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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

TJ suspende andamento de ações que pedem correção do FGTS

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


diap.org.br
O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu suspender o andamento de todas as ações relativas à correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A decisão foi publicada na quarta-feira  (26).
Segundo o processo, estima-se 50 mil processos sobre o tema em todo o país. As ações questionam a correção das contas pela Taxa Referencial (TR) e pedem a aplicação de índices inflacionários.
Conforme a decisão do STJ, ficam paralisados todos os processos individuais e coletivos que tenham sido protocolados em quaisquer instâncias da Justiça Federal ou da Justiça nos estados até que a primeira seção do STJ julgue um recurso que chegou ao tribunal e que foi considerado de "controvérsia repetitiva".
O ministro Benedito Gonçalves afirmou que a suspensão do andamento das ações visa a evitar "insegurança jurídica" em relação ao tema, já que os processos estão em diversos tribunais.
O recurso que será julgado pelo STJ será agora avaliado pelo Ministério Público Federal, que terá 15 dias para dar um parecer. Depois, o relator levará o caso para julgamento da primeira seção, que reúne dez ministros do STJ que tratam de direito público.
A turma colegiada do tribunal superior irá analisar se as contas do FGTS devem ser corrigidas pela inflação, em vez da TR, como reivindicam os autores das ações. Mesmo se os ministros do STJ vierem a considerar ilegais os reajustes pela Taxa Referencial, ainda caberá à Caixa recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), que dará a última palavra sobre o tema. A decisão do STF terá de ser observada pelas demais instâncias do Judiciário.
Na terça, a Justiça Federal de São Paulo havia atendido a pedido de trabalhador que entrou com ação contra a Caixa Econômica Federal, solicitando que os depósitos do FGTS fossem corrigidos pela inflação, e não pela TR. O juiz federal Djalma Moreira Gomes, titular da 25ª Vara Federal, determinou que os depósitos do FGTS da conta de Douglas de Souza Augusto sejam corrigidos desde 1999 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Decisões semelhantes para ações individuais já ocorreram em outros estados. Está em análise na Justiça Federal no Rio Grande do Sul uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União (DPU), com alcance para todo o país, que pede que a correção monetária do FGTS seja feita pelo índice “que melhor reflita a inflação a partir de janeiro de 1999”. Todas essas ações, agora, ficam paralisadas.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

$ & $ /Por que caem as taxas de juro das obrigações do tesouro?

Por que caem as taxas de juro das obrigações do tesouro? [1]

por Manuel Brotas
. Em traços largos, como pode ser comprovado na figura 1, as taxas de juro implícitas (as yields, as rendibilidades) das obrigações do tesouro portuguesas a dez anos, nos mercados secundários da dívida, estão em queda desde o final de janeiro de 2012. Numa análise um pouco mais fina, sem prejudicar essa apreciação global, poderia ressalvar-se um período de menos de quatro meses de crescimento oscilante e relativamente diminuto em 2013, mas desde meados de setembro o declínio, menos acentuado mas com menos irregularidades, basicamente prosseguiu.

Importa realçar que este expressivo declínio se iniciou quase seis meses antes do presidente do banco central europeu, Mario Draghi, ter declarado em Londres, no final de julho de 2012, que a sua instituição faria tudo o que fosse necessário para preservar o euro. E mais ainda antes do anúncio, em setembro do mesmo ano, do enquadramento do programa do BCE de compra ilimitada, sob estrita condicionalidade, de dívida pública dos países do euro nos mercados secundários ( OMT, da sigla inglesa), nunca efetivado.

Na verdade, com outras durações e outros ritmos, o mesmo se passou com os títulos de dívida pública de longo prazo de outros países do euro em dificuldades, como a Grécia, a Irlanda e mesmo, apesar de com bastante menos antecedência, a Espanha. Mas é preciso ir mais longe: a descida das taxas de juro, novamente a traços largos, era já um fenómeno largamente generalizado, na Europa e no mundo. Tal deveria dar que pensar àqueles que sobrevalorizam a influência, contudo nada negligenciável, das declarações e dos anúncios do presidente do banco central europeu. Já para não falar da incrível patetice de atribuir méritos ao governo português.

A explicação mais aprofundada do declínio das taxas de juro das obrigações nos mercados secundários da dívida soberana, com destaque evidentemente para as gregas, tem essencialmente dois lados e, embora de desigual importância, a explicação fica incompleta sem mencionar ambos. É da conjugação dos dois que se produz o fenómeno. E quando nos referimos ao fenómeno, referimo-lo do ponto de vista estrutural, não das conjunturas diárias, sensíveis às contingências dos percalços de saúde do Obama ou da Merkel ou dos humores do Draghi ou da Yellen (até há pouco, do Bernanke) nas conferências de imprensa do BCE ou da Reserva Federal.

Estruturalmente, o fator mais importante é a crise de sobreacumulação do capital, verdadeiro pano de fundo sem o qual não é possível compreender grande coisa do tempo que vivemos, originada pelo declínio, irregular mas tendencial, da taxa geral de lucro. Claro que é possível referir-se às suas grandes implicações sem entrar em discussões mais aprofundadas quanto às causas, nem sempre possível ou oportuna. Basta então salientar a insuficiência de crescimento, a estagnação, a recessão ou mesmo a depressão. Este é o primeiro aspeto, que dá o cenário de fundo, que tendem a esquecer, a desvalorizar, a menosprezar ou a ocultar a generalidade dos economistas e dos comentadores da ideologia e do mediatismo dominantes.

O outro fator, também determinante de um ponto de vista estrutural, e conjunturalmente mesmo decisivo, é a enorme massa de liquidez atual, que busca naturalmente aplicações mais rentáveis. É aqui que a "caixa-de-ferramentas" dos bancos centrais, e não apenas do BCE, não é, de maneira nenhuma, desprezável, nomeadamente com as políticas expansionistas que incrementam substancialmente a criação e a oferta monetárias. Este segundo aspeto, da gigantesca criação e da massa de dinheiro presentes na economia mundial, atuando no pano de fundo da depressão económica (ou da estagnação económica europeia e da insuficiência de crescimento mundial), torna-se decisivo para que mais capitais se arrisquem na compra de ativos financeiros menos seguros. Há sempre uma grande dispersão na predisposição para o risco nos investimentos, mas como o volume de capitais circulando fora ou simplesmente afastados do investimento produtivo tem aumentado substancialmente, para o que contribuem deveras as tais políticas expansionistas dos bancos centrais (numa tentativa, mais ou menos aberta e mais ou menos infrutífera, de sustentar a economia e o emprego), aumenta também a quantidade dos que são investidos em ativos bastante mais arriscados, ainda que eventualmente mais lucrativos.

