Polícia expulsa milhares de manifestantes de praça na Turquia
Políticos turcos discordam sobre medida policial; governador rechaça ideia, defendida pelo prefeito de Istambul
Centenas de policiais expulsaram, nesta terça-feira (11/06), milhares de pessoas que se concentravam na praça Taskim, no centro de Istambul, em respaldo aos protestos contra o governo do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. A polícia utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água na ação.
Agência Efe
Os manifestantes consideraram a operação uma “traição” por parte de Erdogan, que havia anunciado um encontro com aqueles que tivessem “demandas legítimas” para esta quarta-feira (12/06). O premiê fez um discurso pedindo que aqueles que defendiam protestos “pacíficos” deixassem a praça.
Em discurso, Erdogan disse que os cidadãos que ainda se encontram no parque Gezi, ao lado da praça Taskim, deveriam entender que estão sendo usados por grupos antigovernistas e por “pessoas que querem prejudicar a economia, o investimento e o turismo” num “jogo sujo”. O parque ainda não foi afetado pelos choques entre polícia e manifestantes.
Agência Efe
Moradores das proximidades da praça demonstraram apoio aos manifestantes
Ao mesmo tempo em que os agentes desocupavam Taksim, moradores de vários bairros de Istambul começaram a realizar panelaços em um sinal de apoio aos manifestantes, gesto habitual durante a última semana.
De acordo com declarações do governador de Istambul, Hüseyin Avni Mutlu, feitas no Twitter, a polícia estava na praça apenas para remover banners e placas dos manifestantes, sem o objetivo de retirar as pessoas que lá estavam. Esses seriam sinais de “ocupação”, que estavam “afetando negativamente a imagem do nosso país aos olhos da opinião pública mundial e levando a reação de dentro da sociedade”.
O prefeito de Istambul, Kadir Topbaş, por sua vez, declarou que a ação policial continuará até que a praça Taskim esteja livre de manifestantes. Três pessoas morrerram devido aos protestos.
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