por quê? Esperar até quando?" [3]
Diz ainda Netanyahu:
"É inaceitável que um país que viola de forma flagrante as resoluções do Conselho de Segurança e da AIEA (...) possa beneficiar dos frutos da energia nuclear" [4]
As diabolizações de Israel e EUA em relação ao Irão no que diz respeito à energia nuclear dividem-se em duas ordens de questões, que não são controversas, e que importa serem esclarecidas: (1) a legitimidade que o Irão tem em produzir energia nuclear e (2) os relatórios da AIAE.
1. O Irão tem toda a legitimidade em produzir energia nuclear para fins pacíficos. Dentro dos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TPN), de acordo com o artigo IV, todos signatários, incluindo o Irão que o assinou em 1969, tal como os Estados Unidos e outros países signatários, têm todo o direito em desenvolver energia nuclear para fins civis, portanto para fins pacíficos. Dentro tratado de não proliferação a energia nuclear é, então, um óbvio direito de qualquer país. Todos os Estados que assinaram o TPN têm o dever de cumprir com o artigo IV.1 que declara:
"Nada neste tratado deve ser interpretado como algo que afete o direito inalienável de todas as Partes do Tratado desenvolverem pesquisa, produção e uso de energia nuclear para fins pacíficos sem discriminação e em conformidade com os artigos I e II deste Tratado." [5]
Neste contexto, Israel, enquanto país não signatário do TNP, não tem qualquer direito legal a desenvolver energia nuclear sem a supervisão da AIEA. Adicionalmente, ao contrário do que fez o Irão e outros Estados da região, Israel nunca abriu as suas instalações aos inspetores da AIEA. As infrações de Israel neste âmbito, juntamente com o não escrutínio dos principais meios noticiosos, aumentam de gravidade a partir do momento em que existem inequívocas instalações de produção nuclear para fins militares em Dimona (Israel) tal como foram detalhadas pelo ex. técnico nuclear israelense Mordechai Vanunu (em 1986).
Disse Vanuno, em 2005, a Eileen Fleming:
"Nixon parou com as inspeções e concordou em ignorar a situação. Como resultado, Israel aumentou a produção. Em 1986, existiam mais de duzentas bombas. Hoje [2005], pode haver plutónio suficiente para produzir dez bombas por ano" [6]
O sacrifício de Vanuno da sua própria liberdade em nome da verdade foi em vão porque as suas descobertas têm muito pouco retorno da imprensa e dos círculos de opinião ocidentais. O "estatuto" de Israel de produtor de armamento nuclear nem sequer é ambíguo, ou especulativo (como pelos vistos é no caso do Irão). É reconhecido internacionalmente e desde cedo logo após a constituição de Israel enquanto Estado que, por David Ben-Gurion, instituiu um programa de armamento nuclear, em meados da década de 1950, como parte da sua "política ativista de defesa" [7] . Para além de no passado terem vendido clandestinamente armas nucleares a África do Sul, mesmo neste ano de 2012, Israel vendeu mísseis nucleares para a Alemanha para armar submarinos cujos oficiais alemães, como Hans Rühle, chegaram a admitir a dimensão nuclear da transação designada de "Operação Samson":
"Eu assumi desde o início que os submarinos teriam capacidade nuclear." [8]
As cerca de 200 bombas nucleares que Israel detinha em 1986, aumentando para um número atual situado entre 300 a 400, não tiveram nem têm o mediatismo, nem mereceram, ou merecem, qualquer sanção do próprio Conselho de Segurança das Nações Unidas. E qual a razão? Simplesmente porque Israel tem o apoio incondicional (militar, político, económico e diplomático) [9] dos Estados Unidos que armam e apoiam a aquisição e produção de armamento israelense que é utilizado, por exemplo, para cometer flagrantes atentados contra os direitos humanos na Palestina com o fim de "conquistar território pela guerra". Adicionalmente, os Estados Unidos, Israel e aliados passam incólumes a críticas dos seus não cumprimentos da lei internacional e são constantemente representados como vítimas, paladinos dos bons valores e guardiões da segurança global.
Os relatórios da AIEA
2. Ao contrário de Israel, o Irão permitiu que os inspetores da IAEA visitassem as instalações onde não foram encontradas quaisquer provas de desenvolvimento de energia atómica para fins militares. Os próprios serviços de inteligência dos EUA, como a CIA, também não encontraram provas que o Irão produz armamento nuclear. Mas quais são, afinal, os pontos críticos revelados no último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) de 31/Agosto/2012?
No que diz respeito às "Atividades relacionadas com o Enriquecimento" o relatório confirma que "o Irão não suspendeu as suas atividades de enriquecimento (…) e todas estas atividades estão sob a supervisão da Agência, assim como todo o material nuclear, instalado em cascata e a alimentação e as estações de retirada/evacuação nessas instalações estão sujeitas à vigilância e confinamento." [10]
