segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Protesto contra a NATO, no dia 30 de Agosto de 2014

Documento

Apelo à acção do Conselho Mundial da Paz
NATO: Principal instrumento militar do imperialismo
Cimeira da NATO, País de Gales, 4 a 6 de Setembro de 2014
O Conselho Mundial da Paz apela a todas as pessoas do mundo amantes da paz para mobilizarem por um Dia Internacional de Protesto contra a NATO, no dia 30 de Agosto de 2014

CMP
23.Ago.14 :: Outros autores

2014: Centenário da 1ª Guerra Mundial – 75 anos do início da 2ª Guerra Mundial
O ano de 2014 assinala o 100º aniversário do início da 1ª Guerra Mundial. Foi um dos mais mortíferos conflitos imperialistas da história humana, uma tragédia que matou 17 milhões de pessoas.
Foi descrito como “a guerra para acabar com todas as guerras”, mas hoje, um século mais tarde, o potencial militar para destruir vidas e um ambiente habitável encontra-se a um nível aterrorizante e continua a aumentar.
Diariamente, em todo o mundo, as pessoas sofrem com os conflitos armados, o crescimento militar, a ocupação, actos de intimidação e agressão, modernização e proliferação de armas nucleares e outras armas de destruição maciça. A crise económica capitalista agrava mais ainda a vida das pessoas, enquanto os lucros das indústrias de guerra crescem. As razões para as agressões militares e guerras imperialistas nunca foram determinadas por acontecimentos acidentais ou decisões pessoais.
O centenário da 1ª Guerra Mundial deve ser um momento de reflexão, para o fortalecimento da paz e para o estímulo da amizade e da solidariedade internacionais baseadas na igualdade e respeito pela soberania dos povos. Deve ser apontada para acabar com o domínio económico dos monopólios e corporações multinacionais, e também contra as alianças militares agressivas. Por isso, devemos agir contra a NATO, a principal máquina de guerra do mundo.
O Conselho Mundial da Paz, fundado logo a seguir ao fim da 2ª Guerra Mundial sob o lema “ Não mais Guerra – Não mais Fascismo” sublinha a necessidade de retirar conclusões sobre o período que conduziu à invasão Nazi da Polónia no dia 1 de Setembro de 1939 e ao início da 2ª Guerra Mundial. As crescentes ambições imperialistas da Alemanha Nazi enfrentaram então a agenda imperialista de outras forças, que não se opuseram inicialmente à expansão alemã para Leste. A gloriosa resistência dos povos contra o Fascismo e o Nazismo, em combinação com a luta e as dezenas de milhões de vítimas da URSS, conduziram à libertação da Europa do fascismo e à vitória dos povos. A situação internacional no pós-guerra, a fundação da ONU e a sua Carta criaram uma nova situação para os povos e para a sua luta pela liberdade e soberania. Tudo isto está hoje a ser ferozmente posto em causa e derrubado, e estão em marcha esforços para substituir a ONU pela NATO, forças neofascistas crescem em várias partes da Europa ao serviço de ideologias e planos reaccionários contra os povos. O CMP opõe-se à crescente militarização das relações internacionais, os planos imperialistas para um “Grande Médio Oriente”, o “Pivô dos EUA para a Ásia” e à ingerência nas questões de soberania dos povos e países da América Latina.
NATO: O principal instrumento militar do imperialismo – 65 anos de crimes contra a humanidade
A NATO é a maior, a mais forte e mais agressiva aliança militar no mundo de hoje. Firmemente dominada pelo imperialismo dos EUA, a NATO é também o pilar da estratégia de defesa da União Europeia. Actualmente, a NATO tem 28 Estados membros na América do Norte e na Europa. Outros 22 Estados estão envolvidos no chamado “Conselho de Parceria Euro-Atlântico” (EAPC). A juntar a estes, outros 19 Estados estão envolvidos em todo o mundo com a NATO através de programas como o “Diálogo do Mediterrâneo” ou a “Parceria para a Paz”.
Desde 1991, a NATO alargou agressivamente os seus membros e o teatro de operações. Só este facto demonstra o seu propósito fundamental: ser o principal instrumento do domínio imperialista ocidental do mundo.
A NATO é um inimigo da paz. A NATO está empenhada nas doutrinas do primeiro ataque e dos ataques preventivos. Como uma aliança militar ofensiva está pronta para intervir antes que a diplomacia tenha a devida oportunidade, se tal for do interesse do imperialismo ocidental. A expansão da NATO e as suas provocações - como a actual crise naUcrânia demonstra - são directamente responsáveis pela desestabilização, agitação, violência e guerra.
A NATO é um inimigo dos povos. Quando intervém, os seus membros utilizam regularmente armas tóxicas que contêm, p.e., urânio empobrecido ou fósforo branco. Além disso, a NATO considera as armas nucleares como parte fundamental da sua estratégia de defesa. A aliança prossegue agressivamente e promove a provocação militar e intervenção em todo o mundo, e os resultados são sempre o aumento da destruição, de refugiados, e da morte. Os exemplos das guerras na antiga Jugoslávia e da criação do protectorado de Kosovo, no Afeganistão e na Líbia, bem como a agressão contra a Síria, testemunham o impacto humanitário desastroso da intervenção da NATO. No Iraque, onde ela assumiu parte do esforço de reconstrução, a NATO não trouxe nem paz nem democracia.
A NATO é um inimigo da paz e dos povos. Sem qualquer debate público, os estados europeus membros da NATO instalam armas nucleares americanas no seu território. Em 2010, um acordo secreto sobre a instalação de versões modernizadas das ogivas B61 alargou essa presença por várias décadas, não deixando qualquer espaço para um debate democrático sobre o assunto. Também através do seu artigo 5º, a aliança NATO impõe obrigações aos Estados membros que são incompatíveis com o direito soberano dos Estados de decidir sobre a paz e a guerra.
A próxima cimeira da NATO no País de Gales irá aprovar e aprofundar as decisões da Cimeira de Lisboa (2010), irá utilizar velhos e novos pretextos para o seu papel de “xerife do mundo”, assegurando mercados, recursos energéticos e esferas de influência, em detrimento dos direitos e necessidades dos povos.
A dissolução da NATO deve ser uma prioridade para os que defendem a paz, a justiça social e o progresso, e também o direito de cada povo lutar para sair dela.
Apelamos a todas as pessoas e organizações amantes da paz para assinalarem o dia 30 de Agosto como o Dia Internacional de Protesto contra a NATO, exigindo o seu desmantelamento!
CMP Maio de 2014

 Fonte: ODiario.info
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