sábado, 30 de abril de 2011

sábado, 30 de abril de 2011


Viva o primeiro de maio!
1912: J. Stalin


Camaradas,

Já no século passado(**) os trabalhadores de todos os países resolveram celebrar anualmente este dia, o Primeiro de Maio. Isso foi em 1889, quando, no Congresso de Socialistas de Todos os Países, realizado em Paris, os trabalhadores resolveram proclamar, precisamente neste dia, primeiro de maio, quando a natureza está acordando de seu sono de inverno, quando as matas e morros estão vestindo seus mantos verdes e os campos e os prados estão adornando-se com flores,quando o sol brilha mais calorosamente, quando a alegria do renascimento enche o ar e a natureza se entrega à dança e à alegria - eles resolveram proclamar, abertamente e em alta voz a todo o mundo, precisamente neste dia, que os trabalhadores estão trazendo a primavera à humanidade e sua libertação das correntes do capitalismo, que essa é a missão dos trabalhadores, de renovar o mundo com base na liberdade e no socialismo.

Toda classe tem seus próprios festivais. A nobreza introduziu seus festivais, e neles proclama seu "direito" de roubar os camponeses. A burguesia tem os seus festivais e em suas datas "justificam" seu "direito" de explorar os trabalhadores. O clero também tem seus festivais, e neles elogia o sistema existente sob o qual os trabalhadores morrem na pobreza enquanto os ociosos nadam na luxúria.

Os trabalhadores, também, precisam ter seus festivais, e neles devem proclamar: trabalho universal, liberdade universal, igualdade universal de todos os homens. Este festival é o Primeiro de Maio.

É isso o que os trabalhadores resolveram fazer já naquela data, em 1889.

Desde então o grito de guerra dos trabalhadores pelo socialismo tem ecoado cada vez mais alto nos encontros e passeatas no primeiro de maio. O oceano do movimento operário se expande mais e mais, se espalhando para novos países e estados, da Europa e da América à Ásia, África e Austrália. No curso de apenas algumas décadas, a previamente débil associação internacional dos trabalhadores se tornou uma poderosa irmandade internacional, que mantem congressos regulares e une milhões de trabalhadores em todas as partes do mundo. O mar de fúria proletária está subindo em ondas gigantescas, e avança cada vez mais ameaçadoramente contra as cidadelas cambaleantes do capitalismo. A grande greve dos mineiros recentemente deflagrada na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Bélgica, na América, etc, uma greve que colocou medo nos corações dos exploradores e dos governantes de todo o mundo, é um claro sinal de que a revolução socialista não está distante...

"Nós não adoramos o bezerro de ouro!" Nós não queremos o reino da burguesia e dos opressores! Condenação e morte ao capitalismo e seus horrores da pobreza e derramamento de sangue! Viva o reino do trabalho, viva o socialismo!

Isso é o que os operários conscientes de todos os países proclamam neste dia.

E confiantes na vitória, serenos e fortes, eles marcham orgulhosamente ao longo da estrada para a terra prometida, rumo ao glorioso socialismo, passo a passo levando a cabo o grande chamado de Karl Marx: "Trabalhadores de todos os países, uni-vos!"

É assim que os trabalhadores nos países livres celebram o primeiro de maio.

Vamos, então, estender nossas mãos a nossos camaradas em todo o mundo e junto com eles proclamar:

- Abaixo o capitalismo!
- Viva o socialismo!


J. V. Stalin


NOTAS

*Este panfleto, intitulado "Viva o primeiro de maio!", foi escrito por J. V. Stalin em Moscou, no início de abril de 1912. Foi impresso clandestinamente numa gráfica legal em Tiflis e todas as cópias foram subsequentemente enviadas para São Petersburgo.

** Se refere ao século XIX.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento Real em Londres? Não, não!

Monsoon Wedding - Um casamento à indiana
Um casamento durante as chuvas de monção
Elenco: Vasundhara Das, Parvin Dabas, Naseeruddin Shah, Lillete Dubey, Ishaan Nair, Randeep Hooda, Neha Dubey, Tillotama Shome, Shefali Shetty, Rajat Kapoor, Vijay Raaz, Kemaya Kidwai, Kamini Khanna.
Gênero: Romance.
Áudio em hindi, punjabi e inglês, legendas em inglês e português.
Filme dirigido pela Mira Nair. Recebeu vários prêmios em festivais de cinema da Índia, Europa e EUA. Indicado ao Globo de Ouro de 2002 por Melhor Filme em Língua Estrangeira. No European Film Awards de 2001 ficou entre os melhores filmes não europeus do ano, junto com Lagaan (O Imposto – 2001), Moulin Rouge e outros. No IIFA de 2002 o ator Ishaan Nair (personagem Varun) foi indicado para o prêmio de melhor ator de comédia. O filme conta a estória de uma família indiana punjabi de classe média alta, que adota alguns costumes ocidentais, enquanto mantêm a tradição do casamento arranjado pelos pais.Lalit (Naseeruddin Shah) e Pimmi (Lillete Dubey) estão ansiosos preparando o casamento da filha mais velha, Aditi (Vasundhara Das), com o engenheiro Hemant Rai (Parvin Dabas), que mora nos EUA. Ela não conhece o futuro marido e guarda um segredo. Manteve uma relação secreta com um apresentador de TV casado, e quer tentar esquecê-lo. De acordo com os costumes, todos os convidados se reúnem na casa para celebrar o casamento, que dura 4 dias. Os parentes vêm de longe: Austrália, EUA, e todos ajudam a preparar a festa. 
Na cerimônia chamada Sagan, as famílias dos noivos se reúnem, trocam presentes, e o casal troca alianças. No dia do Menhdi a henna é aplicada nas mãos e pés da noiva, e quanto mais escura ficar, maior é o amor do noivo por ela. No dia do Sangeet, os convidados apresentam alguns números musicais, cantam, dançam, e ajudam a animar a festa. Enquanto cada ritual é realizado, estórias das vidas dos personagens vão sendo contadas, formando a imagem da Índia moderna.
M