O documento assinala (na alínea 39) que o Irão poderá "eventualmente" continuar com as atividades cessadas em finais de 2003 para o"desenvolvimento de aparelhos nucleares explosivos" [11] . A capacidade de fabricar armamento militar nuclear é aplicável a qualquer país que produza energia nuclear e tenha alguma tecnologia.
Por fim, o relatório afirma, inequivocamente, (na alínea 52.) que a AIEA admite não ter encontrado atividade de material nuclear para fins militares e que, "portanto, conclui que todo o material nuclear do Irão é para atividades pacíficas." [12]
A associação mediática do Irão ao terrorismo internacional e a vitimização de Israel
A outra grande ameaça veiculada por Obama, Netanyahu e seguidores/as é o apoio do Irão ao "terrorismo" [13] . De acordo com Obama e seguidores/as, o apoio do Irão é bipartido entre Hezbollah e Hamas. O "terrorismo" do Hezbollah é celebrado com um feriado a cada 25 de Maio no Líbano, e exalta a expulsão dos invasores israelenses do território libanês em 2000. Israelenses que, até então, durante 22 anos, havam cometido terror e tortura permanecendo em flagrante violação das ordens do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da lei internacional. O agora celebrado Dia de Libertação Libanês, proporcionado pelo Hezbollah, marca assim a expulsão dos ocupadores israelenses e a libertação do Líbano, sendo que os mass media e comentadores/as residentes invertem a realidade caracterizando os israelenses-ocupadores como agredidos, vítimas, e o grupo político/militar do Hezbollah como terrorista.
O outro apoio do Irão ao "terrorismo internacional" é o Hamas – que se tornou numa séria ameaça (terrorista) quando os palestinianos cometeram o crime (em 2006) de votarem neste movimento no que viriam a ser as primeiras eleições a ocorrerem na Palestina. A imprensa de referência refere-se ao Hamas como uma das grandes forças terroristas a nível mundial por lançar de Gaza uns rockets artesanais que atingiram as fronteiras israelenses como reação aos 7,700 rockets disparados (em Junho de 2006) pelas forças militares israelenses contra civis e alvos civis palestinianos [14] . Ainda que o massacre resultante da Operação Chumbo Fundido (2007/2008), levado a cabo por Israel com apoio militar e diplomático dos Estados Unidos, tenha originado a morte de mais 1600 civis palestinianos/as e 13 israelenses (4 mortos pelas próprias forças IDF), a destruição de alvos civis (escolas, hospitais, mesquitas, esquadras de polícia) – este não foi uma época de morte e sofrimento suficientemente digna para que a imprensa internacional de referência designasse Israel, ou os EUA apoiantes, como Estados terroristas que não respeitam a lei internacional e os direitos humanos.
Ao contrário de Israel e Estados Unidos, o Irão não cometeu qualquer ato de terrorismo internacional pelo simples facto de não ameaçar, invadir e/ou atacar um país há mais de duzentos anos. Todavia, os círculos de opinião mencionam que é o Irão que devemos recear apesar de o Iraque ter sido destruído, tal como se determinou por nenhuma das razões anunciadas pelo governo de George Bush. Nem importa que o Irão esteja sob ameaça constante dos Estados Unidos e Israel, que violam o ponto 4. (do art. 2) da Carta das Nações Unidas:
"Os [Estados] membros deverão abster-se nas suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao uso da força, quer seja contra a integridade territorial ou a independência política de um Estado, quer seja de qualquer outro modo incompatível com os objetivos das Nações Unidas" [15]
Manter as sanções económicas contra o Irão porque este tem tecnologia nuclear é não só hipócrita como também ilegal à luz do direito internacional, logo constitui-se como um crime. Mas estes dois países têm um estatuto especial porque não respondem perante direito internacional, pois os seus crimes não contam como tal.
O estatuto de ameaça do Irão
Apesar do zumbido da propaganda, a ameaça do Irão não é militar. Quando comparada com o resto da região (inclusivamente com Israel) a capacidade militar do Irão é relativamente mais baixa; é praticamente metade do que gasta a Arábia Saudita (cliente dos EUA, o país mais fundamentalista da região do Médio Oriente); e é quase impercetível equivalendo a 2% da capacidade militar dos Estados Unidos [16] .
O Irão chegou a ser aliado das grandes potências ocidentais quando (em 1953) os EUA e Grã-Bretanha derrubaram o governo legitimamente eleito e apoiaram o ditador Shah e os seus programas nucleares. Foi a partir de 1979, quando a população iraniana expulsou o ditador do poder, que os EUA têm vindo a tentar estrangular o Irão: tentaram o golpe militar, apoiaram militarmente Saddam Hussein (1980-88) na invasão ao Irão que matou centenas de milhares de pessoas, e, desde então, o Irão sofreu sanções por não aceitar ser cliente dos EUA e manter o seu "regime" democrático.
