quarta-feira, 5 de junho de 2013

Indíginas e fazendeiros em conflito,um indio assassinado

Tropas brasileiras enviadas a região em disputa por posse de terra PDF Imprimir E-Mail
Brasília, 5 jun (Prensa Latina) Tropas federais brasileiras foram deslocadas hoje ao estado do Mato Grosso do Sul para enfrentar os conflitos entre indígenas e fazendeiros pela posse de terra, que deixaram já um morto e um ferido.
O ministro de Justiça, José Eduardo Cardozo, também foi a Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (MS), e depois irá junto aos 110 militares ao município de Sidrolândia, para garantir a segurança pública em meio à disputa entre povos originários e colonos.

Trata-se de um pedido do governador do estado, André Puccinelli. As tropas federais estarão no quartel da Polícia Militar e na secretaria de Segurança Pública, informou Cardozo.

O titular destacou que o Governo espera um entendimento e "pede que as partes compreendam que com violência não chegarão a um acordo. Nosso papel é evitar a violência, garantir os direitos e impedir situações radicais".

Adiantou que amanhã participará junto com o secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de uma reunião com os indígenas da tribo terena para tentar diminuir as tensões em Sidrolândia, onde foi assassinado um indígena em uma operação policial de desalojo na fazenda Buriti.

Os indígenas abandonaram essa propriedade na quinta-feira da semana passada, mas voltaram a ocupá-la na madrugada de sexta-feira, indo contra uma ordem de reintegração de posse da fazenda, que se encontra dentro uma área delimitada há 13 anos como território indígena pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

No entanto, a tensão subiu ontem na região quando outro indígena foi ferido por uma bala, segundo comunicado da Funai.

Neste contexto, 200 nativos e membros do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MTS) iniciaram ontem uma marcha a Campo Grande em apoio aos indígenas de Sidrolândia para exigir a entrega de terras demarcadas pela Fundação do Índio.

Segundo essa organização, a disputa por terra constitui um problema que data de 1928, quando o antigo Serviço de Proteção do Índio (substituído em 1967 pela atual Funai) criou uma reserva terena com dois mil 090 hectares.

Posteriormente, foram reconhecidos como território tradicional indígena 17 mil hectares, mas os fazendeiros que ocupam essas áreas conseguiram que a Justiça Federal detivesse o processo de entrega de terrenos.

rc/lgo/cc
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