domingo, 2 de junho de 2013
Os dados obtidos através do observatório espacial
WISE forneceram uma nova árvore genealógica dos objetos que povoam o
Cinturão de Asteroides.
© NASA (ilustração de uma colisão entre asteroides)
A
equipe de pesquidores liderada por Joseph Masiero do Laboratório de
Propulsão a Jato (JPL) da NASA, analisou milhões de imagens obtidas na
banda do infravermelho médio para determinar o diâmetro e o albedo de
112.286 asteroides, cerca de um terço dos mais de 600 mil objetos
catalogados na região entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Ao
combinarem esses parâmetros físicos com os respectivos parâmetros
orbitais, foi possível associar os 38.298 asteroides a 76 famílias
diferentes, 28 das quais nunca antes identificadas.
As
famílias de asteroides são geradas pela colisão de dois objetos de
grandes dimensões. Alguns destes eventos rasgam grandes crateras, como
as bacias de impacto Rheasilvia e Veneneia no hemisfério sul de Vesta,
por exemplo. Outras colisões são catastróficas e despedaçam os objetos
envolvidos em numerosos fragmentos, como é o caso dos membros da família
Eos.
Os objetos forjados por estes
acontecimentos tendem a viajar em trajetórias semelhantes, que se vão
afastando gradualmente ao longo do tempo. Alguns pedaços acabam em
órbitas instáveis que os desviam para perigosas incursões no Sistema
Solar interior. Muitos destes objetos vêm mais tarde a engrossar as
populações de asteroides próximos da Terra. Com este novo trabalho, os
cientistas dispõem de uma nova ferramenta para traçar as rotas de
migração destes fragmentos exilados, desde a sua origem no Cinturão de
Asteroides.
Fonte: NASA