A verdadeira ameaça do Irão é o seu peso no Médio Oriente como parceiro comercial de outros países, como a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Rússia, a China, o Japão e a Coreia do Sul; a partir da década de 1990 com a Síria, a Índia, Cuba, Venezuela e a África do Sul, e que vem expandindo seus laços comerciais com a Turquia e o Paquistão. Os principais produtos de exportação são o petróleo, gás natural, produtos químicos e petroquímicos, mas também frutas, nozes e tapetes. O estatuto do Irão é representado, pela propaganda ocidental, como desestabilizador para a região; mas quando os Estados Unidos e aliados invadem e bombardeiam os países vizinhos – já são representados como os agentes que pretendem criar "estabilização".
O regime democrático iraniano é hostilizado pelos EUA simplesmente porque não admitem que os iranianos controlem os seus recursos. Mas quando os governantes ditadores são clientes dos EUA [17] , mesmo que bloqueiem o crescimento do próprio país, que oprimam as próprias populações, ou cometam atrocidades em série – passam geralmente despercebidos perante os media de referência.
O facto de os media comentarem o Irão com tanta intensidade denota a básica assunção que os Estados Unidos, Israel e alguns aliados europeus têm o direito de utilizar as sanções económicas, que estrangulam as exportações iranianas, de ameaçar ou ainda invadir militarmente à revelia da lei internacional.
Em suma, o que está em causa é uma intensa doutrinação mediática que tem vindo a proteger a agenda dos responsáveis imperialistas que prosseguem os seus planos de conquista sem serem responsabilizados por terrorismo e por diversos crimes internacionais pelas entidades competentes, que são reguladas pelos interesses dos que mais importam.
Setembro/2012
[1] American Israel Public Affairs Committee, ou America's pro-Israel lobby
[2] Na conferência da AIPAC, a 4/Março/2012, "President Obama, Diplomacy still an option in Iran", CNN, www.youtube.com/watch?v=ex-ie1UUKUg&feature=related
[3] Benjamin Netanyahu, "Those that refuse to set Red lines for Iran; can't give Israel Red light" (Sept 12, 2012), www.youtube.com/watch?v=BZV-Ul9a5Kc&feature=related
[4] Benjamin Netanyahu, www.tvi24.iol.pt/internacional/nuclear-israel-irao-tvi24/1186238-4073.html
[5] Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Versão do documento em inglês, assinado em Washington, Londres e Moscovo a 1 de Julho de 1968. Este documento foi ratificado a 5 de Março de 1970 e proclamado por Richad Nixon a 1970 http://www.fas.org/nuke/control/npt/text/npt2.htm
[6] "Mordechai Vanunu, Whistle Blower on Israel's Nuclear Weapons Program, Jailed Again" 23 May, 2010, - por Eileen Fleming, Countercurrents.org revolutionaryfrontlines.wordpress.com/...
[7] Cf. The Nuclear Threat Initiative em www.nti.org/country-profiles/israel/nuclear/
[8] Israel's Deployment of Nuclear Missiles on Subs from Germany, em Der Spiegel , 6/June 2012 www.spiegel.de/...
[9] Por exemplo, isoladamente do resto do mundo, os EUA têm vetado indiscriminadamente as mais de 35 propostas de resolução sobre Israel e Palestina nas sessões anuais da Assembleia Geral das Nações Unidas. Os EUA continuam abertamente a apoiar a militarização, colonização israelense em "território palestiniano ocupado".
[10] Alinea 10 do documento Implementation of the NPT Safeguards agreement and relevant provision of Security Council resolutions in the Islamic Republic of Iran – Report by the Director General, 30 Agosto 2012 IAEA www.nytimes.com/...
[11] Alinea 39, Idem
[12] Alinea 52, Idem
[13] Dentro de uma conceção imperialista, portanto desconexa da lei internacional, é que este é apenas cometido sempre pelos "outros", e nunca pelas potências do ocidente.
[14] Cf. Noam Chomsky, "U.S. Savage Imperialism The U.S. Empire, the Mideast, and the world" , part I 2010, www.zcommunications.org/u-s-savage-imperialism-by-noam-chomsky
[15] Carta das Nações Unidas, Capítulo 1, nº 4 do art. 2: www.un.org/spanish/Depts/dpi/portugues/charter/chapter1.htm
[16] List of countries by military expenditures: en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_military_expenditures
[17] Só para citar alguns exemplos da longa lista de ditadores apoiados pelos Estados Unidos: Gen. Ibrahim Babangida, Anwar El-Sadat, Hosni Mubaral, Pieter Willem Botha, Mohamed Suarto, Saparmirad Atayevich Niyazov, Syngman Rhee, Anastasio Somosa Garcia, Gen. Jose Efrain Rios Montt, Gen. Manuel Antonio Morena Noriega, Augusto Pinochet, Gerardo Machado Morales, Saddam Hussein, etc. Mais em tinfoilpalace.eamped.com/2011/01/29/dictators-supported-by-the-us/
[*] Investigador, Instituto de Sociologia da FLUP.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