Resumindo, antes de precisar melhor. É necessário referir os dois lados. A estagnação ou depressão económica (causada pelo declínio tendencial da taxa de lucro e a crise de sobreacumulação de capital) e a elevada e crescente massa de liquidez vigente na economia mundial. Porque é da combinação dos dois que estruturalmente resulta o aumento da procura de ativos financeiros – uma "inflação financeira" que pode transformar-se em bolha especulativa –, com o consequente aumento do preço desse ativos. O que se traduz, no caso do mercado secundário dos títulos de dívida pública, numa diminuição das taxas de juro implícitas: o mesmo rendimento para um ativo mais caro. É o que temos assistido nos mercados.

Claro que, sobre isto, atuam os inúmeros fatores conjunturais, nomeadamente da política nacional, e, muito especialmente, a influência dos sentimentos, das perceções públicas e das expetativas veiculadas pela comunicação social. A combinação peculiar mas singularmente favorável de uma estagnação de fundo inundada de liquidez com a expetativa de uma ligeira retoma (que melhor seria apresentada como uma pausa, possivelmente prolongada, na recessão) contribui poderosamente para uma diminuição da perceção do risco de aquisição dos títulos de dívida pública dos estados mais problemáticos da periferia europeia – insolventes, porque não se deteve a dinâmica de insolvência, que obrigará necessariamente a uma reestruturação da dívida –, como a Grécia ou Portugal. Mas livrem-nos a nós de andar a seguir ao dia as cotações das obrigações do tesouro; essa ansiedade que fique para Passos Coelho, Portas e Cia.

Não vale a pena perder tempo com o nervosismo diário das curvas dos mercados e seria aventureirismo fazer aqui previsões, num sistema que para além do mais é intrinsicamente turbulento, mas é claro que, talvez com vários acidentes e significativas variações de ritmo, o prosseguimento da queda das taxas de juros é, nestas condições, uma possibilidade que não pode ser minimamente descartada. Incógnita ainda maior é o inevitável limite dessa descida.

Um parêntesis para destacar uma implicação fundamental.

A dívida pública portuguesa anda próxima dos 130% do PIB (129,0% no final de 2013), as taxas de juro das obrigações a dez anos próxima dos 5% (4,85%, no fecho de 25 de fevereiro). No começo de 2012, a dívida pública estava a 108,3% e as taxas de juro das OT a 10 anos a 13,54%. Ou seja, no espaço de pouco mais de dois anos, a dívida pública variou (aumentou) cerca de um quinto, mas as taxas de juro variaram (diminuíram) perto de dois terços. A taxa de juro das obrigações do tesouro pode diminuir para metade ou aumentar para o dobro, com relativa facilidade, em meses (em situações mais excecionais, em dias); a dívida pública, para suceder o mesmo, precisaria de muitos anos (ou décadas). Tirando os exageros, pretende-se chamar a atenção de que, em termos comparativos, enquanto a dívida pública varia lentamente, os respetivos juros variam rapidamente. O elemento ágil, o elemento dinâmico no curto prazo, são os juros.

Estruturalmente, no longo prazo, a dívida é impagável, insustentável. Mas conjunturalmente, no curto e médio prazo, a dívida pode indo ser cumprida, suportável. No curto prazo, os juros da dívida são decisivos. O enorme peso da dívida, a sua trajetória, a sua dinâmica, criaram um lastro que torna insustentável o pagamento e condiciona gravosamente, permanentemente, estruturalmente, a intervenção pública e a vida económica nacional. Mas, sobre esse pano de fundo, em cada conjuntura, o elemento que pode despoletar os problemas de liquidez, a insolvência, a bancarrota, ou o incumprimento, a reestruturação, as negociações, os empréstimos externos sob condicionalidade, a intervenção estrangeira, são os juros.

Para uma mesma dívida pública, que à escala da variação dos juros varia tão lentamente que pode ser tomada como constante, uma taxa de juro do dobro ou metade daria o dobro ou metade de juros a pagar. Está-se a simplificar, porque as dívidas têm maturidades, taxas de juro e condições de pagamento muito diversas, mas novamente para chamar a atenção de que se estruturalmente o fator determinante é o tremendo peso da dívida, conjunturalmente, e é sempre dentro de uma conjuntura que nos movemos e atuamos, dada essa situação estrutural, o fator decisivo são os juros.

É por isso que, sempre que o nível dos juros da dívida pública de longo prazo baixa, como tem sucedido, nos mercados, a clique governamental respira de alívio, enche-se de jactância, levanta a grimpa e fala de alto sobre o abandono da troika. O contrário quando sobem. Tudo isso os ultrapassa, em nada ou quase nada depende deles, mas tiveram a sorte de às dificuldades estruturais do capitalismo europeu e mundial e à intervenção desesperada dos grandes poderes monetários internacionais para lhes dar resposta se ter associado um arremedo de retoma interesseiramente traduzida em expetativas largamente ilusórias pelos grandes poderes mediáticos. Resultado: as taxas de juros da dívida aterram, pelo menos não levantam voo. A conjuntura é esta e é com esta que provavelmente vamos viver nos próximos tempos, o que não deixará de ter reflexos e deverá ser levado em conta na intervenção eleitoral das próximas europeias, por parte das forças políticas e sociais que querem romper com esta Europa dos monopólios e do capital acumulado à custa da fome e do empobrecimento dos povos.

Fechado o parêntesis, retomemos.