M

quinta-feira, 28 de abril de 2011


Pablo Neruda - Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

feira, 26 de abril de 2011

CHÁVEZ ENTREGA MILITANTE AO ESTADO TERRORISTA COLOMBIANO, PERDE A CONFIANÇA DA ESQUERDA E NÃO GANHARÁ A DA DIREITA

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) manifesta sua indignação com a recente detenção, em Caracas, do militante colombiano Joaquim Pérez Becerra, quando chegava de um vôo procedente da Alemanha, e sua posterior extradição ilegal e ignóbil para a Colômbia.

Ex-vereador da União Patriótica no município de Corinto, Estado de Valle Cauca, e um dos poucos sobreviventes do extermínio de mais de 5.000 militantes dessa organização, promovido nos anos noventa pelo estado terrorista colombiano, Perez foi obrigado a fugir das perseguições na Colômbia e se exilar na Suécia. Sua esposa foi seqüestrada pelos grupos paramilitares. Atualmente, Pérez é diretor do portal de notícias ANNCOL, especializado em informações alternativas sobre a luta do povo colombiano.
O PCB se soma à indignação generalizada de todas as forças progressistas do mundo em relação à detenção e à extradição arbitrárias, feitas de comum acordo com o serviço de inteligência colombiano (subordinado à CIA), violando todos os princípios democráticos, jurídicos e de respeito aos direitos humanos. Pérez tem cidadania e uma vida legal na Suécia, onde exerce o jornalismo.

A entrega à Colômbia de um cidadão procurado pelos serviços de inteligência desse país é uma verdadeira sentença de morte, dada a selvageria e brutalidade com que são tratados os prisioneiros políticos do estado colombiano, que se transformou, como Israel no Oriente Médio, em uma grande base militar do imperialismo norte-americano contra a América Latina.
É um erro grave Chávez imaginar que, cedendo a pressões, diminuirá a oposição que lhe movem a burguesia venezuelana e o imperialismo. Pelo contrário: quanto mais cede, mais lhe farão novas exigências. Só vai agradar o capital se puser fim à revolução bolivariana. E mesmo assim não será perdoado, mas humilhado. O exemplo da Líbia mostra que não basta fazer concessões.

Além disso, há uma questão de princípio. Mais do que um erro, trata-se de uma traição. Como um governo que se diz revolucionário pode entregar um militante de esquerda às forças mais reacionárias da América Latina, sabendo que seu destino será a tortura ou mesmo a morte nas sinistras prisões colombianas? Como um governante que se diz revolucionário pode colaborar com os serviços secretos colombianos e norte-americanos?

E esta não é a primeira concessão de Chávez nesta questão de princípio. Primeiro, extraditou para os cárceres espanhóis militantes bascos refugiados na Venezuela. Depois, repatriou para a Colômbia militantes das FARC e do ELN.

O PCB – com a autoridade de ter apoiado com independência política, até agora, o governo Chávez e, principalmente, o processo de mudanças na Venezuela - faz um chamado a todas as forças progressistas, às organizações sociais e da juventude, às organizações populares e aos defensores dos direitos humanos em nosso continente e ao povo venezuelano, em particular, no sentido de expressarmos firme repúdio à detenção e extradição do companheiro Joaquim Pérez Becerra.

A estas torpes decisões de entregar militantes a seus verdugos, soma-se agora uma obscura negociação em curso em Caracas, envolvendo Chávez, Manoel Zelaya, o ditador hondurenho (Porfírio Lobo) e o presidente da Colômbia (Santos), com o objetivo de legitimar o golpe de estado em Honduras, com o reconhecimento do governo de fato por parte da OEA, em troca de algumas concessões no campo da democracia burguesa.

Trata-se claramente de uma inflexão do governo Chávez à direita, rendendo-se aos setores corruptos e anticomunistas e aos novos burgueses que o cercam e, sobretudo, ao capital e ao imperialismo. O destino da chamada revolução bolivariana está agora nas mãos do povo venezuelano, sobretudo dos trabalhadores e do proletariado em geral.

Fica aqui nossa solidariedade militante aos povos venezuelano e colombiano, às suas organizações revolucionárias e, nomeadamente, ao Movimento Continental Bolivariano (MCB) e à Agência de Notícias ANNCOL, que continuarão contando com o nosso Partido na luta emancipatória de todos os oprimidos da América Latina.

Toda solidariedade aos que lutam!
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Direita volver?

A entrega de militantes de esquerda pelo governo venezuelano à repressão colombiana
nos traz grande apreensão. Se tais militantes violaram as leis venezuelanas deveriam ser punidos ali e
não entregues dessa forma.
A desconfiança quanto ao processo é o que nos chega primeiro. E depois? 

terça-feira, 26 de abril de 2011


Joaquín Pérez Becerra foi entregue a Santos pelo governo bolivariano

2011-04-25-abpnoticias-

O jornalista Joaquín Pérez foi trasladado à cidade de Bogotá, hoje 25 de abril nas horas da tarde. O governo convocou os meios informativos ao aeroporto de Maiquetia, mas posteriormente informou que todo o processo tinha sido congelado. Porém, dita informação era falsa e enquanto enviavam a Joaquim para Colômbia, Chávez anunciava o aumento do salário mínimo.

O exmilitante da União Patriótica chegou à capital granadina mais ou menos às 17h30; foi levado para as instalações da DIJAN na Avenida Caracas com Sexta, onde até o momento não tem siso posto em contato com advogado algum.

