Damasco,
16 jun (Prensa Latina) A Síria condenou hoje a decisão do presidente do
Egito, Mohamed Mursi, de romper as relações diplomáticas e considerou
que com esta ação o presidente se soma ao coro de agressores liderados
pelos Estados Unidos e Israel.
Uma fonte oficial da presidência da República Árabe Síria, citada pela
agência de notícias SANA, argumentou que Morsi procura implementar a
agenda da Irmandade Muçulmana, à qual pertence, enquanto continua
traindo as aspirações de liberdade do povo egípcio.
A Síria
confia em que esta decisão não reflete a vontade do povo irmão egípcio,
com o qual temos mantido fortes e sólidos laços e que têm contribuído
com a manutenção da segurança e estabilidade regional contra os
invasores, sobretudo o inimigo israelense, desde o início da história,
afirmou.
Para a fonte da presidência, a decisão de Mursi se une
às fatwas -ordens islâmicas- de certos clérigos e xeiques de ideologia
takfirí (extremistas) que buscam o derramamento de sangue sírio, em vez
de chamar à libertação da terra palestina usurpada por Tel Aviv,
sobretudo Jerusalém.
Criticou que o Executivo do país
norte-africano tenha solicitado decretar uma zona de exclusão aérea na
Síria, o que qualificou como violação da legislação internacional e da
soberania e integridade nacional.
Por último destacou que
Damasco tem plena confiança nas virtudes do povo egípcio para fazer
fracassar esta decisão que tachou de irresponsável e que trará graves
consequências à região.
Ambos os povos continuarão sendo o coração palpitante do arabismo e impulsores de novas vitórias, concluiu a fonte.
Mursi anunciou ontem a decisão de fechar a embaixada síria no Egito e a retirada do encarregado de negócios egípcio em Damasco.
Anunciou o rompimento definitivo das relações diplomáticas durante uma
conferência no Cairo em apoio aos grupos opositores armados que procuram
com o apoio logístico e financeiro de governos ocidentais e do Oriente
Médio a queda do presidente Bashar al-Assad.
Da mesma maneira, o
chefe do Estado pediu o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea
na Síria, um passo que se pleitea nos círculos políticos e militares, o
que constituiria uma flagrante violação da legislação internacional,
advertiu a Rússia.
Tais fatos ocorrem em momentos que a
administração do presidente dos Estados Unidos Barack Obama decidiu
entregar armamento ao grupos mercenários que aqui combatem, justificando
a necessidade de equilibrar as ações no terreno, diante do
incontestável avanço ofensivo do Exército Árabe Sírio.
jf/lr/cc |
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