Figura 2. Um bom indício da importância que têm as políticas dos bancos centrais na oferta de liquidez internacional é a sensibilidade das taxas de juro às expetativas quanto às alterações dessas políticas, como por exemplo da eventual diminuição progressiva (do tapering ) da flexibilização quantitativa (do quantitative easing ), a política monetária inconvencional seguida atualmente pela reserva federal estadunidense.

Mas em que medida é que se pode falar de aumento de liquidez, de criação monetária, de políticas expansionistas, sobretudo quando a política europeia, entenda-se da zona euro (excluindo, desde logo e muito significativamente, a Inglaterra), nem sempre parece afinar por esse diapasão?

Como se pode constatar na figura 2 , a base monetária monetária mundial (isto é, da oferta de dinheiro no sentido mais restrito, de notas e moedas em circulação ou nos cofres-fortes dos bancos mais as reservas depositadas nos bancos centrais) tem crescido ao longo das últimas duas décadas. A grande queda na zona euro, ao longo de 2013 (mas que apenas anulou a grande subida, acima da tendência, que a precedeu, em contraste com o incremento no Reino Unido), não altera esta realidade global . A este propósito convém assinalar que os mercados financeiros, para os chamados investidores institucionais (bancos, seguradoras, fundos de pensões, fundos de risco, fundos e sociedades de investimento), funciona globalmente, como aliás pode ser modestamente apreciado pela participação dos investidores externos à zona euro na recente emissão de dívida pública portuguesa. Convém não meter estes investidores todos no mesmo saco, porque, ainda que na busca de maiores rentabilidades, alguns pretendem manter os títulos em carteira enquanto outros já os adquirem a pensar no momento em que se desfarão deles; é, por exemplo, significativamente diferente a atitude de um fundo de pensões que procura diversificar e valorizar uma carteira estável de investimentos ou a atitude extremista de um hedge fund teleguiado cegamente por um sofisticado algoritmo matemático ao sabor das cotações instantâneas do mercado. Estas distinções não interessam agora. Aqui o que importa realçar é que – nomeadamente no caso europeu – os mercados financeiros especulativos funcionam globalmente e a evolução da base e da oferta monetárias mundiais sobredeterminam frequentemente os efeitos das evoluções das congéneres regionais.

Figura 3. Mas a questão, quanto às políticas monetárias, vai mais fundo. As taxas de juro de referência dos bancos centrais dos grandes pólos do capitalismo, da tríade capitalista, como pode observar-se na figura 3 , baixaram depois da irrupção da crise e mantêm-se em mínimos históricos, praticamente nulas (e mesmo negativas em termos reais). As taxas de juro diretoras do BCE não constituem, a este título, nenhuma exceção.

Outros aspetos das políticas monetárias contribuem para agigantar a massa e a oferta monetária mundiais, o persistente aumento de liquidez, o avolumar de capitais que se disponibiliza e se vira para os investimentos financeiros. A descida das taxas de juro, convém recordá-lo, traindo a intenção de ajudar o investimento produtivo e criador, ou ao menos preservador, de emprego, facilita, pelo contrário, os empréstimos para aplicações financeiras e lubrifica espantosamente, tal como antes, os canais especulativos, corroídos entretanto pela crise.

Como conclusão, reiteramos a necessidade de não desacompanhar a certeira explicação da estagnação europeia e mundial (a crise de sobreacumulação) do crescimento da liquidez, do incremento da criação e oferta monetárias, à escala mundial, canalizada espontaneamente em larga medida para as aplicações financeiras especulativas, incluindo nas suas margens aquelas mais arriscadas, em vez do necessário investimento produtivo, paralisado pela falta de rentabilidade e de procura solvente.
Nota:
[1] Escrito em finais de Janeiro e informalmente divulgado, mas com os dados atualizados.

Do mesmo autor:
  • A arrumação e correlação das forças de classe na sociedade portuguesa

    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • Plataforma de petróleo se inclina na Bacia de Campos, Norte do RJ

    sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014



    Uma plataforma de petróleo que presta serviço para a Petrobras se inclinou na Bacia de Campos, no Norte Fluminense, por volta de 1h desta sexta-feira (28). Como mostrou o Bom Dia Brasil, a maioria dos tripulantes conseguiu abandonar a embarcação, de modelo SS-53. Ninguém ficou ferido.

    Perto das 7h45, a companhia disse que a plataforma não corria risco de afundar, e que os procedimentos de segurança já estavam sendo realizados. A petroleira reforçou a informação de que a plataforma não é sua, mas de uma empresa prestadora de serviços.

    A plataforma atuava na perfuração do solo e pertence a empresa multinacional Noble.

    Segundo informações de funcionários que não quiseram se identificar, mais de 100 tripulantes estavam trabalhando na petroleira, e a maioria conseguiu desembarcar com a ajuda de navios.

    G1.

    Descobertos 715 novos planetas

    quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

    Nasa anuncia descoberta de 715 novos planetas

    Achado praticamente dobra número de planetas conhecidos. Planetas descobertos pelo telescópio Kepler orbitam 305 estrelas.
    A Nasa anunciou nesta quarta-feira (26) uma série de novos planetas descobertos pelo telescópio Kepler. Um novo método de verificação de potenciais planetas levou à descoberta de 715 novos mundos, que orbitam 305 estrelas diferentes. A missão do telescópio é encontrar estrelas semelhantes ao nosso Sol.  Nós praticamente dobramos o número de planetas conhecidos", explicou Jack Lissauer, cientista da agência. Com a descoberta, o número total de planetas conhecidos chegou a cerca de 1.700. 

    Não existem muitas informações sobre esses planetas, principalmente se eles realmente têm as condições necessárias para o surgimento da vida - água, superfície rochosa e uma distância de suas estrelas que os mantenha na temperatura ideal.

    Cinco deles estão na zona habitável de suas estrelas e têm um tamanho semelhante ao da Terra, informou a Nasa. A maioria das novas descobertas está em "sistemas multi-planetários parecidos com o nosso", e 95% tem um tamanho entre o da Terra e o de Netuno, que é quatro vezes maior do que o nosso planeta. O novo método consiste em uma ferramenta que permite analisar diversos planetas ao mesmo tempo. Antigamente, cada planeta era confirmado de forma individual, dependendo do número de vezes que orbitasse em frente a sua estrela. Três voltas são suficientes para a confirmação.