A entrega de Pérez não correspondeu desde o ponto de vista legal a uma deportação, muito menos a uma extradição. Seu processo foi, como indicou o advogado venezuelano Hugo Martínez, completamente anômalo: a detenção, pela interpol em território venezuelano; a reclusão no SEBIN; a incomunicação total; o desconhecimento do recurso de habeas corpus interposto por advogados venezuelanos; as longas horas sem alimento, etc...

Em poucas palavras, diz Martínez: "ao cidadão sueco Joaquin Pérez, Venezuela lhe violou o devido processo"

O caso de Pérez se constitui para o processo revolucionário da Venezuela em um importante ponto de inflexão no referente à confiança dos revolucionários não só da Venezuela na liderança do comandante. Prova disso são os inúmeros comunicados solicitando-lhe abster-se de entregar um militante de esquerda e a cumprida lista de assinaturas que ainda segue em aumento, entre as quais se encontram as de importantes personalidades da Nossa América.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meritocracia, fraudes & nota zero !

Entrevista com Diane Ravitch  - 16 de março de 2011

http://rudaricci.blogspot.com/2011/03/entrevista-com-diane-ravitch.html

Do Estadão:

A revisão de conceitos de Diane Ravitch foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos.


Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?

Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.

Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?

O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria ? e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas.


Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?

Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste.


Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados?

Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho.

E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores?

Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades.

Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação?

As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação.

O que se pode aprender da reforma educacional americana?

A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los.

Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos?

A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação.


Ela é autora de: The Death and Life of the Great American School System: How Testing and Choice Are Undermining Education (2010).


A Morte ea Vida da American School System Great: How Teste e escolha estão a minar a Educação (2010)



sábado, 23 de abril de 2011


Reflexões de Fidel Castro: Os debates do Congresso

O comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, comenta os trabalhos do 6º Congresso do Partido Comunista Cubano, iniciado no último sábado (16). Fidel enaltece a nova geração de comunistas cubanos e assinala sua responsabilidade: "É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo".


Escutei neste domingo, às 10 da manhã, os debates dos delegados ao 6º Congresso do Partido.

Eram tantas as Comissões que, como é lógico, não pude escutar todos os que falaram.

Eles estavam reunidos em cinco Comissões para discutir numerosos temas. Eu também aproveitava os intervalos para respirar com calma e consumir algum energético de origem agrícola. Eles seguramente o faziam com mais apetite por seu trabalho e sua idade.

Assombrava-me a preparação desta nova geração, com tão elevado nível cultural, tão diferente da que se alfabetizava precisamente em 1961, quando os aviões ianques de bombardeio, em mãos mercenárias, atacavam a Pátria. A maior parte dos delegados ao Congresso do Partido era criança ou não tinha nascido.

Não me importava tanto o que diziam, mas a forma como diziam. Estavam tão preparados e era tão rico seu vocabulário, que eu quase não os entendia. Discutiam cada palavra, e até a presença ou a ausência de uma vírgula no parágrafo em debate.

Sua tarefa ainda é mais difícil que a assumida por nossa geração quando se proclamou o socialismo em Cuba, a 90 milhas dos Estados Unidos.

Por isso, persistir nos princípios revolucionários é, a meu juízo, o principal legado que podemos deixar-lhes. Não há margem para o erro neste instante da história humana. Ninguém deve desconhecer essa realidade.

A direção do Partido deve ser a soma dos melhores talentos políticos de nosso povo, capaz de enfrentar a política do império que põe em perigo a espécie humana e gera bandidos como os da Otan, capazes de lançar em apenas 29 dias, desde o inglório “Odisseia do Amanhecer”, mais de 4 mil missões de bombardeio sobre uma nação da África.

É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo. Sem dúvida, constitui um difícil desafio, na época bárbara das sociedades de consumo, superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano.

A nova geração está chamada a retificar e mudar sem vacilação tudo o que deve ser retificado e mudado, e seguir demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e levar a cabo a Revolução dos humildes, pelos humildes e para os humildes, e defendê-la durante meio século da mais poderosa potência de todos os tempos.

Fidel Castro Ruz
17 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Líbia: Povo armado /x/ OTAN e mercenários.

Líbia arma civis para combater possível ataque terrestre da Otan
quinta-feira, 21 de abril de 2011 12:22 BRT

[-] Texto [+]

TRÍPOLI (Reuters) - As autoridades da Líbia estão armando civis para combater um possível ataque terrestre das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira.
"Muitas cidades têm se organizado em pelotões para combater qualquer possível invasão da Otan", disse Mussa Ibrahim a jornalistas, dizendo que "toda a população" está recebendo rifles e armas leves.
"Se a Otan vier a Misrata ou a qualquer cidade líbia, nós soltaremos o inferno sobre a Otan. Nós seremos uma bola de fogo ... Nós faremos 10 vezes pior que o Iraque."
Os comentários vêm um dia depois que a França prometeu aos rebeldes líbios que vai intensificar os ataques aéreos sobre as forças do líder Muammar Gaddafi e enviar militares para ajudar os insurgentes.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy -- que tem liderado a intervenção sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) -- não disse como as forças da Otan vão superar o impasse após os Estados Unidos e vários aliados europeus terem negado a se juntar aos ataques terrestres.
Ibrahim disse: "Nós estamos armando toda a população, não para combater os rebeldes ... O que nós estamos combatendo é a Otan e se a Otan pensa em vir por terra para ocupar qualquer cidade na Líbia, eles não serão confrontados pelo Exército líbio, mas serão confrontados pelas tribos líbias, jovens líbios, homens e mulheres."
Ele disse que as forças do governo controlam 80 por cento da cidade de Misrata, no oeste do país -- onde insurgentes e residentes dizem estar enfrentando bombardeios diários por tropas pró-Gaddafi.
Os rebeldes controlam apenas o porto e a área ao redor, acrescentou Ibrahim. "Nosso problema em Misrata não é o balanço de poder, porque ... todas as tribos em Misrata e fora de Misrata declararam que estão com o governo legítimo deste país", disse ele.
"Todas as tribos e cidades em torno de Misrata estão fortemente armadas. Eu estou falando de homens e mulheres normais."
(Reportagem de Lin Noueihed)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Astronomia & Astronáutica / Campos-RJ

Programação

No dia 20 de abril às 20:00h será realizada uma sessão de Gala no Teatro Minicipal Trianon com a apresentação da Escola do Balé Bolshoi.