sábado, 27 de abril de 2013

John Pilger: Funeral e golpe de Thatcher

Funeral digno de um ditador

O golpe de Thatcher

por John Pilger
Após o desaparecimento de Thatcher, recordo suas vítimas. A filha de Patrick Warby, Marie, foi uma delas. Marie, com cinco anos, sofria de uma deformidade do intestino e precisava de uma dieta especial. Sem ela, o sofrimento era aflitivo. Seu pai era um mineiro de Durham e gastara todas as suas poupanças. Era o Inverno de 1985, a Grande Greve tinha quase um ano e a família estava empobrecida. Embora a necessidade de operação não fosse contestada, o Departamento de Segurança Social recusou ajuda a Marie. Posteriormente, obtive registos do caso mostrando que Marie fora recusada porque o seu pai era "influenciado por uma disputa sindical".

A corrupção e desumanidade sob Thatcher não conheciam fronteiras. Quando chegou ao poder em 1979, Thatcher pediu uma proibição total de exportações de leite para o Vietname. A invasão americana havia deixado um terço das crianças vietnamitas desnutridas.

Testemunhei muitas visões penosas, incluindo crianças a ficarem cegas devido à falta de vitaminas. "Não posso tolerar isto", disse um médico angustiado num hospital pediátrico de Saigão, quando olhávamos para um rapaz a morrer. A Oxfam e a Save the Children havido deixado claro para o governo britânico a gravidade da emergência. Um embargo conduzido pelos EUA havia forçado o preço local do quilo de leite a subir para dez vezes o do quilo de carne. Muitas crianças podiam ter sido recuperadas com leite. A proibição de Thatcher impediu.

No vizinho Camboja, Thatcher deixou um rastro de sangue, secretamente. Em 1980, ela exigiu que o defunto regime Pol Pot – o assassino de 1,7 milhão de pessoas – retivesse o seu "direito" a representar suas vítimas na ONU. A sua política era de vingança do libertador do Camboja, o Vietname. O representante britânico foi instruído a votar com Pol Pot na Organização Mundial de Saúde, impedindo-a dessa forma de proporcionar ajuda para o lugar onde era mais necessária do que qualquer outro na terra.

Para esconder esta infâmia, os EUA, a Grã-Bretanha e a China, os principais apoiantes de Pol Pot, inventaram uma "coligação de resistência" dominada pelas forças do Khmer Rouge de Pol Pot e abastecida pela CIA em bases ao longo da fronteira tailandesa. Havia uma dificuldade. Na sequência da derrocada do Irangate, armas-por-réfens, o Congresso dos EUA proibira aventuras clandestinas no estrangeiro. "Num daqueles acordos ambos gostavam de fazer", contou um alto responsável do Whitehall [1] ao Sunday Telegraph, "o presidente Reagan sugeriu a Thatcher que o SAS [2] deveria assumir o comando do show do Camboja. Ela prontamente concordou".