    O Kepler, que foi lançado em 2009 e não funciona mais desde o ano passado, observou 150 mil estrelas, ao redor das quais podem existir 3.600 planetas. Até agora, 961 desses candidatos foram confirmados. Os dados do telescópio seguem sendo analisados. Essas descobertas serão divulgadas em 10 de março na publicação científica americana "The Astrophysical Journal".
    Fonte:G1


    quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

    Relatório da CNV aponta autores de tortura e morte de Rubens Paiva

    quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


                                                                                 
    Para a CNV, esclarecimento da ocultação será o foco da sequência das investigações; CPI específica sobre a ocultação do corpo de Paiva pode ser pedida à Câmara dos Deputados
    A Comissão Nacional da Verdade apresentou hoje, no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, relatório parcial sobre o caso do deputado Rubens Paiva, preso, torturado, morto e desaparecido em janeiro de 1971. O relatório aponta que o comandante do Destacamento de Operações e Informações (DOI), do I Exército, na época, o major José Antônio Nogueira Belham, mesmo alertado por duas testemunhas militares de que o preso poderia morrer, nada fez para impedir as torturas ou prestar atendimento à vítima.
    Depois, sob o comando de Belham foi executada e tramada a falsa versão de que Rubens Paiva teria sido resgatado nas imediações do Alto do Boa Vista.
    No dia 20 de janeiro de 1971 Rubens Paiva foi preso em sua própria casa, no Leblon, por agentes do CISA, órgão de inteligência da Aeronáutica, sendo levado ao quartel da 3ª. Zona Aérea, situado ao lado do aeroporto Santos Dumont e comandado pelo Brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, onde sofreu as primeiras torturas.
    No mesmo dia, Rubens Paiva foi entregue pelo CISA, juntamente com Cecília Viveiros de Castro, ao Destacamento de Operações e Informações (DOI) do I Exército, com sede na rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, comandado pelo então major Belham, entre novembro de 1970 a 19 de maio de 1971.
    Segundo testemunho à CNV do coronel Ronald Leão, falecido em novembro de 2013, Rubens Paiva foi recebido no DOI do I Exército pelos agentes do Centro de Informações do Exército (CIE) Freddie Perdigão Pereira, já falecido, e Rubens Paim Sampaio, atualmente residente no estado do Rio de Janeiro.
    Logo após a recepção no DOI, Rubens Paiva e Cecília Viveiros de Castro, bem como Marilene de Lima Corona, detida com Cecília no aeroporto do Galeão, passam a ser interrogados sob tortura por agentes do DOI e do CIE, um deles identificado por Cecília como sendo "um oficial loiro de olhos azuis".
    Em 1986, Amílcar Lobo afirmou ter atendido Rubens Paiva no DOI na madrugada de 21 de janeiro de 1971, e que, naquela ocasião, Rubens Paiva apresentava um quadro de hemorragia abdominal mediante ruptura hepática.
    Testemunha ocular das torturas sofridas por Rubens Paiva no DOI do I Exército na tarde de 21 de janeiro, denominado neste relatório como "Agente Y", afirma que após a ver a cena, foi com o Capitão Ronald Leão à sala do então major Belham, comandante do DOI do I Exército, a fim de alertá-lo que o preso não sobreviveria à continuidade das torturas que lhe eram infligidas pelo "agente loiro e alto" de nome "Hugh, Huges, Hughes".
    Investigações da CNV identificaram quem seria o agente Hughes, cujo nome completo é Antônio Fernando Hughes de Carvalho, interrogador do DOI à época do desaparecimento de Rubens Paiva.
    Em 24 de fevereiro de 2014, em novo depoimento à CNV o Agente Y reconhece foto de Antônio Fernando Hughes de Carvalho, apresentada pela CNV, como sendo do agente Hughes que ele havia nominado nas declarações prestadas no ano passado.
    Em declarações prestadas à CNV pelo general Belham, chefe do DOI do I Exército, este alegou que se encontrava de férias à época da prisão e desaparecimento de Rubens Paiva.
    CONTRADIÇÃO - Entretanto, a folha de alterações funcionais do general Belham, emitida pelo Ministério do Exército, registra que suas férias foram interrompidas para fazer "deslocamento em caráter sigiloso" (com saque de diárias) no dia 20 de janeiro, data da entrada de Rubens Paiva no DOI do I Exército.
    Além disso, documento do DOI do I Exército, apreendido na residência do coronel Júlio Molinas, em Porto Alegre, no final de 2012, registra, entre outras informações, a entrega ao general Belham de dois cadernos de Rubens Paiva, na oportunidade em que esteve preso no mencionado DOI.
    De outra parte, o Agente Y e o coronel Ronald Leão afirmaram em suas declarações que alertaram o general Belham, na tarde do dia 21 de janeiro, que Rubens Paiva estava sofrendo agressões físicas, por parte do agente Hughes, às quais poderia não sobreviver.
    Segundo o relatório da CNV "conclui-se assim, que o general Belham estava no comando do DOI do I Exército nos dias 20 e 21 de janeiro de 1971, acompanhando e ciente das torturas que levaram Rubens Paiva à morte" e também chefiava o órgão quando foi executada a farsa do resgate de Paiva e decidida a ocultação de seu corpo.
    A CNV avalia que "devido suas responsabilidades de comandante do DOI, o general Belham é a pessoa mais indicada para esclarecer o destino final do corpo de Rubens Paiva, assim como o nome dos agentes envolvidos na tortura, morte e ocultação de seu cadáver". Procurado para prestar um novo depoimento à CNV, Belham negou-se. Seu advogado alegou que ele será denunciado criminalmente e não tem mais interesse em prestar esclarecimentos.
    "Duas pessoas foram até Belham, ele examinou documentos, sabia que ele estava lá, como comandante tinha que saber que um médico foi lá, que disse que Paiva tinha que ser hospitalizado e não tomou providências", afirmou Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade, responsável pelo caso.
    "A conclusão que temos, é que o general teve total ciência dos eventos relativos à morte de Rubens Paiva. O general Belham sabe o que aconteceu com o corpo de Rubens Paiva, está vivo e tem a obrigação moral de esclarecer o que aconteceu", afirmou o coordenador da CNV, Pedro Dallari.
    Levantamento produzido pela CNV mostra que Rubens Paiva não foi o primeiro nem o último preso político executado por agentes públicos no DOI do I do Exército sob o comando do então major Belham. Nos oitos meses em que Belham comandou o DOI do Rio de Janeiro, foram mortos ou estão desaparecidos pelo menos outros nove presos políticos que estiveram em algum momento sob a custódia daquela unidade militar.
    Dallari anunciou, durante a entrevista realizada logo após a apresentação, que se houver decisão majoritária do colegiado a CNV deve requisitar ao presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves a abertura de uma CPI exclusiva para investigar a morte e a ocultação de cadáver de Rubens Paiva.
    Veja o relatório parcial da CNV sobre o caso Rubens Paiva: clique aqui.
    Veja a apresentação feita pela CNV hoje à tarde no Rio de Janeiro: clique aqui.
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    UFF-Campos dos Goytacazes, ciclos de palestras