No dia 21 de abril às 9:00h será realizada no teatro Municipal Trianon a cerimônia de abertura do 4o Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica.

21 de Abril
Local: Teatro Municipal Trianon
9:00h – Abertura –
9:30h – Celebração dos 50 anos do Voo do Cosmonauta Yuri Gagarin – Apresentação dos Cosmonautas Russos Pavel Vinogradov e Oleg Kotov
12:00h – Intervalo para o almoço
14:00h – “The Race to the Moon” – Astronauta da Missão Apollo 16 Charles Moss Duke
15:15h – “Astronomers without Borders” – Mike Simmons (presidente e fundador da AWB)
15:30h – Intervalo
15:45h – Memórias da Astronomia com o Astrônomo  Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
16:20h – “5 anos da Missão Centenário” – Cosmonauta Brasileiro Marcos César Pontes
17:30h – Lançamento do livro do Cosmonauta Marcos Pontes “Missão Cumprida: A História Completa da Primeira Missão Espacial Brasileira”
20:30h – Encontros, Atividade Cultural e Observação do Céu

22 de Abril
Local: Campus Campos-Centro do Instituto Federal Fluminense
9:00h ––  “15 anos do Clube de Astronomia Louis Cruls e os Astrônomos sem Fronteiras e o Programa UNAWE no Brasil” - Marcelo de Oliveira Souza (CALC/IFF e UENF)
9:15h – “Nano Satélites no IFF” – Cedric Salotto (IFF)
9:30h - Avances y Alianzas del Programa CIDA-UNAWE-GTTP en Venezuela” – Enrique Torres (Coordinador Astronómico de Divulgación – CIDA e Coordinador del Programa UNAWE-Venezuela)

10:15h – “A Astronomía em Uruguai: Cem anos de Astronomía na curricula de Ensino Medio e a formação de licenciados” – Julio Daniel Blanco Zárate (Professor de Astronomía do Instituto de Professores Artigas e Ambassador de GTTP en Uruguay)

11:00h – Intervalo e apresentação de painéis.
11:15h – “Por que o Espaço?” – José Bezerra Pessoa Filho (Instituto de Aeronáutica e do Espaço/ CTA)

12:00h – O Equinócio no Amapá -  Paulo de Tarso Gurgel (ABAV-AP) e Marilene Josete Silva de Oliveira (Secretaria de Estado do Turismo/ Amapá)
12:10h – “Through the Eyes of TWAN” – Babak Tafreshi (Founder and Leader of “The World at Night” Project and Science Journalist)
13:00h – Intervalo para almoço e para reflexão


16:00h – Lançamento do Foguete de Combustível Sólido FOG-500 – Oswaldo Loureda (ACRUX Aerospace Technologies) – Campus Campos-Guarus do IFF

16:30h – Mini-Cursos e Oficinas (Campus Campos-Centro e Campus Campos-Guarus do IFF)
- “Tips and Secrets in Astrophotography” - Babak Tafreshi (Founder and Leader of “The World at Night” Project and Science Journalist)
- “When Light Kills the Night - Light Pollution and Its Effects” – Michael Uberty (Astronomers without Borders – New York) and “Globe at Night, An International Citizen Science Campaign to Raise Public Awareness of Light Pollution” - Joan Chamberlin (Leader of Southern Gems Project from Citizen Sky)

- “NASA Night Sky Resources and Activities for Amateur Astronomers and Educators” – Joan Chamberlin (Leader of Southern Gems Project from Citizen Sky)