Em 1983, Thatcher enviou o SAS para treinar a "coligação" na sua própria e diferente marca de terrorismo. Sete equipes de homens do SAS chegaram de Hong Kong e soldados britânicos começaram a treinar "combatentes da resistência" em estender campos de minas num país devastado pelo genocídio e a mais alta taxa de mortes e mutilações do mundo devido a campos de minas.

Noticiei isto na altura e mais de 16 mil pessoas escreveram a Thatcher para protestar. "Confirmo", respondeu ela ao líder da oposição Neil Kinnock, "que não há envolvimento do governo britânico de qualquer espécie no treino, equipamento ou cooperação com o Khmer Rouge ou aliados dele". A mentira era de cortar o fôlego. Em 1991, o governo de John Major admitiu no parlamento que o SAS havia na verdade treinado a "coligação". "Nós gostamos dos britânicos", disse-me mais tarde um combatente do Khmer Rouge. "Eles foram muito bons a ensinar-nos a montar armadilhas explosivas (booby traps). Pessoas confiantes, como crianças em campos de arroz, foram as vítimas principais".

Quando os jornalistas e produtores do memorável documentário "Death on the Rock" , da ITV, revelaram como o SAS havia dirigido outros esquadrões da morte de Thatcher na Irlanda e em Gibraltar, foram perseguidos pelos "jornalistas" de Rupert Murdoch, então acovardados em Wapping [3] atrás do arame farpado. Embora absolvida, a Thames TV perdeu sua concessão da ITV.

Em 1982, o cruzador argentino General Belgrano navegava fora da zona de exclusão das Falklands [4] . O navio não constituía ameaça, mas Thatcher deu ordens para que fosse afundado. Suas vítimas foram 323 marinheiros, incluindo adolescentes alistados. O crime tinha uma certa lógica. Dentre os mais próximos aliados de Thatcher estavam assassinos em massa – Pinochet no Chile, Suharto na Indonésia, responsáveis por "muito mais do que um milhão de mortes" (Amnistia Internacional). Embora desde há muito o estado britânico armasse as principais tiranias do mundo, foi Thatcher que com um zelo de cruzado procurou tais acordos, conversando empolgada acerca das mais refinadas características de motores de aviões de combate, negociando arduamente com príncipes sauditas que pediam subornos. Filmei-os numa feira de armas, a acariciarem um míssil reluzente. "Terei um daqueles!", disse ela.

No seu inquérito das armas-para-o-Iraque, Lorde Richard Scott ouviu evidências de que toda uma camada do governo Thatcher, desde altos funcionários civis até ministros, mentira e infringira a lei na venda de armas a Saddam Hussein. Eram os seus "rapazes". Se folhear números antigos do Baghdad Observer encontrará na primeira página fotos dos seus rapazes, principalmente ministros do gabinete, sentados com Saddam na sua famosa poltrona branca. Ali está Douglas Hurd e um sorridente David Mellor, também do Foreign Office, na época em que o seu hospedeiro ordenava o gaseamento de 5000 curdos. A seguir a esta atrocidade, o governo Thatcher duplicou créditos comerciais para Saddam.

Talvez seja demasiado fácil dançar sobre a sua sepultura. O seu funeral foi uma proeza de propaganda, adequada a um ditador: uma mostra absurda de militarismo, como se se houvesse verificado um golpe. E foi. "O seu triunfo real", disse outro dos seus rapazes, Geoffrey Howe, ministro da Thatcher, "foi ter transformado não apenas um partido mas dois, de modo que quando o Labour finalmente retornou, a maior parte do thatcherismo era aceite como irreversível".

Em 1997, Thatcher foi o primeiro antigo primeiro-ministro a visitar Tony Blair depois de ele ter entrado na Downing Street [5] . Há uma foto deles, juntos num ricto: o criminoso de guerra em embrião com a sua mentora. Quando Ed Milliband, na sua untuosa "homenagem", travestiu Thatcher como "corajosa" heroína feminista cujas façanhas pessoalmente "admira", fica-se a saber que a velha assassina não morreu de todo.
25/Abril/2013
NT
(1) Whitehall: rua onde está o Parlamento britânico.
(2) SAS: tropas especiais britânicas.
(3) Wapping: bairro de Londres para onde Murdoch mudou a sua empresa, por trás de uma fortaleza a fim de fugir a pressões sindicais da Fleet Street.
(4) Falklands: Malvinas
(5) Downing Street: residência oficial do primeiro-ministro britânico.


O original encontra-se em www.counterpunch.org/2013/04/25/thatchers-coup/

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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