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    Ucrânia: Crimeia dissolve governo regional

    Crimeia dissolve governo regional, rechaça novo premiê e marca referendo por mais autonomia

    Consulta que decidirá o futuro da região foi marcada para o mesmo dia da eleição presidencial antecipada na Ucrânia

    * Atualizada às 15h15
    Em sessão extraordinária nesta quinta-feira (27/02), o parlamento da Crimeia, região no sul da Ucrânia e etnicamente mais próxima à Rússia, não reconheceu o novo governo de transição anunciado pelos manifestantes ontem em Kiev. Além disso, em um voto de desconfiança, 55 dos 64 parlamentares decidiram dissolver o governo regional da Crimeia, alegando que o trabalho do Executivo local foi "insatisfatório" no último ano.
    Cercada por homens armados, a casa legislativa da Crimeia também agendou para o dia 25 de maio — mesma data em que está prevista a eleição presidencial, antecipada após em função da crise no país — um referendo para dar mais autonomia à região. A consulta à população deverá decidir o futuro da República Autônoma da Crimeia, podendo alterar o status político-legal da região.
    Agência Efe

    Cercada de manifestantes pró-Rússia, o parlamento da Crimeia rechaçou a deposição do presidente Viktor Yanukovich

    "Como resultado da tomada inconstitucional de poder na Ucrânia por radicais nacionalistas, apoiados por gangues armadas, a paz e a ordem na Crimeia estão ameaçadas", disse Oksana Korniychuk, secretária de imprensa do chefe do parlamento da Crimeia.
    A sede do legislativo regional esteve cercada de manifestantes locais e homens armados que tomaram as imediações do prédio. A população hasteou bandeiras da Rússia e protestou contra a deposição do presidente eleito, Viktor Yanukovich.
    Banhada pelo Mar Negro, a península da Crimeia tem uma população de 2 milhões de habitantes, dos quais 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros.
    Yanukovich dará entrevista
    Após ter deixado Kiev no final de semana, o presidente deposto, Viktor Yanukovich, informou hoje que se pronunciará a respeito dos últimos acontecimentos no país em uma entrevista coletiva na cidade de Rostov do Don, no sul da Rússia. Segundo a agência russa Interfax, a conferência será realizada amanhã, sexta-feira (28/08), às 17h locais (10h de Brasília).
    Yanukovich reapareceu hoje afirmando, em comunicado, que ainda se considera o presidente do país. Ele ainda pediu à Rússia que garanta sua segurança pessoal. Durante a semana, as autoridades ucranianas emitiram ordem de detenção de Yanukovich e o acusaram criminalmente pelas mortes nas manifestações pelo país.

    quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

    União Europeia e EUA cúmplices do fascismo ucraniano


    por Miguel Urbano Rodrigues
    Nazis encapuzados. Na Ucrânia está a acontecer o que era inimaginável há poucos anos.

    O fascismo age como poder real num país que vive uma situação de caos político e social.

    Alguns dos principais dirigentes discursam ainda encapuçados, mas nas camisas exibem uma suástica estilizada como símbolo das suas opções ideológicas.

    Bandos dessa escória humana assaltam e destroem sedes do partido comunista, exigem a expulsão de russos e judeus, a execução sumaria de adversários políticos, invadem a Rada (Parlamento) e retiram dali e humilham deputados que os criticam.

    Esses bandos atuam com disciplina militar, exibindo armamento moderno fornecido por organizações dos países centrais da União Europeia e, segundo alguns observadores, pela CIA.

    O apoio oficioso do Ocidente dito democrático ao fascismo é transparente.

    Dirigentes da Alemanha, da França, do Reino Unido não escondem a sua satisfação. A baronesa britânica Catherine Ashton, responsável pelas relações internacionais da UE, correu a Kiev para oferecer apoio à "nova ordem" ucraniana.

    Van Rompuy, o presidente da União, também expressou a sua alegria pelo novo rumo da Ucrânia. Fala-se já de uma ajuda económica de 35 mil milhões de dólares da UE, dos EUA e do FMI logo que seja instalado em Kiev um "governo democrático".

    Cartaz nazi na Ucrania. Estranha conceção da democracia perfilham os senhores de Bruxelas e Washington.

    Viktor Yanukevitch deixou uma herança pesadíssima. Totalmente negativa. Governou como um déspota e será recordado como político corrupto, que acumulou uma grande fortuna em negócios ilícitos.

    Mas serão democratas os parlamentares que controlam hoje a Rada e recebem a bênção da União Europeia? Com poucas exceções, os membros dos partidos que se apresentam agora como paladinos da democracia e defensores da adesão da Ucrânia à União Europeia mantiveram íntimas relações com a oligarquia que, sob a presidência de Yanukovitch e no governo de Júlia Timoshenka, roubaram o povo e arruinaram o pais, conduzindo-o à beira da bancarrota.

    Essa gente carece de legitimidade para se apresentar como interlocutora dos governos europeus que, com hipocrisia, lhe dirigem felicitações.