terça-feira, 19 de abril de 2011

PRIMEIROS MESES DO GOVERNO DILMA CONFIRMAM: UM GOVERNO A SERVIÇO DO CAPITAL

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imagemCrédito: PCB
Revoltas operárias nos canteiros do PAC indicam caminho da luta
Ricardo Costa – Comitê Central do PCB
Os primeiros meses do Governo Dilma só vêm demonstrar a correção da tática proposta pelo PCB no segundo turno das eleições presidenciais de 2010: após a derrota de Serra nas urnas, será preciso organizar e mobilizar os trabalhadores brasileiros para derrotar Dilma nas ruas.
Dilma adotou o lema “País rico é país sem miséria”, projetando a erradicação da miséria como principal meta de seu governo. Claro está tratar-se de mera peça de propaganda, já que a política econômica posta em prática, mantidas as bases traçadas por Lula, é a do franco favorecimento às atividades promovidas pelo agronegócio, grandes indústrias e bancos, visando à continuidade da política de integração da economia brasileira à ordem capital-imperialista mundial. Apesar de subalterna, tal integração se dá de forma complexa e dinâmica, com o país assumindo também o papel de exportador de capitais, ao menos no cenário da América Latina e de outras regiões periféricas ao centro do capitalismo. Sem a providencial ajuda do Estado brasileiro, principalmente através do BNDES, não seria possível alavancar o capitalismo nacional, cuja burguesia estreita cada vez mais seus laços com as empresas multinacionais.
A depender do que sinaliza Dilma em suas primeiras ações, a política voltada a atender prioritariamente as vontades e necessidades do Deus Mercado seguirá seu curso. A opção por um salário mínimo de R$ 545,00 (praticamente 0% de reajuste, em termos reais) revela uma vez mais a força do capital financeiro na definição dos rumos da economia brasileira. Sob os argumentos de combate ao “retorno da inflação” e ao desequilíbrio das contas públicas, a medida, associada ao anúncio do corte de R$ 50 bilhões no orçamento (atingindo, como sempre, as despesas com investimentos na área social) e o aumento das taxas de juros, busca jogar sobre as costas dos trabalhadores todo o peso dos efeitos advindos da ação sem controle do capital nacional e internacional.
Faltou dizer, por exemplo, que a mais recente alta dos preços foi provocada centralmente pela pressão do mercado mundial de produtos alimentícios, controlado por oligopólios transnacionais. O modelo agrário brasileiro, centrado na promoção do agronegócio, faz com que o Brasil seja um dos maiores importadores de agrotóxicos do mundo e totalmente dependente do mercado externo.
Ao contrário do que alguns articulistas de esquerda apregoaram, não há uma inversão da política desenvolvida antes por Lula, como se Dilma estivesse voltando a adotar “práticas neoliberais” que teriam sido abandonadas por Lula. Nem uma coisa nem outra. Lula deu continuidade à política macroeconômica da era FHC, aplicando apenas uma política compensatória mais agressiva. Dilma segue a cartilha de Lula, com a diferença de que porá o pé no freio em relação aos gastos sociais. Mas isto não é novidade alguma: Lula fez o mesmo em 2003, desacelerando o plano de crescimento, para fazer caixa e depois abrir o cofre nos últimos anos de seu mandato.
Se a economia brasileira cresceu a uma taxa recorde de 7,5% em 2010, conforme anunciado pelo IBGE, alçando o país ao posto de sétima economia do mundo, a desigualdade social aprofundou-se, como não podia deixar de ocorrer numa nação em que as relações capitalistas tornaram-se dominantes em todos os setores da vida econômica e social. Por conta disso, o Brasil ocupa hoje a 70ª posição no ranking mundial do IDH (Índice do Desenvolvimento Humano).
É fato que novos ataques virão sobre os direitos dos trabalhadores. O ministério de Dilma é quase uma repetição do gabinete de Lula, mantidas as disputas fisiológicas entre os partidos da base aliada, com destaque para as representações do PT e do PMDB e, secundariamente, as do PCdoB, PDT, PSB e PP. Não haverá mudanças, pois, em relação à tendência de privatização dos serviços públicos, como a Saúde, a Seguridade Social e a Educação. É revelador da primazia dos interesses de mercado sobre os interesses públicos a suspensão de concursos públicos para contratação de novos servidores e o adiamento da nomeação de 40 mil servidores já selecionados. Além disso, os cortes anunciados no orçamento atingem diretamente programas nas áreas do meio ambiente e da moradia, justamente quando as fortes chuvas de verão provocaram catástrofes de grandes proporções, matando centenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados em várias regiões do país, evidenciando a tragédia da ocupação irregular do solo, da falta de planejamento e total ausência de participação popular nas cidades.
No setor do petróleo, o eterno ministro Edison Lobão (do PMDB do Maranhão), capacho de Sarney, já anunciou a retomada dos leilões dos campos de petróleo e de áreas de exploração no pré-sal, mantendo a política de dilapidação dos recursos naturais brasileiros, no momento em o presidente Barack Obama dos Estados Unidos reafirma para o mundo a intenção de recuperar a primazia dos interesses do império estadunidense e de suas empresas no mercado global, dando provas desta intenção ao mandar bombardear a Líbia, precisamente quando estava em visita ao Brasil.
No âmbito da política externa, o governo Dilma é mais consequente que Lula na disposição em favorecer o processo de expansão do capitalismo monopolista brasileiro na América Latina, de que é sintomática a clara atitude de voltar a priorizar as relações com os EUA, em detrimento do intercâmbio privilegiado, também marcado por interesses dos grandes capitalistas brasileiros, com os governos da região mais preocupados em atender as demandas sociais internas. A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Antônio Cezar Peluso, não contestada por Dilma, da recusa em libertar Cesare Battisti após decisão de Lula pela não extradição do militante revolucionário italiano, demonstra com precisão a tendência mais conservadora deste governo. Este ainda preserva, sem nenhuma indicação de que tal política será alterada, a presença das tropas brasileiras no Haiti.
Crescem, portanto, os desafios da classe trabalhadora neste ano de 2011. O recrudescimento da crise internacional do capitalismo deverá encontrar no Brasil um governo não mais disposto a liberar crédito para aumentar o consumo (na verdade, uma política de endividamento crescente da população e de cooptação das camadas populares para a ilusória sensação de melhoria das condições de vida).
Os primeiros meses do governo Dilma foram também demonstrativos da crescente insatisfação de diversos grupos sociais. Manifestações de estudantes e de trabalhadores em protesto contra a elevação dos preços das passagens de ônibus em várias cidades do Brasil, nas quais a violência policial sempre se faz sentir, refletem a indignação da população urbana com os péssimos e cada vez mais caros serviços de transportes, controlados pelos cartéis e oligopólios dos transportes. Foruns populares em todo o país debatem a situação da saúde pública e organizam mobilizações contra o processo de privatização, iniciativas que se estendem à área da educação, envolvendo os sindicatos dos professores e as representações de alunos, pais e funcionários.
Trabalhadores da construção civil reagem às condições abjetas de superexploração e semiescravidão impostas pelas empreiteiras – empresas multinacionais, como a Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e outras – nas obras do PAC, o Plano de Aceleração do Capitalismo, um dos maiores programas de transferência de verbas públicas para as mãos do grande capital (são 21 obras com despesas previstas em mais de R$ 105,6 bilhões desde o início do programa, em 2008). Os trabalhadores vão à luta contra os salários de fome, o não pagamento de horas extras, as péssimas condições de trabalho e a repressão da parte dos seguranças e forças policiais locais, verdadeiros capangas armados a serviço dos capitalistas.
Mais de 80 mil trabalhadores já cruzaram os braços nas obras espalhadas pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país: Usina de Jirau (Rondônia), onde alojamentos, 50 ônibus, veículos e escritórios da empresa foram incendiados pela massa em revolta; Hidrelétrica de Santo Antônio (também no rio Madeira, em Rondônia); Hidrelétrica São Domingos (Mato Grosso do Sul), em que trabalhadores também tocaram fogo nos alojamentos; Complexo do Suape, reunindo a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica (Pernambuco), onde 30 mil operários entraram em greve; Termelétrica de Pecém (Ceará), com 6 mil trabalhadores parados; Ponte sobre o Rio Madeira (Rondônia), com 300 grevistas. Além disso, em diversas regiões, o Programa Minha Casa, Minha Vida sofre paralisações com cerca de sete mil operários da construção civil recusando-se a trabalhar nas condições impostas.
As centrais sindicais governistas foram chamadas a conter o ânimo dos trabalhadores, pois o medo do governo, tendo o Ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho à frente como mediador do conflito, é a explosão de revoltas espalhar-se pelo conjunto de obras do PAC, que empregam cerca de um milhão de operários. Manter aceso o rastilho de pólvora iniciado na Usina de Jirau pode significar uma crise sem precedentes para um governo que quer transformar o Brasil numa grande UPP e garantir a “paz social” necessária ao desenvolvimento pleno do capitalismo monopolista.
Para o PCB, é hora de dar um salto de qualidade na busca da unidade dos movimentos populares, das forças de esquerda e entidades representativas dos trabalhadores, no caminho da formação de um bloco proletário capaz de contrapor à hegemonia burguesa uma real alternativa de poder popular em nosso país. A criação de uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, com vistas à construção de um poderoso sistema de alianças capaz de dar vez e voz aos produtores da riqueza, é um dos caminhos para a luta contra os imperativos do capital e pela edificação da sociedade socialista em nosso país.

