Brasília, 21 jun (Prensa Latina) O Movimento social Passe Livre
(MPL), que convoca os protestos no Brasil, denunciou hoje a atuação de
grupos de extrema-direita nas passeatas e seus atos de violência para
desmoralizar os protestos populares.
Há militantes de extrema-direita que querem tergiversar o sentir destas
mobilizações, lhe dar um ar fascista e se autoproclamaram o direito de
não permitir membros de partidos políticos na manifestação, destacaram
representantes do Passe Livre em um comunicado difundido através das
redes sociais.
Na última jornada de protestos, realizada ontem à
noite com a participação de mais de um milhão de pessoas em ao menos
100 cidades brasileiras, foram registrados confrontos entre membros do
Partido dos Trabalhadores (PT) e alguns participantes de direita.
O Passe Livre lamentou, em sua página no Facebook, estes "incidentes
isolados de violência contra a participação dos diversos grupos
(políticos)".
"O MPL é um movimento social não partidário, mas
não está contra os partidos políticos. Repudiamos os atos de violência
dirigidos a estas organizações durante a manifestação, assim como
condenamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, estas
organizações participaram na mobilização", afirma a nota.
O
grupo alerta que o oportunismo está tentando excluir da luta aqueles
movimentos sociais e políticos que a constroem junto ao MPL.
Nos
protestos de ontem à noite registrados em Porto Alegre, no estado do
Rio Grande do Sul, militantes do PT foram agredidos por vários
manifestantes porque levaram para a passeata uma bandeira do partido.
Integrantes da Central Única de Trabalhadores (CUT) participaram das
manifestações junto a movimentos sociais de esquerda e também foram
ofendidos por outros grupos.
Protagonistas destas mobilizações, o
Movimento Passe Livre iniciou suas passeatas na semana passada em São
Paulo contra o aumento da tarifa do transporte público, mas com a
extensão das mobilizações por todo o país se somaram outras
reivindicações por uma melhor educação e saúde, mais segurança, menos
violência.
Os cidadãos manifestam-se também contra a excessiva
despesa pública (15 bilhões de dólares) na organização da Copa das
Confederações e do Mundial de futebol 2014.
ocs/lgo/es |
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