    A situação existente é alias tao caótica que não está claro quem exerce o poder, partilhado pela Rada e pelas organizações fascistas, que poem e dispõem em Kiev e em dezenas de cidades, praticando crimes repugnantes perante a passividade da policia e do exército.

    A HIPOCRISIA DO OCIDENTE

    A hipocrisia dos dirigentes da União Europeia e dos EUA não surpreende.

    O discurso sobre a democracia é farisaico de Washington a Londres e Paris.

    Invocando sempre valores e princípios democráticos, esses dirigentes são responsáveis por agressões a povos indefesos, e, quando isso lhes interessa, por alianças com organizações islamitas fanáticas, armando-as e financiando-as.

    Isso ocorreu no Iraque, na Líbia, em monarquias feudais do Golfo.

    Na América Latina, Washington mantem as melhores relações com algumas ditaduras, promove golpes de Estado para instalar governos fantoches. Entretanto, monta conspirações contra governos democráticos que não se submetem; sempre em nome da democracia de que se dizem guardiões.

    Os governos progressistas – Venezuela Bolívia, Equador – são hostilizados como inimigos da democracia, e governos de matizes fascizantes – Colômbia, Honduras – tratados como aliados preferenciais e definidos como democráticos.

    LIÇÕES DA HISTÓRIA

    Paramilitares do 'Sector Direita' A ascensão do fascismo na Europa não é um fenómeno novo.

    No Tribunal de Nuremberga que julgou os criminosos mais destacados do III Reich afirmou-se repetidamente que o fascismo seria erradicado do mundo.

    Essa foi uma esperança romântica. Antes mesmo de serem anunciadas as sentenças, já a Administração Truman estava a organizar a ida clandestina para os EUA de conhecidas personalidades nazis, algumas contratadas por universidades tradicionais.

    Simultaneamente, os governos do Reino Unido e dos EUA mantiveram excelentes relações com os fascismos ibéricos. Salazar e Franco foram encarados como aliados.

    Quando a Iugoslávia se desagregou, a Servia, qualificada de comunista, foi tratada como estado inimigo, mas Washington, Londres e a Alemanha Federal estabeleceram relações de grande cordialidade com a Croácia cujo governo estava infestado de ex-nazis.

    Apos o desaparecimento da União Soviética, quando a Rússia se transformou num pais capitalista, o fascismo começou a levantar cabeça na Europa Ocidental.

    Em França, Le Pen chegou a disputar a Presidencia da Republica a Chirac numa segunda volta. Na Alemanha, o partido neonazi afirma publicamente o seu saudosismo do Reich hitleriano. Na Áustria, na Holanda, na Itália, nas repúblicas bálticas, partidos de extrema-direita conquistam sectores importantes do eleitorado. No primeiro desses países o líder neonazi participou num governo de coligação.

    Em Espanha a extrema-direita exibe uma agressividade crescente. Até na Suécia, na Dinamarca, na Noruega, grupos neonazis voltam às ruas com arrogância.

    Em Portugal, o fascismo, sem ambiente, está infiltrado nos partidos de direita que desgovernam o país.

    REAVIVANDO A MEMÓRIA

    Remoção de estátua aos soldados soviéticos que libertaram a Ucrânia. A tragedia ucraniana – cumpro um dever recordando essa evidência – não teria sido possível sem a cumplicidade da União Europeia e dos EUA.

    Na sua estratégia de cerco à Rússia (incomoda pelo seu poderio nuclear), os governos imperialistas do Ocidente e os seus serviços de inteligência incentivaram as forças extremistas que semearam o caos na Ucrânia ocidental, abrindo a porta à onda de barbárie em curso.

    Foram as autodenominadas democracias ocidentais quem financiou e armou os bandos fascistas que sonham com progroms de comunistas e exigem arrogantemente a adesão da Ucrânia à União Europeia.

    Não surgiu magicamente, de um dia para outro, essa escumalha.

    O fascismo tem raízes antigas na Ucrânia, sobretudo nas províncias da Galícia, de maioria católica uniata, que pertenceram ao Imperio Austro-Húngaro e, apos a I Guerra Mundial, foram anexadas pela Polónia.

    Cabe lembrar que 100 mil ucranianos lutaram contra a União Soviética integrados na Wehrmacht e nas SS nazis.

    Esses colaboracionistas foram, felizmente, ínfima minoria. A esmagadora maioria do povo resistiu naquela república soviética com bravura e heroísmo à barbárie alemã responsável durante a ocupação pela morte de quatro milhões de ucranianos.

    Mas não é por acaso que traidores como Stefan Bandera, aliado das hordas invasoras, tenham sido proclamados heróis nacionais pelos extremistas de direita de Kiev.

    Hoje, o júbilo dos governantes da União Europeia pelos acontecimentos da Ucrânia traz à memória a irresponsabilidade de Chamberlain e Daladier quando festejaram o Acordo de Munique, prólogo do holocausto da II Guerra Mundial.

    Longe de mim a ideia de estabelecer um paralelo entre épocas e situações tão diferentes.

    O horizonte próximo da Ucrânia apresenta-se carregado de incógnitas.

    Mas relembrar Munique é tomar consciência de que o fascismo não foi erradicado da Terra, pátria do homem. É urgente dar-lhe combate sem quartel a nível mundial.
    Vila Nova de Gaia, 25/Fevereiro/2014
    O original encontra-se em www.odiario.info/?p=3196

    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

    Rússia indignada por destruição de memória histórica na Ucrânia


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    Imagen activaMoscou, 26 fev (Prensa Latina) A chancelaria russa expressou hoje indignação diante da destruição na Ucrânia do monumento ao marechal de campo Mijail Kutúzov, chefe do Exército russo que freou no século XIX a invasão das tropas napoleôniucas.
    Na Rússia estamos indignados pela campanha para derrubar monumentos que continuam na Ucrânia. Exigimos diante das novas autoridades ucranianas que detenham esses abusos, adverte um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores.

    Um busto do herói do confronto aos invasores napoleônicos foi retirado na localidade de Brodi, na ocidental província do Lvov, segundo uma resolução aprovada pela Assembleia Municipal em dezembro passado, informou o partido ultranacionalista Svoboda.