 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)
Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.
"De que vale a vida se quando a temos ela parece morta. A vida é para ser senirmos, para vibrar, para lutar, para combater. Isso justifica nossa passagem pela Terra." (Jaime Pardo Leal)



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Marinelly Herbández Orozco, Prisioneira de Guerra...,

...se declara em ruptura ante o Juiz Penal do Circuito Espacializado de Quibdó

Marinelly denuncia que como represália por ter ingressado nas FARC, ... o exército, em conturbemo com os paramilitares, assassinou seu pai.

Por Traspasa los Muros.

O passado 6 de abril de 2011, MARINELLY HERNÁNDEZ OROZCO, insurgente das FARC -EP e Prisioneira de Guerra do Estado Colombiano, foi conduzida pelo INPEC à audiência pública citada pelo Juiz Penal do Circuito Especializado de Quibdó, dentro do processo No. 2010002000.

MARINELLY, de 33 anos de idade, membro de uma família campesina humilde, da vereda Água Bonita do Município de São Rafael do Departamento (estado) de Antioquía, logo de ser apresentada em audiência manifestou ao juiz que se declarava em ruptura, por considerar a inexistência de garantias ao devido processo e, por desconhecer como autoridade o Estado colombiano, procedendo a entregar uma escrita, na qual sustentava sua declaração e, renunciou a qualquer tipo de defesa, manifestando textualmente: NÃO NECESSITO NENHUMA DEFESA, POIS NÃO COMETI DELITO ALGUM, ME DECLARO EM RUPTURA COM O ESTADO COLOMBIANO E SUAS LEIS ANTI-POPULARES E INJUSTAS, TENHO SIDO UMA LUTADORA DO POVO”.

Em sua narração escrita MARINELLY declarou que quando criança viveu em carne própria as continuas agressões e perseguições que o exército colombiano desatou contra seus pais e todos os camponeses de sua região pelo fato de serem militantes do Movimento Político União Patriótica e, na sua adolescência foi testemunha de muitos assassinatos de camponeses amigos, vizinhos e familiares, cujos corpos eram abandonados com sinais de tortura ou eram esquartejados.

Todo isso foi parte da guerra suja e psicológica feita para atemorizar e assustar os lutadores populares. Por acaso com todas essas coisas que aconteciam no meu dia após dia, pode uma criança ou um jovem acreditar num Estado ou em algum tipo de justiça?”Ela atribuiu esses crimes à Polícia, o Exército e aos paramilitares e, como exemplo mencionou o massacre no Rio Nare onde "o capitão Martínez com suas tropas assaltaram umas mineradoras nas que trabalhavam camponeses e, um dia antes, lançaram desde o ar boletins solicitando que fossem embora de seus lugares de trabalho. Mas, o dia seguinte chegaram com moto-serras e machados, amarraram os camponeses colocando-os em fileira e a cada um lhe deceparam os braços, as pernas e, de cada um deles recolhiam um só braço, uma só perna para jogar no rio ou nos buracos das mineradoras e, os outros eram deixados ai para os urubus."