    A obra patrimonial foi levada de um parque ao armazém da empresa municipal de serviços.

    A equipe de imprensa de Svoboda entregou aos jornalistas uma nota na qual explica que a derrubada do monumento foi decidida na instância de Igor Kalinets, extremista que esteve preso, que demandou se coloque nesse lugar a imagem de algum ucraniano destacado.

    Após a recente guerra urbana em Kiev que derrocou ao presidente Víctor Yanukóvich, com mais de 80 mortos, muitos deles policiais, a assembleia popular de Brodi decidiu construir um monumento que denominou heróis caídos do Maidán.

    Os casos de desmonte de monumentos colocados nos tempos da União Soviética multiplicaram-se após a defenestração de Yanukóvich.

    Estátuas de Vladimir Ilich Lenin com categoria de patrimônio conferido pela Unesco e de outras personalidades soviéticas foram destruídas.

    Mais de mil manifestantes de origem russa, entretanto, expressaram ontem sua inconformidade com o desenvolvimento dos acontecimentos na Ucrânia e exigiram proteção às autoridades locais em um protesto em frente ao Parlamento de Crimea.

    Alertaram sobre a possível irrupção de ultranacionalistas armados no território dessa república autônoma e demandaram defender aos integrantes das forças antimotins (Berkut) da localidade, a polícia e fiscais de repressões e humilhações, segundo Itar-Tass.

    Na Rússia, Mijail Marguélov, presidente do comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (Senado russo), confirmou que hoje uma delegação desse órgão legislativo viajará à república autônoma de Crimea.

    A representação estará encabeçada por Igor Morózov, integrante dessa comissão na Câmera Alta russa, e tem como tarefa se reunir com militares, deputados, a administração regional anterior e a atual, disse Marguelov a Itar-Tass.

    tgj/jpm/cc
    Modificado el ( miércoles, 26 de febrero de 2014 )

    Ex-escrivão admite tortura no Dops e no Doi-Codi de SP

    quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


                                             


    Pela manhã, CNV e USP-Ribeirão apresentaram ao público de São Paulo laudos que desmontam a versão da ditadura para a morte de Arnaldo Cardoso Rocha
    O ex-escrivão de polícia Manoel Aurélio Lopes, 77 anos, que elaborou o auto de apreensão de armas e documentos apreendidos com o militante da ALN Arnaldo Cardoso Rocha, morto em 1973, admitiu em audiência pública da Comissão Nacional da Verdade, realizada em parceria com a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva", que viu torturas no período em que trabalhava no Dops (1969-1972) e que sabia da existência de tortura no Doi-Codi de São Paulo, onde atuou, cedido, entre 1972 e 1978.
    Lopes foi convocado pela Comissão Nacional da Verdade e respondeu a perguntas do presidente da Comissão Rubens Paiva, deputado Adriano Diogo, do assessor da CNV Márcio Kameoka, do coordenador da Comissão de São Paulo, Ivan Seixas, de Iara Xavier Pereira, que foi companheira de Arnaldo, e de Maria Amélia Teles, assessora da CEV-SP.
    Ao ser perguntado se havia tortura no Dops e no Doi-Codi, Lopes admitiu que havia tortura em ambos. Que viu a tortura em que o preso é forçado a se equilibrar, nas pontas dos pés, em latas de leite, com os braços abertos, conhecida por alguns ex-presos como "Cristo Redentor", e a cadeira do dragão, uma cadeira de ferro eletrificada. No Doi-Codi ele disse que não era autorizado a acompanhar sessões de tortura, mas que sabia da prática naquela unidade militar.
    Contudo, o ex-policial civil, que admitiu utilizar no Doi-Codi o codinome de escrivão Pinheiro, disse que o caso da rua Caquito, na Penha, em que foram vítimas Arnaldo, Francisco Seiko Okama e Francisco Emmanuel Penteado, era "nebuloso" para ele.
    Ao tentar explicar melhor o que seria nebuloso no caso, ele disse haver divergências nas versões das equipes de investigação. Lopes afirmou também que não era comum o Doi elaborar autos de apreensão, muito menos com quatro dias de intervalo entre o episódio e a análise. "Montaram, a meu ver, esse documento, quatro dias mais tarde", disse.
    "Lamento que eu não tenha convicção para falar mais", afirmou Lopes, olhando na direção de Iara Xavier Pereira, que foi companheira de Arnaldo e mãe de seu único filho. Ele admitiu ainda que, no Doi-Codi, os escrivães não viam os produtos apreendidos para elaborar os autos de apreensão.
    Lopes admitiu ainda que um policial do Dops ser chamado para o Doi-Codi era uma espécie de promoção, pois recebia uma remuneração extra de Cr$ 25 mensais pela tarefa, o que equivaleria hoje a algo em torno de R$ 100, segundo a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul.
    O ex-escrivão contou ainda que o Dops recebia apoio de grandes empresas privadas. Segundo ele, o stand de tiro do Dops foi revestido pela Cofres Bernardini e que os aparelhos de proteção para os ouvidos foram pagos pela General Motors após um acidente sofrido por ele no stand no qual perdeu parte da audição.
    A audiência de ontem foi a segunda realizada pela CNV e pela Comissão Rubens Paiva sobre oito casos de mortes de jovens integrantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) em São Paulo.
    Na parte da manhã, a audiência contou com a participação da integrante da CNV Maria Rita Kehl, que se disse impressionada com a qualidade do trabalho dos médicos legistas e peritos, da USP Ribeirão Preto e da CNV que elaboraram, respectivamente, o laudo de exumação dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha e uma análise pericial sobre seu caso.
    Ambos as apresentações, veja aqui e aqui, demonstraram que Arnaldo foi torturado antes de morrer executado com tiros na cabeça, desconstruindo a versão oficial da ditadura de que houve resistência à prisão, seguida de morte.
    O laudo de exumação elaborado sob a supervisão do médico legista Marco Aurélio Guimarães, do Laboratório de Antropologia Forense da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) foi solicitado pelo Ministério Público Federal à Secretaria de Direitos Humanos a pedido de Iara Xavier. O laudo da CNV foi produzido pelo perito da Secretaria de Segurança Pública do DF, Celso Nenevê, e pelos peritos da CNV Mauro Yared e Pedro Cunha.
    Pela manhã, o professor universitário Amílcar Baiardi, ex-preso político que integra a Rede Brasil de Memória Verdade e Justiça, confirmou em depoimento à CNV e à Comissão Rubens Paiva que viu Francisco Seiko Okama e mais uma vítima, da janela da sala onde estava preso no Doi-Codi, sendo interrogados, apesar de feridos a bala, por agentes da repressão que entraram na unidade armados e dando tiros para o alto e que xingavam Okama, chamando-o de "japonês filho da puta".
    Ele afirma que o fato se deu no início da tarde de 15 de março e que, quando deixou a prisão, confirmou que uma das vítimas seria Okama, única pessoa de origem oriental morto pela repressão naquela data. Baiardi foi integrante da Colina e da Var-Palmares e não tinha ligação com a ALN.
    Segundo Baiardi, os dois jovens foram deixados com vida no pátio do Doi-Codi, onde agonizaram até a morte. Depois, os corpos foram recolhidos pelo IML e um faxineiro limpou o sangue. Baiardi, contudo, diz que, em virtude dos ferimentos na outra vítima, não tem condições de dizer se a outra vítima era Arnaldo ou Francisco Emmanuel Penteado.(Com a CNV)

    Miguel Urbano R./ Destruir a Revolução Bolivariana, objectivo do imperialismo


    por Miguel Urbano Rodrigues
    Os terroristas Álvaro Uribe & Leopoldo Lopez, cartoon de Latuff. O imperialismo norte-americano (com o apoio dos governos do Reino Unido e da França) está na ofensiva em duas frentes. Obrigado pela Rússia a recuar na Síria ataca na Ucrânia e na Venezuela.

    Na Ucrânia, o apoio de Washington às forças empenhadas em derrubar o presidente Iakunovitch foi ostensivo (ver artigo de Paul Craig Roberts ]. .

    Na Venezuela, a estratégia dos EUA é mais subtil. Nela a Embaixada em Caracas e a CIA têm desempenhado um importante papel.

    O projeto inicial de implantar no país uma situação caótica fracassou. Os apelos à violência de Leopoldo Lopez que assumiram caracter insurreccional na jornada de 12 de Fevereiro tiveram a resposta que mereciam das Forças Armadas e das massas populares solidarias com a revolução bolivariana. Os crimes cometidos pelos grupos de extrema-direita suscitaram tamanha repulsa popular que até Capriles Radonski – o candidato derrotado à Presidência da Republica - optou por se distanciar de Lopez e sua gente, mas convoca novas manifestações "pacíficas". Inviabilizada a tentativa de golpe com recurso à força, o esforço para desestabilizar o país prosseguiu, mas o projeto de tomada do poder foi alterado. O governo define-o agora como "um golpe de estado suave".

    Uma campanha de desinformação, que envolve os grandes media dos EUA e da União Europeia, transmite diariamente a imagem de uma Venezuela onde a violência se tornou endémica, manifestações pacíficas seriam reprimidas, a escassez de produtos essenciais aumenta, a inflação disparou e a crise económica se aprofunda.

    Ocultam a realidade. Quem promove a violência é a extrema-direita, quem incendiou lojas da Mision Mercal que vende ao povo mercadorias a preços reduzidos, quem saqueia supermercados é essa oposição neofascista que se apresenta como "democrática", é ela que sabota a economia e organiza o açambarcamento de produtos essenciais.

    No Estado de Táchira, grupos terroristas paramilitares vindos da Colômbia semeiam o terror, forçando o presidente Maduro a decretar ali o estado de exceção.

    É significativo que o embaixador da Venezuela em Lisboa, general Lucas Rincón Romero, tenha sentido a necessidade de emitir um comunicado para esclarecer que os media internacionais publicam quase exclusivamente declarações da oposição que deturpam grosseiramente os acontecimentos do seu pais. A Revolução Bolivariana enfrenta hoje uma guerra económica – a expressão é de Maduro – que é simultaneamente uma guerra psicológica, política e social.

    Nesse contexto, o Presidente da Venezuela ao alertar o seu povo para a cumplicidade de Washington na montagem de "um golpe de estado" denunciou o envolvimento em atividades conspirativas da oposição de três funcionários consulares dos Estados Unidos, e ordenou a sua imediata expulsão. Reagindo também à campanha anti-venezuelana da CNN, acusou aquele canal de TV de uma "programação de guerra".

    Como reage Barack Obama? Com hipocrisia e arrogância. Não citou o episódio da expulsão dos diplomatas, mas pediu a Maduro que liberte os dirigentes da oposição presos. Como nele é habitual invocou no seu apelo retórico princípios humanitários, o respeito pelos direitos humanos, o diálogo democrático, enfim, aquilo os EUA violam com a sua política de terrorismo de estado.

    Somente faltou mencionar explicitamente Leopoldo Lopez, o líder das jornadas de violência que provocaram mortes e destruições em Caracas e noutras cidades.

    O senador republicano John McCain, ex candidato à Casa Branca, foi mais longe do que Obama. Numa entrevista à BBC sugeriu com despudor uma intervenção militar direta na Venezuela para "estabelecer a paz e a democracia".

    A escalada golpista assumiu tais proporções que desencadeou a nível mundial um poderoso movimento de apoio à Revolução Bolivariana, ameaçada pelo imperialismo e o fascismo caseiro.

    Um manifesto de solidariedade ao governo de Maduro, iniciado na Argentina, já foi assinado em muitos países por milhares de intelectuais, artistas, dirigentes políticos, parlamentares e sindicalistas.

    A solidariedade com o povo de Bolívar corre mundo como torrente caudalosa.
    Vila Nova de Gaia,22 de Fevereiro de 2014
    Ver também:
  • 25 verdades sobre las manifestaciones en Venezuela , Salim Lamrani



  • Tribuna Popular

    O original encontra-se em www.odiario.info/?p=3191


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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