A guerrilheira revelou que as ações e violações do Estado colombiano contra o Povo indicaram-lhe o caminho que devia seguir, pois caso contrário corria o risco de "terminar massacrada, torturada e por causa dessas torturas ficar reduzida a uma cadeira de rodas, que é a sorte corrida por muitos camponeses, sem ter nada relacionado com o conflito, ou ter que fugir para a cidade deixando para atrás a roça"

Para evitar isso, à idade de 14 anos e com todo o visto e ouvido e entendendo que "a vida não é respeitada e que só existe o símbolo da vida" ingressou nas FARC, considerando que era a única alternativa para preservar a vida, lutar por ela e reclamar nossos direitos"

Em seu relato MARINELLY denuncia que como represália por ter ingressado nas FARC, o exército em conturbemo com os paramilitares assassinaram seu pai no ano 2.000..."o meu único irmão, também adolescente, teve que fugir, sem poder sequer sepultar o nosso querido pai...Ele se chamava HÉCTOR ALONSO HERNÁNDEZ. o exército junto com os paramilitares penduraram meu pai vivo de suas mãos como se fosse carne de açougue logo esfaquearam seu estômago e tudo sue corpo, depois cortaram seus lábios e, por último recebeu o tiro de graça na cabeça. Segundo medicina legal ou quem realizou o levantamento do cadáver, meu pai foi torturado vivo. Tinha 70 anos de idade. Como é possível que façam isso com um idoso? Acaso por eu ser revolucionária? Esse é o preço a pagar? Então, o que diríamos de todos os senadores julgados por parapolítica? Que todas suas famílias deveriam estar na cadeia ou deveriam ser torturadas e submetidas a vexames contra a humanidade? Cobardes os torturadores e assassinos de camponeses indefensos"

Já tinha 16 anos nas FARC, quando MAEINELLY foi presa. Disse que lhe atribuem inúmeros delitos dos quais não é responsável. Apesar de ter sido capturada em condição de rebelde foi submetida a três juízos, condenada em dos deles e processada atualmente pelos delitos de rebelião, terrorismo, homicídio, entre outros, segundo sua escrita "se repetindo a mesma doses que nos anteriores juízos para justificar uma nova condenação que legitime a cadeia perpetua de fato que se acostuma impor às prisioneiras e prisioneiros políticos na Colômbia".

Não se surpreende que a mulheres como ela as chamem a juízo por terroristas, enquanto que "o acionar terrorista tem sido a bandeira dos governos durante os dois últimos séculos, mas, que nos últimos anos têm passado da ação encoberta à ação escancarada do exército colombiano que com uma atitude real de terror muda como o camaleão, não de cor mas de tática aproveitando a calada da noite para agir com facões e moto-serras para assassinar camponeses e, depois no dia seguinte de novo aparecem de farda como o 'glorioso exército da Colômbia....Denunciou juízes e procuradores cúmplices que perseguem com as leis a campesinos em massa pelo único delito de viver em regiões de alta influência do conflito armado....Como não chamar de TERRORISTA um Estado que castiga com fome e esquecimento seu povo e que produto disso morre grande quantidade de crianças em todo o país", salienta a prisioneira política.

Logo de mencionar os altos níveis de pobreza e de desigualdade existentes na Colômbia e as prioridades dos governos em relação com a guerra mediante práticas de lesa humanidade como as 3.000 execuções extra-judiciais ocorridas durante o período presidencial de Álvaro Uribe Vélez, o despojo da terras dos campesinos e sua acumulação em poucas mãos, como a principal causa do empobrecimento dos trinta milhões dos quarenta e dois milhões oitocentos oitenta e oito mil habitantes que "segundo as cifras oficiais" tem Colômbia, MARINWLLY afirma que "é impossível achar uma solução para os profundos problemas econômicos, políticos e sociais do país se continuarmos sob a tirania de um regime que persista nas políticas que empobrecem mais e mais à maioria da população...o povo colombiano está sendo governado por bandidos que desde as diversas instâncias administrativas praticam crimes de lesa humanidade para se perpetuar no poder."

É assim como ela assinala que nos processos políticos contra as revolucionárias e os revolucionários na Colômbia, se aplica uma "justiça de vingança privada com o uso das figuras públicas por parte da classe dominante" que impõe altas condenas que ceifam a liberdade, citando o guerrilheiro JACOBO ARENAS, que segundo a fonte, disse: na Colômbia há dois poderes, um é o poder formal, como quem diz, o poder que se nos apresenta em umas determinadas formas como os chamados poder executivo, o poder legislativo e o poder judicial; esse é o poder formal que nada decide porque nas condições de hoje é, digamos assim, algo decorativo, submetido ao verdadeiro poder real"

Por fim, a prisioneira de guerra deixa claro que para ela o aparato da justiça no conflito colombiano é uma arma do governo. Por isso rechaça os supostos benefícios ou pactos que lhe oferecem, afirmando: "assumo todos os processos aos quais estou sendo submetida, incluindo o presente. Não aspiro a receber um trato benévolo, conheço a política de cadeia perpetua fixada para as e os prisioneiros políticos. Façam o que tenham para fazer. Não me interessa porque a história me absolverá e a justiça revolucionária condenará a quem como vocês tem-se colocado contra o povo. Senhor juiz, você não tem autoridade moral para me julgar, nem você, senhor procurador para me acusar. Estão equivocados aqueles que pensam que vou renegar de minha Organização e de meu Partido, pois apesar de ter sido condenada a 40 anos de prisão, me ratifico como ORGULHOSA FARIANA E NA BUSCA DO HOMEM NOVO E A MULHER NOVA! capazes de gerar as transformações que garantam o desenvolvimento de uma vida digna em todos os campos da produção, desenvolvimento que o atual sistema capitalista nunca fará,, pois no meu sentir, seus fins são contrários ao melhor estar do povo, razão pela qual luto contra esse sistema ...

Desconheço o Estado capitalista que me julga e me mantém na prisão. Só reconheço para meu juízo os Documentos das FARC, por ser a única instituição que respeito e pela qual chegaria, sem dúvida, ao sacrifício. Da mesma forma, o Estado que respeito, amo e reconheço é o ESTADO MAIOR CENTRAL DAS FARC-EP e seu Secretariado, arvorando a espada e o pensamento de nosso Libertador Simón Bolívar , nosso pai espiritual, pela definitiva independência e a construção da Pátria Grande e o Socialismo"

Na sua escrita MARINELLY HERNÁNDEZ OROZCO, pediu ao Juiz não requeri-la para futuras audiências nem nomear-lhe advogado para sua defesa, pois como iniciamos este artigo, considera não ter nada de que se defender por não ser responsável de delito algum.

Entretanto, desde a Reclusão de Mulheres de Medellín, MARINELLY espera o desenvolvimento do conflito colombiano, "com cabeça e a moral revolucionária em alta" insistindo em citar a seu Camarada Jorge Briceño, onde diz: "Nas FARC não temos alma de traidores, mas de patriotas e revolucionários. Temos lutado e continuaremos nisso com valor, entrega e sacrifício até derrotar esse regime podre das oligarquias e construir outra ordem social

Esse é o caso mais significativo de ruptura que durante a última década tem-se apresentado, pois representa a milhares de homens e mulheres que em seus anos de maior grau de produtividade são submetidos a cadeia perpetua, ficando para elas e eles como única esperança alcançar sua liberdade mediante a saída política ao conflito ou uma eventual Troca Humanitária de prisioneiros em poder das duas partes em conflito.

Abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

Ofensiva da direita: Militares querem censurar novela sobre a ditadura

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imagemCrédito: Diário Liberdade
PCO - A novela "Amor e Revolução" corre o risco de ser tirada do ar caso o Ministério Público aceite o pedido dos militares que promovem um abaixo assinado para censurá-la.
Após uma semana de exibição, a novela do SBT "Amor e Revolução" corre o risco de sair do ar. Militares começaram um abaixo-assinado através do site militar.com.br e pretendem encaminhá-lo ao Ministério Público para que este censure a novela. A iniciativa dos militares tem como objetivo tirar a novela do ar. O pretexto da censura seria porque na visão dos militares a novela que retrata o romance de uma militante de esquerda e um militar denegriria a imagem das Forças Armadas por mostrar que houve tortura durante a ditadura.
Tirar uma novela do ar é um grande ataque a liberdade de expressão e de crítica. Segundo este setor que deu um golpe de Estado patrocinado pelo imperialismo se determinada obra ou idéia não os agradam, eles teriam o direito de simplesmente proibir sua divulgação. Neste sentido, a própria existência do abaixo assinado, independente deste conseguir ou não censurar a novela, mostra os planos que os militares e a direita tem para o país caso seus interesses estejam ameaçados.
A intenção dos militares pode ser observada em trechos do texto usado no baixo-assinado: "As Forças Armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que tal novela seja exibida, pelos motivos óbvios abaixo declarados. Convém salientar que as Forças Armadas já se manifestaram negativamente a respeito da novela Amor e Revolução". E ainda completam: "Sendo assim, o efetivo da Forças Armadas, tanto da ativa como inativos e pensionistas, vêm respeitosamente através desse abaixo-assinado, como um instrumento democrático, solicitar do digno Ministério Público Federal, representado acima, providências em defesa da normalidade constitucional, vista o cumprimento da lei de anistia existente, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Nestes termos pede deferimento em caráter urgentíssimo".
Neste momento, há um debate sobre uma possível abertura dos arquivos da ditadura. Desde 2009, o governo aprovou a formação da Comissão da Verdade, responsável por investigar os crimes dos militares durante a ditadura, como a tortura e assassinato de opositores.
Mesmo com o governo federal tendo declarado que não pretende punir nenhum militar que torturou e assassinou na época da ditadura (a maioria ainda está vivo), a cúpula das Forças Armadas se mantém contrária a qualquer tipo de investigação.
Da mesma forma, os militares quererem censurar qualquer tipo de crítica à ditadura, por mais moderada que esta crítica possa ser.
É preciso denunciar esta política dos militares, pois se ela for vitoriosa pode abrir um precedente para que qualquer crítica à ditadura militar. Esta iniciativa é parte de uma ofensiva geral de toda a direita e quem tem como objetivo acabar com os direitos democráticos da população.
Fonte: http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=14469

Vídeos sobre a novela:
SBT -- Amor e Revolução - Jarbas

Festival de cinema na India

Filme espanhol abrirá festival de curtas na Índia PDF Imprimir E-Mail
domingo, 17 de abril de 2011
17 de abril de 2011, 07:20Nova Déli, 17 abr (Prensa Latina)
O filme espanhol Porque há coisas que nunca se esquecem, do realizador Lucas Figueroa, abrirá o Festival Internacional de Curtas-metragens de Guwahati, nordeste da Índia, em 2 de maio próximo, anunciou hoje aqui a imprensa local.

  De acordo com a agência estatal PTI, além da obra espanhola, no evento de dois dias se exibirão outras 200 filmes procedentes da Itália, o Reino Unido, Holanda, Estados Unidos, Austrália e do país anfitrião. A seção Caleidoscópio Mundial estará dedicada a mostrar curtas-metragens premiados no festival de cinema de Cannes.

Terá também uma apresentação especial da famosa antologia Kerala Cafe em malayalam, o idioma que se fala nessa região do sul da Índia onde se desenvolve o filme.

lac/nm/bj
 

FPLP lamenta a mártir Vittorio Arrigoni e apela para a justiça e responsabilidade

farewellvittorio.jpg
A Frente Popular para a Libertação da Palestina denuncia veementemente o assassinato criminoso de solidariedade militante italiano Vittorio Arrigoni em Gaza, e oferece suas mais profundas condolências à família do mártir, o povo italiano, o movimento global de solidariedade com o povo palestino, e todos os que se importam com a justiça.
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